Presidência
da República |
LEI Nº 9.427, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996.
Texto compilado | Institui a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, disciplina o regime das concessões de serviços públicos de energia elétrica e dá outras providências. |
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Capítulo I
DAS ATRIBUIÇÕES E DA ORGANIZAÇÃO
Art. 1o É instituída a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com sede e foro no Distrito Federal e prazo de duração indeterminado.
Art. 2o A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL tem por finalidade regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal.
Parágrafo único. No exercício de suas atribuições, a
ANEEL promoverá a articulação com os Estados e o Distrito Federal, para o
aproveitamento energético dos cursos de água e a compatibilização com a política
nacional de recursos hídricos. (Revogado
pela Lei nº 10.848, de 2004)
Art.
3o Além das incumbências prescritas nos arts. 29 e 30 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995,
aplicáveis aos serviços de energia elétrica, compete especialmente à ANEEL:
Art. 3o Além das atribuições previstas nos incisos II, III, V, VI, VII, X, XI e XII do art. 29 e no art. 30 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, de outras incumbências expressamente previstas em lei e observado o disposto no § 1o, compete à ANEEL: (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004) (Vide Decreto nº 6.802, de 2009).
I - implementar as políticas e diretrizes do governo federal para a exploração da energia elétrica e o aproveitamento dos potenciais hidráulicos, expedindo os atos regulamentares necessários ao cumprimento das normas estabelecidas pela Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995;
II
- promover as licitações destinadas à contratação de concessionárias de serviço
público para produção, transmissão e distribuição de energia elétrica e para a
outorga de concessão para aproveitamento de potenciais hidráulicos;
II - promover, mediante delegação, com base no plano de outorgas e diretrizes aprovadas pelo Poder Concedente, os procedimentos licitatórios para a contratação de concessionárias e permissionárias de serviço público para produção, transmissão e distribuição de energia elétrica e para a outorga de concessão para aproveitamento de potenciais hidráulicos; (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)
III - definir o aproveitamento ótimo de que tratam os
§§ 2o e 3o do art. 5o
da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995;
(Revogado pela Lei nº 10.848, de 2004)
IV -
celebrar e gerir os contratos de concessão ou de permissão de serviços públicos de
energia elétrica, de concessão de uso de bem público, expedir as autorizações, bem
como fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões
e a prestação dos serviços de energia elétrica;
IV - gerir os contratos de concessão ou de permissão de serviços públicos de energia elétrica, de concessão de uso de bem público, bem como fiscalizar, diretamente ou mediante convênios com órgãos estaduais, as concessões, as permissões e a prestação dos serviços de energia elétrica; (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)
V - dirimir, no âmbito administrativo, as divergências entre concessionárias, permissionárias, autorizadas, produtores independentes e autoprodutores, bem como entre esses agentes e seus consumidores;
VI - fixar os critérios para cálculo do preço de transporte de que trata o § 6o do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, e arbitrar seus valores nos casos de negociação frustrada entre os agentes envolvidos;
VII - articular com o órgão regulador do setor de combustíveis fósseis e gás natural os critérios para fixação dos preços de transporte desses combustíveis, quando destinados à geração de energia elétrica, e para arbitramento de seus valores, nos casos de negociação frustrada entre os agentes envolvidos;
VIII - estabelecer, com vistas a propiciar concorrência efetiva entre os agentes e a impedir a concentração econômica nos serviços e atividades de energia elétrica, restrições, limites ou condições para empresas, grupos empresariais e acionistas, quanto à obtenção e transferência de concessões, permissões e autorizações, à concentração societária e à realização de negócios entre si; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
IX - zelar pelo cumprimento da legislação de defesa da concorrência, monitorando e acompanhando as práticas de mercado dos agentes do setor de energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
X - fixar as multas administrativas a serem impostas aos concessionários, permissionários e autorizados de instalações e serviços de energia elétrica, observado o limite, por infração, de 2% (dois por cento) do faturamento, ou do valor estimado da energia produzida nos casos de autoprodução e produção independente, correspondente aos últimos doze meses anteriores à lavratura do auto de infração ou estimados para um período de doze meses caso o infrator não esteja em operação ou esteja operando por um período inferior a doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
XI - estabelecer tarifas para o suprimento de energia
elétrica realizado às concessionárias e permissionárias de distribuição, inclusive
às Cooperativas de Eletrificação Rural enquadradas como permissionárias, cujos
mercados próprios sejam inferiores a 300 GWh/ano, e tarifas de fornecimento às
Cooperativas autorizadas, considerando parâmetros técnicos, econômicos, operacionais e
a estrutura dos mercados atendidos; (Incluído pela Lei
nº 10.438, de 2002)
XI - estabelecer tarifas para o suprimento de energia elétrica
realizado às concessionárias e permissionárias de distribuição, inclusive às
Cooperativas de Eletrificação Rural enquadradas como permissionárias, cujos mercados
próprios sejam inferiores a 500 (quinhentos) GWh/ano, e tarifas de fornecimento às
Cooperativas autorizadas, considerando parâmetros técnicos, econômicos, operacionais e
a estrutura dos mercados atendidos;
(Redação
dada pela Lei nº 10.848, de 2004)
XI - estabelecer tarifas para o suprimento de energia elétrica realizado às concessionárias e às permissionárias de distribuição, inclusive às cooperativas de eletrificação rural enquadradas como permissionárias, cujos mercados próprios sejam inferiores a 700 GWh/ano, e tarifas de fornecimento às cooperativas autorizadas, considerando parâmetros técnicos, econômicos, operacionais e a estrutura dos mercados atendidos; (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
XII - estabelecer, para cumprimento por parte de cada concessionária e permissionária de serviço público de distribuição de energia elétrica, as metas a serem periodicamente alcançadas, visando a universalização do uso da energia elétrica; (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
XIII - efetuar o controle prévio e a posteriori de atos e negócios jurídicos a serem celebrados entre concessionárias, permissionárias, autorizadas e seus controladores, suas sociedades controladas ou coligadas e outras sociedades controladas ou coligadas de controlador comum, impondo-lhes restrições à mútua constituição de direitos e obrigações, especialmente comerciais e, no limite, a abstenção do próprio ato ou contrato. (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
XIV - aprovar as regras e os procedimentos de comercialização de energia elétrica, contratada de formas regulada e livre; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
XV - promover processos licitatórios para atendimento às necessidades do mercado; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
XVI - homologar as receitas dos agentes de geração na contratação regulada e as tarifas a serem pagas pelas concessionárias, permissionárias ou autorizadas de distribuição de energia elétrica, observados os resultados dos processos licitatórios referidos no inciso XV do caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
XVII - estabelecer mecanismos de regulação e fiscalização para garantir o atendimento à totalidade do mercado de cada agente de distribuição e de comercialização de energia elétrica, bem como à carga dos consumidores que tenham exercido a opção prevista nos arts. 15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
XVIII - definir as tarifas de uso dos sistemas de transmissão e distribuição, sendo que as de transmissão devem ser baseadas nas seguintes diretrizes: (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
a) assegurar arrecadação de recursos suficientes para cobertura
dos custos dos sistemas de transmissão; e (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
a) assegurar arrecadação de recursos suficientes para a cobertura dos custos dos sistemas de transmissão, inclusive das interligações internacionais conectadas à rede básica; (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
b) utilizar sinal locacional visando a assegurar maiores encargos para os agentes que mais onerem o sistema de transmissão; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
XIX - regular o serviço concedido, permitido e autorizado e fiscalizar permanentemente sua prestação. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
XX - definir adicional de tarifas de uso específico das instalações de interligações internacionais para exportação e importação de energia elétrica, visando à modicidade tarifária dos usuários do sistema de transmissão ou distribuição. (Incluído pela Lei nº 12.111, de 2009)
XXI -
definir as tarifas das concessionárias de geração hidrelétrica que
comercializarem energia no regime de cotas de que trata a
Medida
Provisória nº 579, de 11 de setembro de 2012.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 579, de 2012)
XXI - definir as tarifas das concessionárias de geração hidrelétrica que comercializarem energia no regime de cotas de que trata a Medida Provisória no 579, de 11 de setembro de 2012. (Incluído pela Lei nº 12.783, de 2013)
XXII - promover, de ofício, a destinação integral, em proveito dos usuários de serviços públicos afetados na respectiva área de concessão ou permissão, dos valores objeto de repetição de indébito pelas distribuidoras de energia elétrica em razão de recolhimento a maior, por ocasião de alterações normativas ou de decisões administrativas ou judiciais que impliquem redução de quaisquer tributos, ressalvados os incidentes sobre a renda e o lucro. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
XXIII - oferecer contribuições à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para regular, nos termos do marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, a autorização para o exercício da atividade de produção de hidrogênio a ser exercida por qualquer empresa ou consórcio de empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País, observados os limites de atuação estabelecidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.948, de 2024)
Parágrafo único. No exercício da competência prevista nos
incisos VIII e IX, a ANEEL deverá articular-se com a Secretaria de Direito Econômico do
Ministério da Justiça. (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998)
§ 1o No exercício da competência prevista nos incisos VIII e IX, a ANEEL deverá articular-se com a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça. (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 2o No exercício da competência prevista no inciso XI, a Aneel deverá definir o valor da subvenção prevista no inciso XIII do art. 13 da Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, a ser recebida por cooperativas de eletrificação rural, concessionárias ou permissionárias, para compensar a reduzida densidade de carga de seu mercado, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 3o A subvenção a que se refere o § 4o será calculada pela Aneel a cada revisão tarifária ordinária da principal concessionária de distribuição supridora da cooperativa de eletrificação rural, concessionária ou permissionária, devendo o valor encontrado ser atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou outro que o substituir, nos processos subsequentes de reajuste tarifário. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 4o A subvenção será igual ao valor adicional de receita requerida que precisaria ser concedido à principal concessionária de distribuição supridora caso os ativos, o mercado e os consumidores da cooperativa de eletrificação rural, concessionária ou permissionária, fizessem parte de sua concessão. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 5o O disposto neste artigo aplica-se a partir do processo tarifário da cooperativa de eletrificação rural, concessionária ou permissionária, que suceder a revisão tarifária ordinária da principal concessionária supridora, mesmo que essa tenha ocorrido nos anos de 2015 ou 2016, sempre com efeitos prospectivos, nos termos da regulação da Aneel. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 6o A partir da definição da subvenção de que trata o § 4o, os descontos concedidos às cooperativas de eletrificação rural, concessionárias ou permissionárias, nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão e nas tarifas de energia serão reduzidos até a sua extinção, sendo a redução pelo processo tarifário de que trata o § 5o limitada pelo efeito médio final do processo tarifário, máximo de 20% (vinte por cento). (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 7o No exercício da competência prevista no inciso XI, a Aneel deverá, para efeito de definição da subvenção de que trata o § 4o e dos descontos nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão e nas tarifas de energia, considerar o mercado limitado a 500 GWh/ano para as cooperativas de eletrificação rural cujos mercados próprios sejam superiores a 500 GWh/ano. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 8º Para a destinação de que trata o inciso XXII do caput deste artigo, a Aneel deverá estabelecer critérios equitativos, considerar os procedimentos tarifários e as disposições contratuais aplicáveis e observar: (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
I - as normas e os procedimentos tributários aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
II - as peculiaridades operacionais e processuais relativas a eventuais decisões judiciais ou proferidas por autoridade tributária competente; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
III - a destinação integral dos valores do indébito, após apresentação ao órgão fazendário competente de requerimento do crédito a que faz jus, nos termos da legislação de cada ente tributário; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
IV - os valores repassados pelas distribuidoras de energia elétrica diretamente aos consumidores em virtude de decisões administrativas ou judiciais; e (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
V - o equilíbrio econômico-financeiro da concessão. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
Art. 3o-A Além das competências previstas nos incisos IV, VIII e IX do art. 29 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, aplicáveis aos serviços de energia elétrica, compete ao Poder Concedente: (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
I - elaborar o plano de outorgas, definir as diretrizes para os procedimentos licitatórios e promover as licitações destinadas à contratação de concessionários de serviço público para produção, transmissão e distribuição de energia elétrica e para a outorga de concessão para aproveitamento de potenciais hidráulicos; (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
II - celebrar os contratos de concessão ou de permissão de serviços públicos de energia elétrica, de concessão de uso de bem público e expedir atos autorizativos. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
§ 1o No exercício das competências referidas no inciso IV do art. 29 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e das competências referidas nos incisos I e II do caput deste artigo, o Poder Concedente ouvirá previamente a ANEEL. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
§ 2o No exercício das competências referidas no inciso I do caput deste artigo, o Poder Concedente delegará à ANEEL a operacionalização dos procedimentos licitatórios. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
§ 3o A celebração de contratos e a expedição de atos autorizativos de que trata o inciso II do caput deste artigo poderão ser delegadas à ANEEL. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
§ 4o O exercício pela ANEEL das competências referidas nos incisos VIII e IX do art. 29 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, dependerá de delegação expressa do Poder Concedente. (Incluído pela Lei nº 10.848, de 2004)
Art. 3º-B A Aneel deverá promover, nos processos tarifários, a destinação integral, em proveito dos usuários de serviços públicos afetados na respectiva área de concessão ou permissão, dos valores objeto de repetição de indébito pelas distribuidoras de energia elétrica relacionados às ações judiciais transitadas em julgado que versam sobre a exclusão do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) da base de cálculo da Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Contribuição para o PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 1º Para a destinação de que trata o caput deste artigo, deverão ser considerados nos processos tarifários: (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
I - o valor total do crédito utilizado em compensação perante a Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, acrescido de juros conforme o § 4º do art. 39 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
II - a integralidade dos valores dos créditos requeridos à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil a serem compensados até o processo tarifário subsequente, conforme projeção a ser realizada pela Aneel; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
III - os tributos incidentes sobre os valores repetidos de que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
IV - os valores repassados pelas distribuidoras de energia elétrica diretamente aos consumidores em virtude de decisões administrativas ou judiciais; e (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
V - a capacidade máxima de compensação dos créditos da distribuidora de energia elétrica. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 2º A destinação de que trata o caput deste artigo dar-se-á nos processos tarifários anuais, a partir do primeiro processo tarifário subsequente ao requerimento à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 3º Ressalvada a forma de destinação de que trata o inciso II do § 1º deste artigo, a Aneel poderá determinar a antecipação da destinação do crédito ao requerimento à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, desde que: (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
I - haja anuência da distribuidora de energia elétrica quanto ao valor a ser antecipado; (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
II - seja a distribuidora de energia elétrica restituída da remuneração referente ao valor antecipado. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 4º A remuneração da antecipação de que trata o § 3º deste artigo será definida pela Aneel. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 5º O disposto no § 3º deste artigo é aplicado ao crédito ainda não requerido à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, desde que haja anuência da distribuidora de energia elétrica. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 6º A Aneel promoverá revisão tarifária extraordinária com vistas a efetuar exclusivamente a destinação de que trata o caput referente às decisões judiciais anteriores à entrada em vigor deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
§ 7º O disposto no § 6º deste artigo aplica-se às distribuidoras de energia elétrica cujos últimos processos tarifários tenham sido homologados a partir de janeiro de 2022. (Incluído pela Lei nº 14.385, de 2022)
Art. 4o A ANEEL será dirigida por um Diretor-Geral e quatro Diretores, em regime de colegiado, cujas funções serão estabelecidas no ato administrativo que aprovar a estrutura organizacional da autarquia.
§
1o O decreto de constituição da
ANEEL indicará qual dos diretores da autarquia terá a incumbência de, na qualidade de
ouvidor, zelar pela qualidade do serviço público de energia elétrica, receber, apurar e
solucionar as reclamações dos usuários.
§ 1º Integrarão a estrutura da Aneel uma Procuradoria e uma Ouvidoria. (Redação dada pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência
§ 2o É criado,
na ANEEL, o cargo de Diretor-Geral, do Grupo Direção e Assessoramento Superiores,
código DAS 101.6. (Revogado
pela Lei nº 9.649, de 1998)
§ 3o O processo decisório que implicar afetação de direitos dos agentes econômicos do setor elétrico ou dos consumidores, mediante iniciativa de projeto de lei ou, quando possível, por via administrativa, será precedido de audiência pública convocada pela ANEEL.
Art. 5o O Diretor-Geral e os demais Diretores serão nomeados pelo
Presidente da República para cumprir mandatos não coincidentes de quatro anos,
ressalvado o que dispõe o art. 29.
Parágrafo único. A nomeação dos membros da Diretoria dependerá de prévia aprovação
do Senado Federal, nos termos da alínea
"f" do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.
Art. 5º O Diretor-Geral e os Diretores serão nomeados pelo Presidente da República para cumprir mandatos não coincidentes de 5 (cinco) anos, vedada a recondução, ressalvado o que dispõe o art. 29. (Redação dada pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência
Parágrafo único. A nomeação dos membros da Diretoria Colegiada dependerá de prévia aprovação do Senado Federal, nos termos da alínea “f” do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, observado o disposto na Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000. (Redação dada pela Lei nº 13.848, de 2019) Vigência
Art. 6o Está impedida de exercer
cargo de direção na ANEEL a pessoa que mantiver os seguintes vínculos com qualquer
empresa concessionária, permissionária, autorizada, produtor independente, autoprodutor
ou prestador de serviço contratado dessas empresas sob regulamentação ou fiscalização
da autarquia:
(Revogado
pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
I
- acionista ou sócio com participação individual direta superior a três décimos por
cento no capital social ou superior a dois por cento no capital social de empresa
controladora;
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
II
- membro do conselho de administração, fiscal ou de diretoria executiva;
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
III - empregado, mesmo com o contrato de trabalho suspenso, inclusive das empresas
controladoras ou das fundações de previdência de que sejam patrocinadoras.
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
Parágrafo único. Também está impedido de exercer cargo de direção da ANEEL membro do
conselho ou diretoria de associação regional ou nacional, representativa de interesses
dos agentes mencionados no caput, de categoria profissional de empregados desses
agentes, bem como de conjunto ou classe de consumidores de energia.
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
Art. 7o A administração da ANEEL
será objeto de contrato de gestão, negociado e celebrado entre a Diretoria e o Poder
Executivo no prazo máximo de noventa dias após a nomeação do Diretor-Geral, devendo
uma cópia do instrumento ser encaminhada para registro no Tribunal de Contas da União,
onde servirá de peça de referência em auditoria operacional. (Revogado
pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
§
1o O contrato de gestão será o
instrumento de controle da atuação administrativa da autarquia e da avaliação do seu
desempenho e elemento integrante da prestação de contas do Ministério de Minas e
Energia e da ANEEL, a que se refere o art. 9o da Lei no 8.443,
de 16 de julho de 1992, sendo sua inexistência considerada falta de natureza formal,
de que trata o inciso II do art. 16 da mesma Lei.
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
§
2o Além de estabelecer parâmetros
para a administração interna da autarquia, os procedimentos administrativos, inclusive
para efeito do disposto no inciso V do art. 3º, o contrato de gestão deve estabelecer,
nos programas anuais de trabalho, indicadores que permitam quantificar, de forma objetiva,
a avaliação do seu desempenho.
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
§
3o O contrato de gestão será
avaliado periodicamente e, se necessário, revisado por ocasião da renovação parcial da
diretoria da autarquia, sem prejuízo da solidariedade entre seus membros.
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
Art. 8º A exoneração imotivada de dirigente da ANEEL
somente poderá ser promovida nos quatros meses iniciais do mandato, findos os quais é
assegurado seu pleno e integral exercício. (Revogado
pela Lei nº 9.986, de 2000)
Parágrafo único. Constituem
motivos para a exoneração de dirigente da ANEEL, em qualquer época, a prática de ato
de improbidade administrativa, a condenação penal transitada em julgado e o
descumprimento injustificado do contrato de gestão. (Revogado
pela Lei nº 9.986, de 2000)
Art. 9o O ex-dirigente da ANEEL continuará vinculado à autarquia nos doze meses seguintes ao exercício do cargo, durante os quais estará impedido de prestar, direta ou indiretamente, independentemente da forma ou natureza do contrato, qualquer tipo de serviço às empresas sob sua regulamentação ou fiscalização, inclusive controladas, coligadas ou subsidiárias.
§ 1o Durante o prazo da vinculação estabelecida neste artigo, o ex-dirigente continuará prestando serviço à ANEEL ou a qualquer outro órgão da administração pública direta da União, em área atinente à sua qualificação profissional, mediante remuneração equivalente à do cargo de direção que exerceu.
§ 2o Incorre na prática de advocacia administrativa, sujeitando-se o infrator às penas previstas no art. 321 do Código Penal, o ex-dirigente da ANEEL, inclusive por renúncia ao mandato, que descumprir o disposto no caput deste artigo.
§ 3o Exclui-se do disposto neste artigo o ex-dirigente que for exonerado no prazo indicado no caput do artigo anterior ou pelos motivos constantes de seu parágrafo único.
Art. 10. Os cargos em comissão da autarquia serão exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional da autarquia, aplicando-se-lhes as mesmas restrições do art. 6o quando preenchidos por pessoas estranhas aos quadros da ANEEL, exceto no período a que se refere o art. 29.
Parágrafo único. Ressalvada a participação em comissões de trabalho criadas com fim específico, duração determinada e não integrantes da estrutura organizacional da autarquia, é vedado à ANEEL requisitar, para lhe prestar serviço, empregados de empresas sob sua regulamentação ou fiscalização.
Capítulo II
DAS RECEITAS E DO ACERVO DA AUTARQUIA
Art. 11. Constituem receitas da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL:
I - recursos oriundos da cobrança da taxa de fiscalização sobre serviços de energia elétrica, instituída por esta Lei;
II - recursos ordinários do Tesouro Nacional consignados no Orçamento Fiscal da União e em seus créditos adicionais, transferências e repasses que lhe forem conferidos;
III - produto da venda de publicações, material técnico, dados e informações, inclusive para fins de licitação pública, de emolumentos administrativos e de taxas de inscrição em concurso público;
IV - rendimentos de operações financeiras que realizar;
V - recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com entidades, organismos ou empresas, públicos ou privados, nacionais ou internacionais;
VI - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados;
VII - valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e imóveis de sua propriedade.
Parágrafo único. O orçamento anual da ANEEL, que integra a Lei Orçamentária da União, nos termos do inciso I do § 5o do art. 165 da Constituição Federal, deve considerar as receitas previstas neste artigo de forma a dispensar, no prazo máximo de três anos, os recursos ordinários do Tesouro Nacional.
Art. 12. É instituída a Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica, que será anual, diferenciada em função da modalidade e proporcional ao porte do serviço concedido, permitido ou autorizado, aí incluída a produção independente de energia elétrica e a autoprodução de energia.
§
1o A taxa de fiscalização,
equivalente a cinco décimos por cento do valor do benefício econômico anual auferido
pelo concessionário, permissionário ou autorizado, será determinada pelas seguintes
fórmulas:
onde:
TFg = taxa de fiscalização da concessão de geração;
P
= potência instalada para o serviço de geração;
Gu
= 0,5% do valor unitário do benefício anual decorrente da exploração do serviço de
geração.
onde:
TFt = taxa de fiscalização da concessão de transmissão;
P = potência instalada para o serviço de
transmissão;
Tu
= 0,5% do valor unitário do benefício anual decorrente da exploração do serviço de
transmissão.
III - TFd = [Ed / (FC x 8,76)] x Du
onde:
TFd = taxa de fiscalização da concessão de distribuição;
Ed
= energia anual faturada com o serviço concedido de distribuição, em megawatt/hora;
FC
= fator de carga médio anual das instalações de distribuição, vinculadas ao serviço
concedido;
Du
= 0,5% do valor unitário do benefício anual decorrente da exploração do serviço de
distribuição.
§ 1o A taxa de fiscalização, equivalente a 0,4% (quatro décimos por cento) do valor do benefício econômico anual auferido pelo concessionário, permissionário ou autorizado, será determinada pelas seguintes fórmulas: (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
I - TFg = P x Gu (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
onde: (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
TFg = taxa de fiscalização da concessão de geração; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
P = potência instalada para o serviço de geração; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
Gu = 0,4% do valor unitário do benefício anual decorrente da exploração do serviço de geração; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
II - TFt = P x Tu (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
onde: (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
TFt = taxa de fiscalização da concessão de transmissão; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
P = potência instalada para o serviço de transmissão; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
Tu = 0,4% do valor unitário do benefício anual decorrente da exploração do serviço de transmissão;
III - TFd = [Ed / (FC x 8,76)] x Du (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
onde: (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
TFd = taxa de fiscalização da concessão de distribuição; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
Ed = energia anual faturada com o serviço concedido de distribuição, em megawatt/hora; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
FC = fator de carga médio anual das instalações de distribuição, vinculadas ao serviço concedido; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
Du = 0,4% (quatro décimos por cento) do valor unitário do benefício anual decorrente da exploração do serviço de distribuição. (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
§ 2o Para determinação do valor do benefício econômico a que se refere o parágrafo anterior, considerar-se-á a tarifa fixada no respectivo contrato de concessão ou no ato de outorga da concessão, permissão ou autorização, quando se tratar de serviço público, ou no contrato de venda de energia, quando se tratar de produção independente.
§ 3o No caso de exploração para uso exclusivo, o benefício econômico será calculado com base na estipulação de um valor típico para a unidade de energia elétrica gerada.
§ 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.783, de 2013)
Art. 13. A taxa anual de fiscalização será devida pelos concessionários, permissionários e autorizados a partir de 1o de janeiro de 1997, devendo ser recolhida diretamente à ANEEL, em duodécimos, na forma em que dispuser o regulamento desta Lei.
§ 1o Do valor global das quotas da Reserva Global de Reversão - RGR, de que trata o art. 4o da Lei no 5.655, de 20 de maio de 1971, com a redação dada pelo art. 9o da Lei no 8.631, de 4 de março de 1993, devidas pelos concessionários e permissionários, será deduzido o valor da taxa de fiscalização, vedada qualquer majoração de tarifas por conta da instituição desse tributo.
§ 2o A Reserva Global de Reversão de que trata o parágrafo anterior é considerada incluída nas tarifas de energia elétrica, com as alterações seguintes:
I - é fixada em até dois e meio por cento a quota anual de reversão que incidirá sobre os investimentos dos concessionários e permissionários, nos termos estabelecidos pelo art. 9o da Lei no 8.631, de 4 de março de 1993, observado o limite de três por cento da receita anual;
II - do total dos recursos arrecadados a partir da vigência desta Lei, cinqüenta por cento, no mínimo, serão destinados para aplicação em investimentos no Setor Elétrico das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, dos quais 1/2 em programas de eletrificação rural, conservação e uso racional de energia e atendimento de comunidades de baixa renda.
III
- os recursos referidos no inciso anterior poderão ser contratados diretamente com
Estados, Municípios e concessionários de serviço público de energia elétrica;
III - os recursos referidos neste artigo poderão ser contratados diretamente com Estados, Municípios, concessionárias e permissionárias de serviço público de energia elétrica e agentes autorizados, assim como Cooperativas de Eletrificação Rural, Cooperativas responsáveis pela implantação de infra-estrutura em projetos de reforma agrária e Consórcios Intermunicipais; (Redação dada pela Lei nº 10.438, de 2002)
IV - os recursos destinados ao semi-árido da Região Nordeste serão aplicados a taxas de financiamento não superiores às previstas para os recursos a que se refere a alínea "c" do inciso I do art. 159 da Constituição Federal.
V - as condições de financiamento previstas no inciso IV poderão ser estendidas, a critério da Aneel, aos recursos contratados na forma do inciso III que se destinem a programas vinculados às metas de universalização do serviço público de energia elétrica nas regiões mencionadas no inciso II. (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
Capítulo III
DO REGIME ECONÔMICO E FINANCEIRO DAS
CONCESSÕES DE SERVIÇO PÚBLICO DE ENERGIA ELÉTRICA
Art. 14. O regime econômico e financeiro da concessão de serviço público de energia elétrica, conforme estabelecido no respectivo contrato, compreende:
I - a contraprestação pela execução do serviço, paga pelo consumidor final com tarifas baseadas no serviço pelo preço, nos termos da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
II - a responsabilidade da concessionária em realizar investimentos em obras e instalações que reverterão à União na extinção do contrato, garantida a indenização nos casos e condições previstos na Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nesta Lei, de modo a assegurar a qualidade do serviço de energia elétrica;
III - a participação do consumidor no capital da concessionária, mediante contribuição financeira para execução de obras de interesse mútuo, conforme definido em regulamento;
IV - apropriação de ganhos de eficiência empresarial e da competitividade;
V - indisponibilidade, pela concessionária, salvo disposição contratual, dos bens considerados reversíveis.
Art. 15. Entende-se por serviço pelo preço o regime econômico-financeiro mediante o qual as tarifas máximas do serviço público de energia elétrica são fixadas:
I - no contrato de concessão ou permissão resultante de licitação pública, nos termos da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
II
- no contrato que prorrogue a concessão existente, nas hipóteses admitidas na Lei no 9.074,
de 7 de julho de 1995;
II - no
contrato que prorrogue a concessão existente, nas hipóteses admitidas na
legislação vigente;
(Redação dada pela Medida
Provisória nº 579, de 2012)
II - no contrato que prorrogue a concessão existente, nas hipóteses admitidas na legislação vigente; (Redação dada pela Lei nº 12.783, de 2013)
III - no contrato de concessão celebrado em decorrência de desestatização, nos casos indicados no art. 27 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995;
IV - em ato específico da ANEEL, que autorize a aplicação de novos valores, resultantes de revisão ou de reajuste, nas condições do respectivo contrato.
§ 1o A manifestação da ANEEL para a autorização exigida no inciso IV deste artigo deverá ocorrer no prazo máximo de trinta dias a contar da apresentação da proposta da concessionária ou permissionária, vedada a formulação de exigências que não se limitem à comprovação dos fatos alegados para a revisão ou reajuste, ou dos índices utilizados.
§ 2o A não manifestação da ANEEL, no prazo indicado, representará a aceitação dos novos valores tarifários apresentados, para sua imediata aplicação.
§ 3º A concessionária deverá divulgar em seu sítio eletrônico, de forma clara e de fácil compreensão pelo consumidor final, tabela com o valor das tarifas praticadas e a evolução das revisões ou reajustes realizados nos últimos cinco anos. (Incluído pela Lei nº 13.673, de 2018)
Art. 16. Os contratos de concessão referidos no artigo anterior, ao detalhar a cláusula prevista no inciso V do art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, poderão prever o compromisso de investimento mínimo anual da concessionária destinado a atender a expansão do mercado e a ampliação e modernização das instalações vinculadas ao serviço.
Art. 16-A. A interrupção no fornecimento de energia elétrica pela empresa prestadora do serviço público de distribuição de energia elétrica, observado o disposto no § 1º, importa na aplicação de multa em benefício dos usuários finais que forem diretamente prejudicados, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
§ 1º A multa prevista no caput: (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
I - será aplicável quando for superado o valor limite de indicadores de qualidade do serviço prestado; (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
II - não será devida, entre outras situações a serem definidas na forma do regulamento: (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
a) quando a interrupção for causada por falha nas instalações da unidade consumidora; (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
b) em caso de suspensão por inadimplemento do usuário; (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
III - estará sujeita a um valor mínimo e a um valor máximo; (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
IV - poderá ser paga sob a forma de crédito na fatura de energia elétrica ou em espécie, em prazo não superior a 3 (três) meses após o período de apuração; (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
V - não inibe a aplicação de qualquer outra penalidade prevista em lei. (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
§ 2º Deverão ser implantadas ferramentas que permitam a auditoria dos indicadores referidos no inciso I do § 1º independentemente de informações da empresa prestadora do serviço público de distribuição de energia elétrica. (Incluído pela Lei nº 14.052, de 2020)
Art. 17. A suspensão, por falta de pagamento, do fornecimento de energia elétrica a consumidor que preste serviço público ou essencial à população e cuja atividade sofra prejuízo será comunicada com antecedência de quinze dias ao Poder Público local ou ao Poder Executivo Estadual.
Parágrafo
único. O Poder Público que receber a comunicação adotará as providências
administrativas para preservar a população dos efeitos da suspensão do fornecimento de
energia, sem prejuízo das ações de responsabilização pela falta de pagamento que
motivou a medida.
§ 1o O Poder Público que receber a comunicação adotará as providências administrativas para preservar a população dos efeitos da suspensão do fornecimento de energia elétrica, inclusive dando publicidade à contingência, sem prejuízo das ações de responsabilização pela falta de pagamento que motivou a medida. (Redação dada pela Lei nº 10.438, de 2002)
§ 2o Sem prejuízo do disposto nos contratos em
vigor, o atraso do pagamento de faturas de compra de energia elétrica e das contas
mensais de seu fornecimento aos consumidores, do uso da rede básica e das instalações
de conexão, bem como do recolhimento mensal dos encargos relativos às quotas da Reserva
Global de Reversão - RGR, à compensação financeira pela utilização de recursos
hídricos, ao uso de bem público, ao rateio da Conta de Consumo de Combustíveis - CCC,
à Conta de Desenvolvimento Energético - CDE e à Taxa de Fiscalização dos Serviços de
Energia Elétrica, implicará a incidência de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês
e multa de até 5% (cinco por cento), a ser fixada pela Aneel, respeitado o limite máximo
admitido pela legislação em vigor. (Incluído pela Lei
nº 10.438, de 2002)
§ 2o Sem prejuízo do disposto nos contratos em vigor, o atraso do pagamento de faturas de compra de energia elétrica e das contas mensais de seu fornecimento aos consumidores, do uso da rede básica e das instalações de conexão, bem como do recolhimento mensal dos encargos relativos às quotas da Reserva Global de Reversão RGR, à compensação financeira pela utilização de recursos hídricos, ao uso de bem público, ao rateio da Conta de Consumo de Combustíveis CCC, à Conta de Desenvolvimento Energético CDE, ao Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica PROINFA e à Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica, implicará a incidência de juros de mora de um por cento ao mês e multa de até cinco por cento, a ser fixada pela ANEEL, respeitado o limite máximo admitido pela legislação em vigor. (Redação dada pela Lei nº 10.762, de 2003)
Art. 18. A ANEEL somente aceitará como bens reversíveis da concessionária ou permissionária do serviço público de energia elétrica aqueles utilizados, exclusiva e permanentemente, para produção, transmissão e distribuição de energia elétrica.
Art. 19. Na hipótese de encampação da concessão, a indenização devida ao concessionário, conforme previsto no art. 36 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, compreenderá as perdas decorrentes da extinção do contrato, excluídos os lucros cessantes.
Capítulo IV
DA DESCENTRALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
Art. 20. Sem prejuízo do disposto na alínea "b" do inciso XII
do art. 21 e no inciso XI do
art. 23 da Constituição Federal, a execução das atividades complementares de
regulação, controle e fiscalização dos serviços e instalações de energia elétrica
poderá ser descentralizada pela União para os Estados e o Distrito Federal, mediante
convênio de cooperação.
Art. 20. Sem prejuízo do disposto na alínea b do inciso XII do art. 21 e no inciso XI do art. 23 da Constituição Federal, a execução das atividades complementares de regulação, controle e fiscalização dos serviços e instalações de energia elétrica poderá ser descentralizada pela União para os Estados e para o Distrito Federal visando à gestão associada de serviços públicos, mediante convênio de cooperação. (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
§ 1o A descentralização abrangerá os serviços e instalações de energia elétrica prestados e situados no território da respectiva unidade federativa, exceto:
I
- os de geração de interesse do sistema elétrico interligado;
I - os de geração de interesse do sistema elétrico interligado, conforme condições estabelecidas em regulamento da Aneel; (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
II - os de transmissão integrante da rede básica.
§
2o A delegação de que trata este
Capítulo será conferida desde que o Distrito Federal ou o Estado interessado possua
serviços técnicos e administrativos competentes, devidamente organizados e aparelhados
para execução das respectivas atividades, conforme condições estabelecidas em
regulamento.
§
3o A execução, pelos Estados e
Distrito Federal, das atividades delegadas será permanentemente acompanhada e avaliada
pela ANEEL, nos termos do respectivo convênio.
§ 2o A delegação de que trata este Capítulo será conferida desde que o Distrito Federal ou o Estado interessado possua serviços técnicos e administrativos competentes, devidamente organizados e aparelhados para execução das respectivas atividades, conforme condições estabelecidas em regulamento da Aneel. (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
§ 3o A execução pelos Estados e Distrito Federal das atividades delegadas será disciplinada por meio de contrato de metas firmado entre a Aneel e a Agência Estadual ou Distrital, conforme regulamentação da Aneel, que observará os seguintes parâmetros: (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
I - controle de resultado voltado para a eficiência da gestão; (Incluído pela Lei nº 12.111, de 2009)
II - contraprestação baseada em custos de referência; (Incluído pela Lei nº 12.111, de 2009)
III - vinculação ao Convênio de Cooperação firmado por prazo indeterminado. (Incluído pela Lei nº 12.111, de 2009)
§ 4o Os atuais convênios de cooperação permanecem em vigor até 31 de dezembro de 2011. (Incluído pela Lei nº 12.111, de 2009)
Art. 21. Na execução das atividades complementares de regulação, controle e fiscalização dos serviços e instalações de energia elétrica, a unidade federativa observará as pertinentes normas legais e regulamentares federais.
§ 1o As normas de regulação complementar baixadas pela unidade federativa deverão se harmonizar com as normas expedidas pela ANEEL.
§ 2o É vedado à unidade federativa conveniada exigir de concessionária ou permissionária sob sua ação complementar de regulação, controle e fiscalização obrigação não exigida ou que resulte em encargo distinto do exigido de empresas congêneres, sem prévia autorização da ANEEL.
Art. 22. Em caso de descentralização da execução de atividades relativas aos serviços
e instalações de energia elétrica, parte da taxa de fiscalização correspondente,
prevista no art. 12 desta Lei, arrecadada na respectiva unidade federativa, será a esta
transferida para custeio de seus serviços, na forma do convênio celebrado.
Art. 22. Em caso de
descentralização da execução de atividades relativas aos serviços e instalações
de energia elétrica, parte da Taxa de Fiscalização correspondente, prevista no
art. 12 desta Lei, arrecadada na respectiva unidade federativa, será a esta
transferida como contraprestação pelos serviços delegados, na forma estabelecida
no contrato de metas. (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
(Revogado pela
Lei nº 13.848, de 2019)
Vigência
Capítulo V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 23. As licitações realizadas para outorga de concessões devem observar o disposto nesta Lei, nas Leis noS 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, 9.074, de 7 de julho de 1995, e, como norma geral, a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1o Nas licitações destinadas a contratar concessões e permissões de serviço público e uso de bem público é vedada a declaração de inexigibilidade prevista no art. 25 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993;
§ 2o Nas licitações mencionadas no parágrafo anterior, a declaração de dispensa de licitação só será admitida quando não acudirem interessados à primeira licitação e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a administração, mantidas, neste caso, todas as condições estabelecidas no edital, ainda que modifiquem condições vigentes de concessão, permissão ou uso de bem público cujos contratos estejam por expirar.
Art. 24. As licitações para exploração de potenciais hidráulicos serão processadas nas modalidades de concorrência ou de leilão e as concessões serão outorgadas a título oneroso.
Parágrafo único. No caso de leilão, somente poderão oferecer proposta os interessados pré-qualificados, conforme definido no procedimento correspondente.
Art. 25. No caso de concessão ou autorização para produção independente de energia elétrica, o contrato ou ato autorizativo definirá as condições em que o produtor independente poderá realizar a comercialização de energia elétrica produzida e da que vier a adquirir, observado o limite de potência autorizada, para atender aos contratos celebrados, inclusive na hipótese de interrupção da geração de sua usina em virtude de determinação dos órgãos responsáveis pela operação otimizada do sistema elétrico.
Art.
26. Depende de autorização da ANEEL:
Art. 26. Cabe ao Poder Concedente, diretamente ou mediante delegação à ANEEL, autorizar: (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)
I
- o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a mil kW e igual ou
inferior a dez mil kW destinado à produção independente;
I - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência
superior a 1.000 kW e igual ou inferior a 30.000 kW, destinado a produção independente
ou autoprodução, mantidas as características de pequena central hidrelétrica; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
I - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 3.000 kW
(três mil quilowatts) e igual ou inferior a 30.000 kW (trinta mil quilowatts),
destinado a produção independente ou autoprodução, mantidas as características
de pequena central hidrelétrica;
(Redação dada pela
Lei nº 13.097, de 2015)
I - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) e igual ou inferior a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), destinado a produção independente ou autoprodução, mantidas as características de pequena central hidroelétrica; (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
II - a importação e a exportação de energia
elétrica por produtor independente, bem como a implantação do sistema de transmissão
associado.
II - a compra e venda de energia elétrica, por agente comercializador; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - a importação e exportação de energia elétrica, bem
como a implantação dos respectivos sistemas de transmissão associados; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
III - a importação e exportação de energia elétrica, bem como a implantação das respectivas instalações de transmissão associadas, ressalvado o disposto no § 6o do art. 17 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995; (Redação dada pela Lei nº 12.111, de 2009)
IV - a comercialização, eventual e temporária, pelos autoprodutores, de seus excedentes de energia elétrica. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
V - os acréscimos de capacidade de geração, objetivando o aproveitamento ótimo do potencial hidráulico. (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
VI - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 1.000 (mil) kW e igual ou inferior a 50.000 (cinquenta mil) kW, destinado à produção independente ou autoprodução, independentemente de ter ou não características de pequena central hidrelétrica. (Incluído pela Lei nº 11.943, de 2009)
VI - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 3.000 kW
(três mil quilowatts) e igual ou inferior a 50.000 kW (cinquenta mil
quilowatts), destinado à produção independente ou autoprodução,
independentemente de ter ou não característica de pequena central hidrelétrica.
(Redação dada pela Lei nº
13.097, de 2015)
VI - o aproveitamento de potencial hidráulico de potência superior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) e igual ou inferior a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts), destinado à produção independente ou autoprodução, independentemente de ter ou não característica de pequena central hidroelétrica. (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 1o Para cada
aproveitamento de que trata o inciso I, a ANEEL estipulará percentual de redução não
inferior a 50% (cinqüenta por cento), a ser aplicado aos valores das tarifas de uso dos
sistemas elétricos de transmissão e distribuição, de forma a garantir competitividade
à energia ofertada pelo empreendimento.
(Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 1o A Aneel estipulará percentual de redução
não inferior a 50% (cinqüenta por cento), a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas
elétricos de transmissão e distribuição, incidindo da produção ao consumo da energia
comercializada pelos aproveitamentos de que trata o inciso I deste artigo e para os
empreendimentos a partir de fontes eólica e biomassa, assim como os de cogeração
qualificada, conforme regulamentação da Aneel, dentro dos limites de potências
estabelecidas no referido inciso I. (Redação dada pela
Lei nº 10.438, de 2002)
§ 1o Para o
aproveitamento referido no inciso I do caput, os empreendimentos hidroelétricos
com potência igual ou inferior a 1.000 kW e aqueles com base em fontes solar, eólica,
biomassa e co-geração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL, cuja potência
instalada seja menor ou igual a 30.000 kW, a ANEEL estipulará percentual de redução
não inferior a cinqüenta por cento a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas
elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da
energia comercializada pelos aproveitamentos. (Redação
dada pela Lei nº 10.762, de 2003)
§ 1o Para o aproveitamento referido no inciso I do
caput
deste artigo, para os empreendimentos hidroelétricos com potência igual
ou inferior a 1.000 (mil) kW e para aqueles com base em fontes solar,
eólica, biomassa e co-geração qualificada, conforme regulamentação da
ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou
distribuição seja menor ou igual a 30.000 (trinta mil) kW, a ANEEL
estipulará percentual de redução não inferior a 50% (cinqüenta por
cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de
transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da
energia comercializada pelos aproveitamentos.
(Redação dada pela Lei nº
11.488, de 2007)
§ 1o Para o aproveitamento referido no inciso I do
caput
deste artigo, para os empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou
inferior a 3.000 kW (três mil quilowatts) e para aqueles com base em fontes
solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada, conforme regulamentação da
ANEEL, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja
menor ou igual a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), a Aneel estipulará
percentual de redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às
tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição,
incidindo na produção e no consumo da energia comercializada pelos
aproveitamentos. (Redação
dada pela Lei nº 13.097, de 2015)
§ 1o Para
o aproveitamento referido no inciso I do
caput deste artigo,
para os empreendimentos hidrelétricos com potência igual ou inferior a 3.000
kW (três mil quilowatts) e para aqueles com base em fontes solar, eólica,
biomassa e cogeração qualificada, conforme regulamentação da Aneel, cuja
potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou
igual a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), a Aneel estipulará percentual de
redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas
de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na
produção e no consumo da energia:
(Redação dada pela Lei nº
13.203, de 2015)
§ 1o Para o aproveitamento referido no inciso I do caput deste artigo, para os empreendimentos hidroelétricos com potência igual ou inferior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) e para aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada, conforme regulamentação da Aneel, incluindo proveniente de resíduos sólidos urbanos e rurais, cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 30.000 kW (trinta mil quilowatts), a Aneel estipulará percentual de redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia: (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
I – comercializada pelos aproveitamentos; e (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)
II – destinada à autoprodução, desde que proveniente de empreendimentos que entrarem em operação comercial a partir de 1o de janeiro de 2016. (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)
§ 1o-A Para empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa e, conforme regulamentação da Aneel, cogeração qualificada, a Aneel estipulará percentual de redução não inferior a 50% (cinquenta por cento) a ser aplicado às tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição, incidindo na produção e no consumo da energia proveniente de tais empreendimentos, comercializada ou destinada à autoprodução, pelos aproveitamentos, desde que a potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 300.000 kW (trezentos mil quilowatts) e atendam a quaisquer dos seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)
I – resultem de leilão de compra de energia realizado a partir de 1o de janeiro de 2016; ou (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)
II – venham a ser autorizados a partir de 1o de janeiro de 2016. (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)
§ 1o-B. Os aproveitamentos com base em fonte de biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição seja maior que 30.000 kW (trinta mil quilowatts) e menor ou igual a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) que não atendam aos critérios definidos no § 1o-A, bem como aqueles previstos no inciso VI do caput, terão direito ao percentual de redução sobre as tarifas de uso dos sistemas elétricos de transmissão e de distribuição previsto no § 1o, limitando-se a aplicação do desconto a 30.000 kW (trinta mil quilowatts) de potência injetada nos sistemas de transmissão e distribuição. (Incluído pela Lei nº 13.299, de 2016)
§ 1o-C. Os percentuais de redução a que se referem os §§ 1o, 1o-A e 1o-B não serão aplicados aos empreendimentos com base em fontes solar, eólica, biomassa e cogeração qualificada que tiverem suas outorgas de autorização prorrogadas. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 1º-C Os percentuais de redução de que tratam os § 1º, § 1º-A e § 1º-B
serão aplicados:
(Redação
dada pela Medida Provisória nº 998, de 2020)
I - aos empreendimentos que solicitarem a outorga, conforme regulamento
da Aneel, no prazo de até doze meses, contado de 1º de setembro de 2020
e que iniciarem a operação de todas as suas unidades geradoras no prazo
de até quarenta e oito meses, contado da data da outorga; e
(Incluído pela
Medida Provisória nº 998, de 2020)
II - ao montante acrescido de capacidade instalada, caso a solicitação
de alteração da outorga que resulte em aumento na capacidade instalada
do empreendimento seja realizada no prazo de até doze meses, contado de
1º de setembro de 2020, e a operação de todas as unidades geradoras
associadas à solicitação seja iniciada no prazo de até quarenta e oito
meses, contado da data de publicação do ato que autoriza a alteração da
outorga.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º-C. Os percentuais de redução de que tratam os §§ 1º, 1º-A e 1º-B deste artigo serão aplicados: (Redação dada pela Lei nº 14.120, de 2021) (Regulamento)
I - aos empreendimentos que solicitarem a outorga, conforme regulamento da Aneel, no prazo de até 12 (doze) meses, contado a partir da data de publicação deste inciso, e que iniciarem a operação de todas as suas unidades geradoras no prazo de até 48 (quarenta e oito) meses, contado da data da outorga; e (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
II - ao montante acrescido de capacidade instalada, caso a solicitação de alteração da outorga que resulte em aumento na capacidade instalada do empreendimento seja realizada no prazo de até 12 (doze) meses, contado a partir da data de publicação deste inciso, e a operação de todas as unidades geradoras associadas à solicitação seja iniciada no prazo de até 48 (quarenta e oito) meses, contado da data de publicação do ato que autoriza a alteração da outorga. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-D Os percentuais de redução de que tratam os § 1º, §1º-A e § 1º-B
não serão aplicados aos empreendimentos após o fim do prazo das suas
outorgas ou na hipótese de prorrogação de suas outorgas.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º-D. Para novos empreendimentos de geração hidrelétricos com potência instalada de até 30 MW (trinta megawatts), os descontos serão mantidos em 50% (cinquenta por cento) por 5 (cinco) anos adicionais e em 25% (vinte e cinco por cento) por outros 5 (cinco) anos, contados a partir da data de publicação deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-E O Poder Executivo federal definirá diretrizes para a
implementação no setor elétrico de mecanismos para a consideração dos
benefícios ambientais relacionados à baixa emissão de gases causadores
do efeito estufa, em consonância com mecanismos para a garantia da
segurança do suprimento e da competitividade, no prazo de doze meses,
contado de 1º de setembro de 2020.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º-E. Os descontos de que trata o § 1º-D deste artigo serão válidos enquanto os respectivos empreendimentos se mantiverem em operação, mas não poderão ser transferidos a terceiros. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-F As diretrizes de que trata o § 1º-E não disporão sobre os
empreendimentos de que tratam os § 1º, § 1º-A, § 1º-B e § 1º-C.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º-F. Os percentuais de redução de que tratam os §§ 1º, 1º-A e 1º-B deste artigo não serão aplicados aos empreendimentos após o fim do prazo das suas outorgas ou se houver prorrogação de suas outorgas. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-G As diretrizes de que trata o § 1º-E deverão prever a
possibilidade futura de integração desses mecanismos a outros setores,
observada a articulação dos Ministérios envolvidos.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º-G. O Poder Executivo federal definirá diretrizes para a implementação, no setor elétrico, de mecanismos para a consideração dos benefícios ambientais, em consonância com mecanismos para a garantia da segurança do suprimento e da competitividade, no prazo de 12 (doze) meses, contado a partir da data de publicação deste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-H. As diretrizes de que trata o § 1º-G deste artigo não
disporão sobre os empreendimentos de que tratam os §§ 1º, 1º-A, 1º-B
e 1º-C deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-I. As diretrizes de que trata o § 1º-G deste artigo deverão
prever a possibilidade futura de integração dos mecanismos nele
referidos a outros setores, observada a articulação dos Ministérios
envolvidos.
(Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º-J As diretrizes de que trata o § 1º-G deste artigo também são aplicáveis
aos microgeradores e minigeradores distribuídos.
(Incluído pela Lei nº
14.300, de 2022)
§ 1º-K Os empreendimentos enquadrados no disposto no § 1º-C deste
artigo que, em até doze meses da publicação da
Lei nº 14.120, de 1º
de março de 2021, tenham solicitado a outorga ou a alteração de
outorga que resulte em aumento na capacidade instalada, poderão
requerer prorrogação de trinta e seis meses dos prazos previstos nos
incisos I e II do § 1º-C, para início da operação de todas as suas
unidades geradoras, mantido o direito aos percentuais de redução de
que tratam os § 1º, § 1º-A e § 1º-B, mediante requerimento por seus
titulares à Aneel, no prazo de sessenta dias, contado da data de
publicação da Medida Provisória nº 1.212, de 9 de abril de 2024.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
§ 1º-L Para manterem o direito ao prazo adicional previsto no §
1º-K, os empreendedores, independentemente da fonte de geração,
aportarão garantia de fiel cumprimento em até noventa dias e
iniciarão as obras do empreendimento em até dezoito meses, ambos os
prazos contados da data de publicação da
Medida Provisória nº 1.212,
de 2024, observados os seguintes parâmetros:
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
I - o valor da garantia de fiel cumprimento será correspondente a
cinco por cento do valor estimado do empreendimento, a ser
estabelecido em ato do Ministério de Minas e Energia;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
II - a garantia de fiel cumprimento terá a Aneel como beneficiária e
o interessado como tomador e vigorará por até seis meses após a
entrada em operação comercial da última unidade geradora do
empreendimento;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
III - as garantias de fiel cumprimento serão aportadas na Aneel ou
em agente custodiante contratado pela Aneel;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
IV - o início das obras será caracterizado nos termos estabelecidos
pelo Ministério de Minas e Energia;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
V - o empreendedor deverá optar por uma das seguintes modalidades de
garantia:
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
a) caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública emitidos sob a
forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de
liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil, e
avaliados por seus valores econômicos, conforme estabelecido pelo
Ministério da Fazenda;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
b) fiança bancária emitida por banco ou instituição financeira
autorizada pelo Banco Central do Brasil a operar no País; e
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
c) seguro - garantia; e
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
VI - a execução da garantia de fiel cumprimento dependerá de
determinação expressa da Aneel, nas seguintes hipóteses:
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
a) não início das obras do empreendimento outorgado no prazo
previsto no § 1º-L;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
b) não implantação do empreendimento outorgado no prazo previsto no
§ 1º-K;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
c) descumprimento das condições previstas no ato autorizativo quanto
à potência instalada; ou
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
d) revogação da outorga de autorização.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
§ 1º-M A garantia de fiel cumprimento poderá ser utilizada para
cobrir penalidades aplicadas pela inobservância total ou parcial às
obrigações previstas na outorga de autorização, assegurados os
princípios do contraditório e da ampla defesa, mediante execução até
o limite de seu valor, em qualquer modalidade, por determinação
expressa da Aneel.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
§ 1º-N A Aneel firmará termo de adesão com os empreendedores de que
tratam o § 1º-K deste artigo, o qual conterá os requisitos e as
condicionantes previstos na Medida Provisória nº 1.212, de 2024, no
prazo de quarenta e cinco dias, contado da solicitação.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.212, de 2024)
Vigência encerrada
§ 2o Ao
aproveitamento referido neste artigo que funcionar interligado ao sistema elétrico, é
assegurada a participação nas vantagens técnicas e econômicas da operação
interligada, devendo também submeter-se ao rateio do ônus, quando ocorrer. (Incluído pela Lei nº 9.648, de
1998)
Vigência encerrada
§ 2o Ao aproveitamento referido neste artigo que funcionar interligado e ou integrado ao sistema elétrico, é assegurada a participação nas vantagens técnicas e econômicas da operação interligada, especialmente em sistemática ou mecanismo de realocação de energia entre usinas, destinado a mitigação dos riscos hidrológicos, devendo também se submeter ao rateio do ônus, quando ocorrer. (Redação dada pela Lei nº 10.438, de 2002)
§ 3o A comercialização da energia elétrica resultante da atividade referida nos incisos II, III e IV, far-se-á nos termos dos arts. 12, 15 e 16 da Lei no 9.074, de 1995. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 4o É estendido às usinas hidrelétricas
referidas no inciso I que iniciarem a operação após a publicação desta Lei, a
isenção de que trata o inciso I do art. 4o
da Lei no 7.990, de 28 de dezembro de 1989. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 4o Ressalvado o disposto no art. 2o da Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, é estendida às usinas hidroelétricas referidas no inciso I do caput deste artigo que iniciarem a operação após a publicação desta Lei a isenção de que trata o inciso I do art. 4o da Lei no 7.990, de 28 de dezembro de 1989. (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 5o Os
aproveitamentos referidos no inciso I poderão comercializar energia elétrica com
consumidores cuja carga seja maior ou igual a 500 kW, independentemente dos prazos de
carência constantes do art. 15 da Lei nº 9.074, de 1995. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 5o
O aproveitamento referido no inciso I e aqueles a partir de fontes eólica, biomassa ou
solar poderão comercializar energia elétrica com consumidor ou conjunto de consumidores
reunidos por comunhão de interesses de fato ou direito, cuja carga seja maior ou igual a
500 kW, independentemente dos prazos de carência constantes do
art. 15 da Lei nº
9.074, de 7 de julho de 1995, observada a regulamentação da Aneel. (Redação dada pela Lei nº 10.438, de 2002)
§ 5o O aproveitamento referido no inciso I do caput,
os empreendimentos com potência igual ou inferior a 1.000 kW e aqueles com base em fontes
solar, eólica, biomassa, cuja potência instalada seja menor ou igual a 30.000 kW,
poderão comercializar energia elétrica com consumidor, ou conjunto de consumidores
reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual
a 500kW, independentemente dos prazos de carência constante do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho de
1995, observada a regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser complementado
por empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando a garantia
de suas disponibilidades energéticas mas limitado a quarenta e nove por cento da energia
média que produzirem, sem prejuízo do previsto no § 1o e § 2o.
(Redação dada pela Lei nº 10.762, de 2003)
§ 5o O aproveitamento referido no inciso I do
caput
deste artigo, os empreendimentos com potência igual ou inferior a 1.000
(mil) kW e aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa cuja
potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor
ou igual a 30.000 (trinta mil) kW poderão comercializar energia elétrica
com consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de
interesses de fato ou de direito cuja carga seja maior ou igual a 500
(quinhentos) kW, independentemente dos prazos de carência constantes do
art. 15 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995,
observada a regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser
complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui
referidas, visando a garantia de suas disponibilidades energéticas, mas
limitado a 49% (quarenta e nove por cento) da energia média que
produzirem, sem prejuízo do previsto nos §§ 1o e 2o
deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 11.488, de 2007)
§ 5o
O aproveitamento referido nos incisos I e VI do
caput
deste artigo, os empreendimentos com potência igual ou inferior a 1.000
(mil) kW e aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa, cuja
potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor
ou igual a 50.000 (cinquenta mil) kW, poderão comercializar energia
elétrica com consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por
comunhão de interesses de fato ou de direito, cuja carga seja maior ou
igual a 500 (quinhentos) kW, independentemente dos prazos de carência
constantes do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho
de 1995, observada a regulamentação da Aneel, podendo o fornecimento ser
complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui
referidas, visando à garantia de suas disponibilidades energéticas, mas
limitado a 49% (quarenta e nove por cento) da energia média que
produzirem, sem prejuízo do previsto nos §§ 1o e 2o
deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº 11.943, de 2009)
§ 5o
O aproveitamento referido nos incisos I e VI do caput deste
artigo, os empreendimentos com potência igual ou inferior a 1.000 (mil)
kW e aqueles com base em fontes solar, eólica, biomassa, cuja potência
injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual
a 50.000 (cinquenta mil) kW, poderão comercializar energia elétrica com
consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de
interesses de fato ou de direito, cuja carga seja maior ou igual a 500
(quinhentos) kW, observados os prazos de carência constantes dos
arts.
15 e 16 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995,
conforme regulamentação da ANEEL, podendo o fornecimento ser
complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui
referidas, visando à garantia de suas disponibilidades energéticas, mas
limitado a 49% (quarenta e nove por cento) da energia média que
produzirem, sem prejuízo do previsto nos §§ 1o e 2odeste
artigo. (Redação
dada pela Medida Provisória nº 579, de 2012)
§ 5o
O aproveitamento referido nos incisos I e VI do
caput
deste artigo, os empreendimentos com potência igual ou inferior a 1.000 kW (mil
kilowatts) e aqueles com base em fontes solar, eólica e biomassa cuja potência
injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a
50.000 kW (cinquenta mil kilowatts) poderão comercializar energia elétrica com
consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de
fato ou de direito, cuja carga seja maior ou igual a 500 kW (quinhentos
kilowatts), observados os prazos de carência constantes dos arts. 15 e 16 da Lei
no 9.074, de 7 de julho de 1995, conforme regulamentação da Aneel, podendo o fornecimento ser complementado por empreendimentos de geração
associados às fontes aqui referidas, visando à garantia de suas disponibilidades
energéticas, mas limitado a 49% (quarenta e nove por cento) da energia média que
produzirem, sem prejuízo do previsto nos §§ 1o e 2o
deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº
12.783, de 2013)
§ 5o O aproveitamento referido nos incisos I e VI do
caput
deste artigo, os empreendimentos com potência igual ou inferior a 3.000 kW (três
mil quilowatts) e aqueles com base em fontes solar, eólica e biomassa cuja
potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou
igual a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) poderão comercializar energia
elétrica com consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de
interesses de fato ou de direito, cuja carga seja maior ou igual a 500 kW
(quinhentos quilowatts), observados os prazos de carência constantes dos
arts.
15 e 16 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, conforme
regulamentação da Aneel, podendo o fornecimento ser complementado por
empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando à
garantia de suas disponibilidades energéticas, mas limitado a 49% (quarenta e
nove por cento) da energia média que produzirem, sem prejuízo do previsto nos §§
1o e 2o deste artigo.
(Redação dada pela Lei nº
13.097, de 2015)
§ 5o Os aproveitamentos referidos nos incisos I e VI do caput deste artigo, os empreendimentos com potência igual ou inferior a 5.000 kW (cinco mil quilowatts) e aqueles com base em fontes solar, eólica e biomassa cuja potência injetada nos sistemas de transmissão ou distribuição seja menor ou igual a 50.000 kW (cinquenta mil quilowatts) poderão comercializar energia elétrica com consumidor ou conjunto de consumidores reunidos por comunhão de interesses de fato ou de direito, cuja carga seja maior ou igual a 500 kW (quinhentos quilowatts), observados os prazos de carência constantes do art. 15 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, conforme regulamentação da Aneel, podendo o fornecimento ser complementado por empreendimentos de geração associados às fontes aqui referidas, visando à garantia de suas disponibilidades energéticas, mas limitado a 49% (quarenta e nove por cento) da energia média que produzirem, sem prejuízo do previsto nos §§ 1o e 2o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 6o Quando dos acréscimos de capacidade de geração de que trata o inciso V deste artigo, a potência final da central hidrelétrica resultar superior a 30.000 kW, o autorizado não fará mais jus ao enquadramento de pequena central hidrelétrica. (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
§ 7o As autorizações e concessões que venham a ter acréscimo de capacidade na forma do inciso V deste artigo poderão ser prorrogadas por prazo suficiente à amortização dos investimentos, limitado a 20 (vinte) anos. (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
§ 8o Fica reduzido para 50 kW o limite mínimo de carga estabelecido no § 5o deste artigo quando o consumidor ou conjunto de consumidores se situar no âmbito dos sistemas elétricos isolados. (Incluído pela Lei nº 10.438, de 2002)
§ 9o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.943, de 2009)
§ 10. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 11. Nos processos de outorga de autorização, inclusive na realização dos estudos e dos projetos, é facultada ao agente interessado a apresentação de qualquer uma das modalidades de garantia previstas no § 1o do art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. (Incluído pela Lei nº 13.360, de 2016)
§ 12. (VETADO).
(Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 12. O agente titular de outorga de autorização para geração de energia elétrica com prazo de 30 (trinta) anos, cuja usina esteja em operação em 1º de setembro de 2020 e que não tenha sido objeto de qualquer espécie de penalidade pela Aneel quanto ao cumprimento do cronograma de sua implantação, terá seu prazo de autorização contado a partir da declaração da operação comercial da primeira unidade geradora, com ajuste, quando necessário, do respectivo termo de outorga, após o reconhecimento pela Aneel do atendimento ao critério estabelecido neste parágrafo. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
Art. 27. Os contratos de concessão de
serviço público de energia elétrica e de uso de bem público celebrados na vigência
desta Lei e os resultantes da aplicação dos arts. 4º e
19 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995, conterão
cláusula de prorrogação da concessão, enquanto os serviços estiverem sendo prestados
nas condições estabelecidas no contrato e na legislação do setor, atendam aos
interesses dos consumidores e o concessionário o requeira. (Revogado pela Lei nº 10.848, de 2004)
Art. 28. A realização de estudos de viabilidade, anteprojetos ou projetos de aproveitamentos de potenciais hidráulicos deverá ser informada à ANEEL para fins de registro, não gerando direito de preferência para a obtenção de concessão para serviço público ou uso de bem público.
§ 1o Os proprietários ou possuidores de terrenos marginais a potenciais de energia hidráulica e das rotas dos correspondentes sistemas de transmissão só estão obrigados a permitir a realização de levantamentos de campo quando o interessado dispuser de autorização específica da ANEEL.
§ 2o A autorização mencionada no parágrafo anterior não confere exclusividade ao interessado, podendo a ANEEL estipular a prestação de caução em dinheiro para eventuais indenizações de danos causados à propriedade onde se localize o sítio objeto dos levantamentos.
§
3o No caso de serem esses estudos ou projetos aprovados pela
ANEEL para inclusão no programa de licitações de concessões, será assegurado ao
interessado o ressarcimento dos respectivos custos incorridos, pelo vencedor da
licitação, nas condições estabelecidas no edital.
§ 3o No caso de serem esses estudos ou projetos aprovados pelo Poder Concedente, para inclusão no programa de licitações de concessões, será assegurado ao interessado o ressarcimento dos respectivos custos incorridos, pelo vencedor da licitação, nas condições estabelecidas no edital. (Redação dada pela Lei nº 10.848, de 2004)
§ 4o A liberdade prevista neste artigo não abrange os levantamentos de campo em sítios localizados em áreas indígenas, que somente poderão ser realizados com autorização específica do Poder Executivo, que estabelecerá as condições em cada caso.
Art. 29. Na primeira gestão da autarquia, visando implementar a transição para o sistema de mandatos não coincidentes, o Diretor-Geral e dois Diretores serão nomeados pelo Presidente da República, por indicação do Ministério de Minas e Energia, e dois Diretores nomeados na forma do disposto no parágrafo único do art. 5o.
§ 1o O Diretor-Geral e os dois Diretores indicados pelo Ministério de Minas e Energia serão nomeados pelo período de três anos.
§ 2o Para as nomeações de que trata o parágrafo anterior não terá aplicação o disposto nos arts. 6o e 8o desta Lei.
Art. 30. Durante o período de trinta e seis meses, contados da data de publicação desta Lei, os reajustes e revisões das tarifas do serviço público de energia elétrica serão efetuados segundo as condições dos respectivos contratos e legislação pertinente, observados os parâmetros e diretrizes específicos, estabelecidos em ato conjunto dos Ministros de Minas e Energia e da Fazenda.
Art. 31. Serão transferidos para a ANEEL o acervo técnico e patrimonial, as obrigações, os direitos e receitas do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE.
§ 1o Permanecerão com o Ministério de Minas e Energia as receitas oriundas do § 1º do art. 20 da Constituição Federal.
§ 2o Ficarão com o Ministério de Minas e Energia, sob a administração temporária da ANEEL, como órgão integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, a rede hidrométrica, o acervo técnico e as atividades de hidrologia relativos aos aproveitamentos de energia hidráulica.
§ 3o Os órgãos responsáveis pelo gerenciamento dos recursos hídricos e a ANEEL devem se articular para a outorga de concessão de uso de águas em bacias hidrográficas, de que possa resultar a redução da potência firme de potenciais hidráulicos, especialmente os que se encontrem em operação, com obras iniciadas ou por iniciar, mas já concedidas.
Art. 32. É o Poder Executivo autorizado a remanejar, transferir ou utilizar os saldos orçamentários do Ministério de Minas e Energia, para atender as despesas de estruturação e manutenção da ANEEL, utilizando como recursos as dotações orçamentárias destinadas às atividades finalísticas e administrativas, observados os mesmos subprojetos, subatividades e grupos de despesas previstos na Lei Orçamentária em vigor.
Art. 33. No prazo máximo de vinte e quatro meses, a contar da sua organização, a ANEEL promoverá a simplificação do Plano de Contas específico para as empresas concessionárias de serviços públicos de energia elétrica, com a segmentação das contas por tipo de atividade de geração, transmissão e distribuição.
Art. 34. O Poder Executivo adotará as providências necessárias à constituição da autarquia Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, em regime especial, com a definição da estrutura organizacional, aprovação do seu regimento interno e a nomeação dos Diretores, a que se refere o § 1o do art. 29, e do Procurador-Geral.
§ 1o A estrutura de que
trata o caput deste artigo incluirá os cargos em comissão e funções gratificadas
atualmente existentes no DNAEE. (Revogado pela Lei
nº 9.649, 1998)
§ 2o É a ANEEL
autorizada a efetuar a contratação temporária, por prazo não excedente de trinta e
seis meses, nos termos do inciso IX do art. 37 da Constituição Federal, do pessoal
técnico imprescindível à continuidade de suas atividades. (Revogado pela Lei 10.871, de 2004)
§ 3o Até que seja provido o cargo de Procurador-Geral da ANEEL, a Consultoria Jurídica do Ministério de Minas e Energia e a Advocacia-Geral da União prestarão à autarquia a assistência jurídica necessária, no âmbito de suas competências.
§ 4o Constituída a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, com a publicação de seu regimento interno, ficará extinto o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE.
Art. 35. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 26 de dezembro de 1996; 175o da Independência e 108o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO*