Presidência
da República |
LEI No 5.906, DE 23 DE JULHO DE 1973.
(Vide Decreto-lei nº 1.860, de 1981) |
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TíTULO I
Conceituações Gerais
Art
1º Esta Lei regula a remuneração dos bombeiros-militares do Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal, a qual compreende vencimentos ou proventos e indenizações, e dispõe
sobre outros direitos.
Art
2º Para os efeitos desta Lei, adotam-se as seguintes conceituações:
I -
Comandante - é o título genérico dado ao bombeiro-militar, correspondente ao de chefe
ou outra denominação que tenha ou venha a ter aquele que, investido de autoridade
decorrente de leis e regulamentos, for responsável pela adminstração, emprego,
instrução e disciplina de uma organização de bombeiros-militares;
II
- Missão, Tarefa ou Atividade - é o dever emergente de uma ordem específica de comando
ou chefia;
III
- Organização de Bombeiros-Militares - é a denominação genérica dada a unidade de
tropa, escola, centro ou a qualquer outra unidade administrativa ou operativa do Corpo de
Bombeiros do Distrito Federal;
IV
- Corporação - é a denominação dada, nesta Lei, ao Corpo de Bombeiros do Distrito
Federal;
V -
Sede - é todo o território do Distrito Federal;
VI
- Na ativa, da ativa, em serviço ativo, em serviço na ativa, em atividade - é a
situação do bombeiro-militar do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal capacitado para o
exercício de cargo, comissão ou encargo;
VII
- Efetivo serviço - é o efetivo desempenho de cargo, comissão, encargo, incumbência,
serviço ou atividade de bombeiro-militar, pelo bombeiro-militar em serviço ativo;
VIII - Cargo de bombeiro-militar - é aquele que só pode ser exercido por
bombeiro-militar em serviço ativo e que se encontra especificado nos Quadros de Efetivo,
ou previsto, caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais. A cada
cargo de bombeiro-militar corresponde um conjunto de atribuições, deveres e
responsabilidades que se constituem em obrigações do respectivo titular;
IX
- Comissão, Encargo, Incumbência, Serviço ou Atividade de Bombeiro-Militar - é o
exercício das obrigações que, pela generalidade, peculiaridade, duração, vulto ou
natureza das atribuições não são catalogadas como posições tituladas em Quadro de
Efetivo, Quadro de Organização ou dispositivo legal;
X -
Função de bombeiro-militar - é o exercício das obrigações inerentes ao cargo ou
comissão.
TíTULO II
Da Remuneração de Bombeiro-Militar na
Ativa
CAPíTULO I
Da Remuneração
Art
3º A remuneração do bombeiro-militar na ativa compreende:
I -
Vencimentos: quantitativo mensal em dinheiro devido ao bombeiro-militar na ativa,
compreendendo o soldo e as gratificações;
II
- Indenizações: de conformidade com o Capítulo IV, deste Título.
Parágrafo único. O bombeiro-militar na ativa faz jus, ainda, a outros direitos
constantes do Capítulo V, deste Título.
CAPíTULO II
Do Soldo
Art
4º Soldo é a parte básica dos vencimentos inerentes ao posto ou à graduação do
bombeiro-militar da ativa.
Parágrafo único. O soldo do bombeiro-militar é irredutível, não está sujeito a
penhora, seqüestro ou arresto, exceto nos casos especificamente previstos em lei.
Art
5º O direito do bombeiro-militar ao soldo tem início na data:
I -
do ato de promoção, para o Oficial;
II
- do ato da declaração, para o Aspirante-a-Oficial;
III
- do ato de promoção, para o Subtenente e demais praças,
IV
- do ato de classificação, para o Soldado-Bombeiro de 2º Classe;
V -
da incorporação no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, para os voluntários;
VI
- da apresentação no Corpo de Bombeiros, quando da nomeação inicial ou designação
para qualquer posto ou graduação no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal;
VII
- do ato da matrícula, para os alunos da Escola de Formação de Oficiais.
Parágrafo único. Nos casos com caráter retroativo, o soldo será devido a partir das
datas declaradas nos respectivos atos.
Art
6º Suspende-se, temporariamente, o direito do bombeiro-militar ao soldo, quando:
I -
em licença para tratar de interesse particular;
II
- agregado para exercer atividades estranhas à Corporação, estiver em exercício de
cargo público civil temporário e não eletivo ou em função de natureza civil,
inclusive de administração indireta, respeitado o direito de opção;
III
- na situação de desertor.
Art
7º O direito ao soldo cessa na data em que o bombeiro-militar for desligado da ativa do
Corpo de Bombeiros do Distrito Federal por:
I -
anulação de incorporação, desincorporação, licenciamento ou demissão;
II
- exclusão a bem da disciplina ou perda do posto e patente;
III
- transferência para a reserva ou reforma;
IV
- falecimento.
Art
8º O bombeiro-militar, considerado desaparecido ou extraviado em caso de calamidade
pública, em viagem, ou no desempenho de qualquer serviço, terá o soldo pago aos que
teriam direito à sua pensão militar.
§
1º No caso previsto neste artigo, decorridos 6 (seis) meses, far-se-á a habilitação
dos beneficiários, na forma da lei, cessando o pagamento do soldo.
§
2 Verificando-se o reaparecimento do bombeiro-militar, e apuradas as causas de seu
afastamento, caber-lhe-á, se for o caso, o pagamento da diferença entre o soldo a que
faria jus se tivesse permanecido em serviço e a pensão recebida pelos beneficiários.
Art
9º O bombeiro-militar no exercício de cargo ou comissão, cujo desempenho seja privativo
do posto ou graduação superior ao seu, percebe o soldo daquele posto ou graduação.
§
1º Quando, na substituição prevista neste artigo, o cargo ou comissão for atribuível
a mais de um posto ou graduação ao substituto cabe o soldo correspondente ao menor
deles.
§
2º Para os efeitos do disposto neste artigo, prevalecem os postos e graduações
correspondentes aos cargos ou comissões estabelecidos em Quadro de Efetivo, Quadro de
Organização ou dispositivo legal.
§
3º O disposto neste artigo não se aplica às substituições por motivo de férias,
núpcias, luto, dispensas do serviço ou licença para tratamento de saúde, até 30
(trinta) dias.
Art
10. O bombeiro-militar receberá o soldo de seu posto ou graduação, quando exercer cargo
ou comissão atribuídos, indistintamente, a 2 (dois) ou mais postos ou graduações e
possuir qualquer destes.
Art
11. O bombeiro-militar continuará com direito ao soldo do seu posto ou graduação em
todos os casos não previstos nos artigos 6º e 7º desta Lei.
CAPíTULO III
Das Gratificações
SEÇãO I
Disposições Preliminares
Art
12. Gratificações são as partes dos vencimentos atribuídas ao bombeiro-militar como
estímulo por atividades profissionais e condições de desempenho peculiares, bem como
pelo tempo de permanência em serviço.
Art
13. O bombeiro-militar, em efetivo serviço, fará jus às seguintes gratificações:'
I -
Gratificação de Tempo de Serviço;
II
- Gratificação de Habilitação de Bombeiro-Militar;
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Ill
- Gratificação de Serviço Ativo.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de
1985)
IV - Gratificação de Operações
Bombeiro-Militar.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 2001)
Art
14. Suspende-se o pagamento das gratificações ao bombeiro-militar:
I -
nos casos previstos no artigo 6º, desta Lei;
Il
- no cumprimento de pena decorrente de sentença passada em julgado;
III
- em licença, por período superior a 6 (seis) meses contínuos, para tratamento de
saúde de pessoa da família;
IV
- que tiver excedido os prazos legais ou regulamentares de afastamento do serviço;
V -
afastado do cargo ou comissão, por incapacidade profissional ou moral, nos termos das
leis e regulamentos vigentes;
VI
- no período de ausência não justificada.
Art
15. O direito às gratificações cessa nos casos do artigo 7º, desta Lei.
Art
16. O bombeiro-militar que, por sentença passada em julgado, for absolvido de crime que
lhe tenha sido imputado, terá direito às gratificações que deixou de receber no
período em que esteve afastado do serviço à disposição da Justiça.
Parágrafo único. Do indulto perdão, comutação ou livramento condicional, não decorre
direito do bombeiro-militar a qualquer remuneração a que tenha deixado de fazer jus por
força de dispositivo desta Lei ou legislação específica.
Art
17. Aplica-se ao bombeiro-militar desaparecido ou extraviado, quanto às gratificações,
o previsto no artigo 8º, e seus parágrafos, desta Lei.
Art
18. Para fins de concessão das gratificações, tomar-se-á por base o valor do soldo do
posto ou graduação que efetivamente possua o bombeiro-militar, ressalvado o previsto, no
artigo 9º e seus parágrafos, quando será considerado o valor do soldo do posto ou
graduação correspondente ao cargo ou comissão eventualmente desempenhados.
SEÇãO II
Da Gratificação de Tempo de Serviço
Art
19. A Gratificação de Tempo de Serviço é devida por qüinqüênio de tempo de efetivo
serviço prestado.
Art
20. Ao completar cada qüinqüênio de tempo de efetivo serviço, o bombeiro-militar
percebe a Gratificação de Tempo de Serviço, cujo valor é de tantas quotas de 5% (cinco
por cento) do soldo do seu posto ou graduação, quantos forem os qüinqüênios de tempo
de efetivo serviço.
Parágrafo único. O direito a gratificação começa no dia seguinte em que o
bombeiro-militar completar cada qüinqüênio, computado na forma da legislação vigente
e reconhecido mediante publicação em boletim da Corporação.
SEÇÃO III
(Vide Lei nº 7.435, de 1985)
Da Gratificação de Habilitação de
Bombeiro-Militar
Art
21. A Gratificação de Habilitação de Bombeiro-Militar é devida ao bombeiro-militar
pelos cursos realizados com aproveitamento em qualquer posto ou graduação, com os
percentuais a seguir fixados: (Vide
Decreto-Lei nº 1.716, de 1979)
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
I -
20% (vinte por cento):
Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais e Sargentos;
II
- 15% (quinze por cento):
Cursos de Especialização de Oficiais e Sargentos ou equivalentes;
III
- 10% (dez por cento):
Cursos de Formação de Oficiais e Sargentos ou de Especialização de Praças de
graduação inferior a Terceiro-Sargento.
§
1º A equivalência dos cursos referidos neste artigo será estabelecida pelas Normas de
EquivaIência de Cursos, baixadas às Polícias Militares e aos Corpos de Bombeiros
Militares pelo Estado-Maior do Exército através da Inspetoria-Geral das Polícias
Militares.
§
2º Somente os cursos de extensão, com duração igual ou superior a 6 (seis) meses,
realizados no País ou no Exterior, são computados para os efeitos deste artigo.
§
3º Ao bombeiro-militar que possuir mais de um curso, somente será atribuída a
gratificação de maior valor percentual.
§
4º A gratificação estabelecida neste artigo é devida a partir da data de conclusão do
respectivo curso.
Da Gratificação de Serviço Ativo
Art
22. A Gratificação de Serviço Ativo é devida ao bombeiro-militar pelo desempenho de
atividades específicas de seu Corpo ou Quadro em uma das situações definidas nos
artigos 24 e 25, desta Lei.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
23. A Gratificação de Serviço Ativo compreende 2 (dois) tipos: 1 e 2.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
24. A Gratificação de Serviço Ativo - Tipo 1 - é devida ao bombeiro-militar que serve
em unidade de tropa ou em função de ensino ou instrução em estabelecimento de ensino
ou instrução da Corporação.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
25. A Gratificação de Serviço Ativo - Tipo 2 - é devida ao bombeiro-militar pelo
efetivo desempenho de atividades não enquadradas no artigo 24, desta Lei.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
26. Ao bombeiro-militar que se enquadrar, simultaneamente, em mais de uma das situações
referidas nos artigos 24 e 25, desta Lei, somente é atribuído o tipo de gratificação
de maior valor percentual.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
27. Os valores percentuais das gratificações referidas nos artigos 24 e 25 serão
regulados pelo Governador do Distrito Federal.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Seção III
(Incluído
pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 2001)
Da Gratificação de Operações
Bombeiro-Militar
Art. 27-A. A Gratificação
de Operações Bombeiro-Militar é atribuída ao bombeiro-militar pelo efetivo desempenho
de operações de bombeiro-militar.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 2001)
Parágrafo único. A
Gratificação de que trata este artigo somente é devida ao bombeiro-militar em serviço
ativo e no efetivo desempenho da função bombeiro-militar.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 2001)
Art. 27-B. A Gratificação
de Operações Bombeiro-Militar, devida a partir de 1o de outubro de
2000, corresponde ao percentual de setenta e três por cento do soldo do posto de
Coronel.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.184-23, de 2001)
CAPíTULO IV
Das Indenizações
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art
28. Indenização é o quantitativo em dinheiro, devido ao bombeiro-militar para
ressarcimento de despesas impostas pelo exercício de sua atividade, bem como para
compensar os desgastes orgânicos de que trata o artigo 56, desta Lei.
Parágrafo único. As indenizações compreendem:
a)
Diárias;
b)
Ajuda de Custo;
c)
Transporte;
d)
Representação;
e)
Moradia;
f)
Compensação Orgânica.
Art
29. Aplica-se ao bombeiro-militar desaparecido ou extraviado, quanto às indenizações, o
previsto no artigo 8º, e seus parágrafos, desta Lei.
SEÇÃO II
Das Diárias
Art
30. Diárias são indenizações destinadas a atender às despesas extraordinárias de
alimentação e de pousada e são devidas ao bombeiro-militar durante seu afastamento, de
sua sede, por motivo de serviço.
Art
31. As diárias compreendem a Diária de Alimentação e a Diária de Pousada.
Parágrafo único. A Diária de Alimentação é devida, inclusive, nos dias de partida e
de chegada.
Art
32. O valor da Diária de Alimentação será regulado pelo Governador do Distrito
Federal.
Parágrafo único. O valor da Diária de Pousada é igual ao valor atribuído à Diária
de Alimentação.
Art
33. Compete ao Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal providenciar o
pagamento das diárias a que fizer jus o bombeiro-militar e, sempre que for julgado
necessário, deve efetuá-lo adiantadamente, para ajuste de contas quando do pagamento da
remuneração que se verificar após o regresso à Corporação, condicionando-se o
adiantamento à existência dos recursos orçamentários próprios.
Art
34. Não serão atribuídas diárias ao bombeiro-militar:
I -
quando as despesas com alimentação e pousada forem asseguradas;
Il
- nos dias de viagem, quando do custo da passagem estiverem compreendidas a alimentação
ou a pousada ou ambas;
III
- cumulativamente com a Ajuda de Custo, exceto nos dias de viagem em que a alimentação
ou a pousada ou ambas não estejam compreendidas no custo das passagens, devendo, neste
caso, ser computado somente o prazo estipulado para o meio de transporte efetivamente
requisitado;
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
IV
- durante o afastamento da sede por menos de 8 (oito) horas, consecutivas.
Art
35. No caso de falecimento do bombeiro-militar, seus herdeiros não restituirão as
diárias que ele haja recebido, adiantadamente, segundo o artigo 33, desta Lei.
Art
36. O bombeiro-militar, quando receber diárias, indenizará a organização militar,
policial-militar ou de bombeiros-militares em que se alojar ou se alimentar, de acordo com
as normas em vigor nessas Organizações.
Art
37. Quando as despesas de alimentação ou de pousada ou ambas, a que se refere o item I,
do artigo 34 desta Lei, forem realizadas pelas organizações
militares, policiais-militares ou de bombeiros-militares, a indenização respectiva será
feita pela Corporação.
SEÇãO III
Da Ajuda de Custo
Art
38. Ajuda de Custo é a indenização para custeio de despesas de viagem, mudança e
instalação, exceto as de transporte, paga adiantadamente ao bombeiro-militar, salvo
quando houver interesse do mesmo em recebê-la no destino.
Art
39. O bombeiro-militar terá direito a Ajuda de Custo:
I -
quando designado para curso ou estágio, de duração superior a 6 (seis) meses, cujo
desempenho importe em mudança de sede, obedecido o disposto no artigo 40, desta Lei, na
ida e na volta;
II
- quando designado para curso ou estágio superior a 3 (três) meses e inferior a 6 (seis)
meses, cujo desempenho importe em mudança de sede, obedecido o disposto no artigo 40,
desta Lei, na ida, e na metade dos valores dispostos no mesmo artigo, na volta;
III
- quando designado para curso ou estágio inferior ou igual a 3 (três) meses, cujo
desempenho importe em mudança de sede, na metade dos valores dispostos no artigo 40,
desta Lei, na ida e na volta.
Art
40. A Ajuda de Custo devida ao bombeiro-militar será igual:
I -
ao valor correspondente ao soldo do posto ou graduação, quando não possuir dependente;
II
- a 2 (duas) vezes o valor do soldo do posto ou graduação, quando possuir dependente
expressamente declarado.
Art
41. Não terá direito à Ajuda de Custo o bombeiro-militar:
I -
designado para participar de operações de manutenção da ordem pública ou para prestar
serviço de bombeiro-militar fora da sede da Corporação;
II
- desligado de curso ou escola por falta de aproveitamento ou trancamento voluntário de
matrícula, ainda que preencha os requisitos do artigo 39, desta Lei.
Art
42. Restituirá a Ajuda de Custo o bombeiro-militar que a houver recebido, nas formas e
circunstâncias abaixo:
I -
integralmente e de uma só vez, quando deixar de seguir destino a seu pedido;
II
- pela metade do valor recebido e de uma só vez, quando, até 6 (seis) meses após ter
seguido para curso ou estágio, deste for, a pedido, desligado, licenciado, transferido
para a inatividade ou entrar em licença;
III
- pela metade do valor, mediante desconto pela décima parte do soldo, quando não seguir
destino por motivo independente de sua vontade.
§
1º Não se enquadra nas disposições do item II, deste artigo, a licença para
tratamento de saúde própria.
§
2º O bombeiro-militar que estiver sujeito a desconto para restituição de Ajuda de
Custo, ao adquirir o direito a nova Ajuda de Custo liquidará integralmente, no ato de
recebimento desta, o débito anterior.
Art
43. Na concessão da Ajuda de Custo, para efeito de cálculo de seu valor, determinação
do exercício financeiro, constatação de dependentes e Tabela em vigor, tomar-se-á como
base a data do ajuste de contas.
Parágrafo único. Se o bombeiro-militar for promovido, contando antigüidade de data
anterior a do Pagamento da Ajuda de Custo, fará jus à diferença entre o valor deste e
daquele a que teria direito no posto ou graduação atingido pela promoção.
Art
44. A Ajuda de Custo não será restituída pelo bombeiro-militar ou seus beneficiários,
quando:
I -
após ter seguido destino for mandado regressar;
II
- ocorrer o falecimento do bombeiro-militar, mesmo antes de seguir destino.
SEÇãO IV
Do Transporte
Art
45. O bombeiro-militar, nos deslocamentos por interesse do serviço, tem direito a
transporte, por conta do Distrito Federal, nele compreendidas a passagem e a translação
da respectiva bagagem, de residência a residência, se mudar em observância a
prescrições legais ou regulamentares.
§
1º Se os deslocamentos importarem na mudança de sede com dependente, a este se estende o
mesmo direito deste artigo.
§
2º O bombeiro-militar com dependente, amparado por este artigo, terá ainda direito ao
transporte de um empregado doméstico.
§
3º O bombeiro-militar da ativa terá direito ainda a transporte por conta do Distrito
Federal, quando tiver de efetuar deslocamentos fora da sede da Corporação, nos seguintes
casos:
a)
interesse da Justiça;
b)
concurso para ingresso em Escolas, Cursos ou Centros de Formação, Especialização,
Aperfeiçoamento ou Atualização, de interesse da Corporação;
c)
por motivo de serviço, decorrente do desempenho de sua atividade;
d)
baixa a organização hospitalar ou alta desta, em virtude de prescrição médica
competente.
§
4º Quando o transporte não for realizado sob a responsabilidade do Distrito Federal, o
bombeiro-miIitar será indenizado da quantia correspondente às despesas decorrentes dos
direitos a que se refere este artigo e seus parágrafos.
§
5º O disposto neste artigo aplica-se ao inativo, quando designado para exercer função
na atividade.
Art
46. Para efeito de concessão de transporte, consideram-se dependentes do bombeiro-militar
os dispostos nos artigos 128 e 129, desta Lei.
Parágrafo único. Os dependentes do bombeiro-militar, com direito ao transporte por conta
do Distrito Federal, que não puderem acompanhá-lo na mesma viagem, por qualquer motivo,
poderão fazê-lo a contar de 30 (trinta) dias antes e até 3 (três) meses após o
deslocamento do bombeiro-militar.
Art
47 O Governador do Distrito Federal regulamentará o transporte dos bombeiros-militares e
seus dependentes.
SEÇãO V
Da Representação
Art
48. A Indenização de Representação destina-se a atender às despesas extraordinárias,
decorrentes de compromissos de ordem social ou profissional, inerentes à apresentação e
ao bom desempenho de atividades em determinadas condições.
Art
49. As condições que dão direito à Indenização de Representação, bem como os seus
valores, serão regulados pelo Governador do Distrito Federal.
Art
50. O direito à Indenização de Representação é devido ao bombeiro-militar desde o
dia em que seja considerado em uma das condições a serem estabelecidas na
regulamentação de que trata o artigo anterior.
§
1º No caso de cargo ou comissão, o direito à Indenização de Representação é devido
ao bombeiro-militar desde o dia em que o assume e cessa quando dele se afastar em caráter
definitivo ou por prazo superior a 30 (trinta) dias, excetuadas as férias.
§
2º No caso de afastamento do ocupante efetivo do cargo ou comissão, por prazo superior a
30 (trinta) dias o direito à indenização de Representação é devido a partir desse
limite apenas ao bombeiro-militar substituto.
Art
51. Nos casos de representação especial e temporária, de caráter individual ou
coletivo, as despesas correrão por conta de quantitativos postos à disposição da
Corporação pelo Governador do Distrito Federal.
SEÇãO VI
Da Moradia
Art
52. O bombeiro-militar em atividade faz jus a:
I -
alojamento, em sua organização, quando aquartelado;
Il
- moradia, para si e seus dependentes, em imóvel sob a responsabilidade da Corporação,
de acordo com a disponibilidade existente;
III
- indenização mensal para moradia, quando não se encontrar na situação prevista no
item II, acima.
§
1º O pagamento da indenização referida no item III, deste artigo, será regulado pelo
Governador do Distrito Federal.
§
2º Suspende-se, temporariamente, o direito do bombeiro-militar à indenização para
moradia, enquanto se encontrar em uma das situações previstas no artigo 6º, desta Lei.
Art
53. O valor da indenização para moradia será regulado pelo Governador do Distrito
Federal.
Art
54. Quando o bombeiro-militar ocupar imóvel sob a responsabilidade da Corporação, o
quantitativo correspondente à indenização para moradia será sacado e recolhido pela
Corporação, para atender à conservação, despesas de condomínio e a construção de
novas residências para o pessoal.
Art
55. Quando o bombeiro-militar ocupar imóvel sob a responsabilidade de outro órgão o
quantitativo sacado na forma do artigo anterior terá o seguinte destino:
I -
O correspondente ao aluguel e ao condomínio, será recolhido ao órgão responsável pelo
imóvel;
II
- O saldo, se houver, será empregado na forma estabelecida no artigo anterior.
SEÇãO VII
Da Compensação Orgânica
Art
56. A Indenização de Compensação Orgânica, cujo valor corresponde a 20% (vinte por
cento) do soldo do posto ou graduação, e destinada a compensar os desgastes orgânicos
conseqüentes dos danos psicossomáticos resultantes do desempenho continuado da atividade
especial de mergulho com escafandro ou com aparelho.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
(Vide Lei nº 6.270, de 1975)
Art
57. A atividade especial referida no artigo anterior deverá ser exercida em cumprimento
de missão, planos de provas ou de exercícios determinados pelo Comandante-Geral da
Corporação e devidamente homologados.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
58. O Comandante-Geral da Corporação estabelecerá as missões, os planos de provas ou
de exercícios, que definirão os requisitos que o bombeiro-militar deve satisfazer para
que lhe seja assegurado o direito à percepção da Indenização de Compensação
Orgânica.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
59. A Indenização de Compensação Orgânica é devida:
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
I -
Durante a aprendizagem da atividade especial, a partir da data do primeiro mergulho em
escafandro ou com aparelho;
Il
- Durante o período em que estiver servindo na organização de bombeiros-militares
responsável pelo cumprimento de missões de mergulho com escafandro ou com aparelho ao
bombeiro-militar qualificado para a atividade, desde que cumpra as missões, planos de
provas ou de exercícios estabelecidos para tal atividade.
§
1º Não perderá o direito à percepção dessa indenização o bombeiro-militar:
a)
hospitalizado ou em licença para tratamento de saúde própria:
b)
afastado da sua organização para participar de curso ou estágio de especialização ou
de aperfeiçoamento relacionado com a atividade, como instrutor, monitor ou aluno.
§
2º O aluno da Escola de Formação de Oficiais da Corporação, recrutado entre praças e
que já tenha assegurado o direito à percepção da Indenização de Compensação
Orgânica, continuará a recebê-la, até o desligamento da Escola, na mesma importância
que recebia por ocasião da matrícula.
Art
60. O plano de provas ou de exercícios da atividade especial regulará:
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
I -
Duração do período de provas;
Il
- O número mínimo de mergulhos a ser cumprido em cada período;
III
- A forma, as condições e a maneira de calcular e homologar os exercícios realizados;
IV
- O processo de reconhecimento do direito à percepção da Indenização de Compensação
Orgânica.
Art
61. É assegurado ao bombeiro-militar que tenha feito jus à Indenização de
Compensação Orgânica, em decorrência de mergulho com escafandro ou com aparelho, o
pagamento definitivo dessa indenização, por quotas correspondentes aos anos de
efetivo desempenho da atividade, observadas as regras seguintes:
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
I -
O direito à percepção de cada quota é adquirido ao fim de 1 (um) ano de desempenho da
atividade desde que o bombeiro-militar cumpra os requisitos fixados no plano de provas;
II
- O valor de cada quota é igual a 1/10 (um décimo) da indenização integral
correspondente ao posto, ou graduação do bombeiro-militar ao concluir o último período
de execução do plano de provas;
III
- O número de quotas abonadas ao bombeiro-militar não pode exceder de 10 (dez).
Parágrafo único. Em função de futuras promoções, o bombeiro-militar terá assegurada
a evolução dos cálculos para o pagamento definitivo da Indenização de Compensação
Orgânica, desde que, após cada promoção, execute, pelo menos um novo plano de provas
ou de exercícios.
Art
62. O valor das quotas, que, nos termos do artigo 61, desta Lei, asseguram o pagamento
definitivo da Indenização de Compensação Orgânica acompanha as variações da Tabela
de Soldo.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
63. O bombeiro-militar que ainda não tenha assegurado o pagamento definitivo da
indenização integral de que trata o artigo 61, poderá ser beneficiado pelos artigos 56
e 59, desta Lei, até que complete o número mínimo de quotas previsto.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
64. Poderá ser suspenso até 90 (noventa) dias, o pagamento da Indenização de
Compensação Orgânica, quando o bombeiro-militar incorrer em infração da disciplina
exigida para o exercício da atividade de mergulho com escafandro ou com aparelho.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
65. Aplica-se ao bombeiro-militar, quanto à Indenização de Compensação Orgânica, o
disposto no artigo 7º, desta Lei, exceto quanto ao seu item III.
(Revogado pela Lei nº 7.435, de 1985)
CAPÍTULO V
Dos outros Direitos
SEçãO I
Salário-Família
Art
66. Salário-Família é o auxílio em dinheiro pago ao bombeiro-militar para custear em
parte, a educação e assistência a seus filhos e outros dependentes.
Parágrafo único. O Salário-Família é devido ao bombeiro-militar no valor e nas
condições previstas na legislação peculiar.
Art
67. O Salário-Família é isento de tributação e não sofre desconto de qualquer
natureza.
SEÇÃO II
Da Assistência Médico-Hospitalar
Art
68. O Distrito Federal proporcionará ao bombeiro-militar e aos seus dependentes
assistência médico-hospitalar através dos Serviços de Saúde e de Assistência Social
da Corporação.
(Vide
Lei nº 6.270, de 1975)
Art
69. Em princípio, a organização de saúde da Corporação destina-se a atender o
pessoal dela dependente.
(Vide
Lei nº 6.270, de 1975)
Parágrafo único. Em casos especiais, o bombeiro-militar poderá baixar à organização
hospitalar de outro órgão, desde que seja por este facultada a internação.
Art
70. O bombeiro-militar da ativa terá hospitalização e tratamento custeados pelo
Distrito Federal em virtude dos motivos dispostos nos itens I, II e III, do artigo 104,
desta Lei.
§
1º A hospitalização para o bombeiro-militar da ativa, não enquadrado neste artigo,
será gratuita até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, em cada ano civil.
§
2º Todo bombeiro-militar terá tratamento por conta do Distrito Federal, ressalvadas as
indenizações mencionadas em regulamento.
Art
71. Para os efeitos do disposto no artigo anterior, a internação de bombeiro-militar em
clínicas ou hospitais especializados, nacionais ou estrangeiros, estranhos aos serviços
hospitalares da Corporação, será autorizada nos seguintes casos:
I -
Em casos de urgência, quando a organização hospitalar da Corporação não possa
atender;
II
- Quando a organização hospitalar da Corporação não dispuser de clínica
especializada necessária.
Art
72. A assistência médico-hospitalar do bombeiro-militar será prestada nas condições
da presente seção, com os recursos próprios da Corporação.
Art
73. Os recursos para a assistência médico-hospitalar aos dependentes dos
bombeiros-militares provirão de verbas consignadas para a Corporação no Orçamento do
Distrito Federal e de contribuições estabelecidas na forma do disposto no § 1º, deste
artigo.
§
1º Poderá ser estabelecida a contribuição de até 3% (três por cento) do soldo do
bombeiro-militar, para a constituição de um Fundo de Saúde, regulamentado pelo
Governador do Distrito Federal.
§
2º Para efeito de aplicação deste artigo, são considerados dependentes do
bombeiro-militar os definidos nos artigos 128 e 129, desta Lei.
Art
74. As normas, condições de atendimento e indenizações referentes à presente Seção
serão reguladas por ato do Governo do Distrito Federal.
Parágrafo único. As praças especiais e as demais praças, da ativa, ficam isentas do
pagamento de diárias de hospitalização.
SEçÃO III
Do Funeral
Art
75. O Distrito Federal assegurará sepultamento condigno ao bombeiro-militar.
Art
76. Auxílio-Funeral é o quantitativo concedido para custear as despesas com o
sepultamento do bombeiro-militar.
Art
77. O Auxílio-Funeral equivale a duas vezes o valor do soldo do posto ou graduação do
bombeiro-militar falecido, não podendo ser inferior a duas vezes o valor do soldo de Cabo
BM.
Art
78. Ocorrendo o falecimento do bombeiro-militar, as seguintes providências devem ser
observadas para a concessão do Auxílio-Funeral:
I -
Antes de realizado o enterro, o pagamento do Auxílio Funeral será feito a quem de
direito pela Corporação, independentemente de qualquer formalidade, exceto a da
apresentação do atestado de óbito;
Il
- Após o sepultamento do bombeiro-militar, não se tendo verificado o caso do item
anterior, deverá a pessoa que o custeou, mediante apresentação do atestado de óbito,
solicitar o reembolso da despesa, comprovando-a com os recibos em seu nome dentro do prazo
de 30 (trinta) dias, sendo-lhe, em seguida, reconhecido o crédito e paga a importância
correspondente aos recibos, até o valor-limite estabelecido no artigo anterior;
III
- Caso a despesa com o sepultamento, paga de acordo com item anterior, seja inferior ao
valor do Auxílio-Funeral estabelecido, a diferença será paga aos beneficiários
habilitados à pensão de bombeiro-militar mediante petição ao Comandante-Geral da
Corporação;
IV
- Decorrido o prazo de 30 (trinta) dias, sem reclamação do Auxilio-Funeral por quem haja
custeado o sepultamento do bombeiro-militar, será o mesmo pago aos beneficiários
habilitados à pensão de bombeiro-militar mediante petição ao Comandante-Geral da
Corporação.
Art
79. Em casos especiais, e a critério do Comandante-Geral poderá a Corporação custear
diretamente o sepultamento do bombeiro-militar.
Parágrafo único. Verificando-se a hipótese de que trata este artigo, não será pago
aos beneficiários, o Auxílio-Funeral.
SEçÃO IV
Da Alimentação
Art
80. Tem direito à alimentação por conta do Distrito Federal:
I -
O bombeiro-militar servindo, a serviço, ou vinculado à organização de
bombeiros-militares com rancho próprio ou ainda, em missão de socorro ou em exercício;
II
- O aluno da Escola de Formação de Oficiais BM;
III
- O preso civil, quando recolhido à organização de bombeiros-militares.
Parágrafo único. O direito de que trata o presente artigo, observadas as prescrições
do Distrito Federal, poderá ser estendido aos civis que prestem serviço na Corporação.
Art
81. A etapa é a importância em dinheiro correspondente ao custeio da ração, sendo o
seu valor fixado, semestralmente, pelo Governo do Distrito Federal.
Art
82. Os gêneros de subsistência serão, em princípio, fornecidos em espécie à
organização de bombeiros-militares pelo Serviço de Aprovisionamento da Corporação.
Art
83. Em princípio, toda organização de bombeiros-militares deverá ter Rancho próprio
organizado, em condições de proporcionar rações preparadas aos seus integrantes.
Parágrafo único. O bombeiro-militar, quando sua organização ou outra nas proximidades
do local de serviço ou expediente não lhe possa fornecer alimentação por conta do
Distrito Federal e por imposição do horário de trabalho e distância de sua
residência, seja obrigada a fazer refeições fora da mesma, tendo despesas
extraordinárias de alimentação, fará jus:
a)
A 10 (dez) vezes o valor da etapa fixada, quando em serviço de duração de 24 (vinte e
quatro) horas;
b)
A metade do previsto na letra a, anterior, quando em serviço ou expediente de
duração igual ou superior a 8 (oito) horas de efetivo trabalho, mas inferior a 24 (vinte
e quatro) horas.
Art
84. A praça de graduação inferior a Terceiro-Sargento, quando servir em organização
de bombeiros-militares que não tenha rancho organizado e não possa ser arranchada por
outra organização nas proximidades terá direito à indenização do valor igual à
etapa fixada.
§
1º A praça da organização referida neste artigo que é alojada e arranchada em
organização de bombeiros-militares, quando em férias regulamentares e não for
alimentada por conta do Distrito Federal, receberá a indenização estipulada neste
artigo.
§
2º É vedada a acumulação do direito previsto neste artigo com o disposto no parágrafo
único do artigo 83, desta Lei.
Art
85. É vedado o desarranchamento para o pagamento de etapa em dinheiro.
Art
86. O Governador do Distrito Federal regulamentará a aplicação desta Seção.
SEÇÃO V
Do Fardamento
Art
87. O aluno da Escola de Formação de Oficiais BM e as praças de graduação inferior a
Terceiro-Sargento têm direito, por conta do Distrito Federal, a uniformes e roupa de
cama, de acordo com as tabelas de distribuição estabelecidas pela Corporação.
Art
88. O bombeiro-militar ao ser declarado Aspirante-a-Oficial BM ou promovido a
Terceiro-Sargento BM, faz jus a um auxílio para aquisição de uniformes no valor de 3
(três) vezes o soldo de sua graduação.
Parágrafo único. Idêntico direito assiste aos nomeados oficiais BM ou sargentos BM
mediante habilitação em concurso.
Art
89. Ao Oficial BM, Subtenente ou Sargento BM que o requerer, quando promovido, será
concedido um adiantamento correspondente ao valor de 1 (um) soldo do novo posto ou
graduação, para aquisição de uniforme, desde que possua as condições de prazo para a
reposição.
§
1º A concessão prevista neste artigo far-se-á mediante despacho em requerimento do
bombeiro-militar ao Comandante-Geral.
§
2º A reposição do adiantamento será feita mediante desconto mensal no prazo de 24
(vinte e quatro) meses.
§
3º O adiantamento referido, neste artigo poderá ser requerido a cada 4 (quatro) anos, se
o bombeiro-militar permanecer no mesmo posto ou graduação podendo ser renovado em caso
de promoção, desde que liquide o saldo devedor do adiantamento anteriormente recebido.
Art
90. O bombeiro-militar que perder seus uniformes em qualquer sinistro havido em
organização de bombeiros-militares, ou em deslocamento a serviço, receberá um auxílio
correspondente ao valor de até 3 (três) vezes o soldo de seu posto ou graduação.
Parágrafo único. Ao Comandante-Geral da Corporação por participação do
bombeiro-militar prejudicado, cabe providenciar sindicância e em solução, determinar,
se for o caso o valor desse auxílio em função do prejuízo sofrido.
SEÇÃO VI
Dos Serviços Reembolsáveis
Art
91. A Corporação poderá assegurar serviços reembolsáveis sem prejuízo de sua
atividade-fim, para o atendimento das necessidades em gêneros de alimentação,
vestuário, utensílios, serviços de lavanderia, confecção e outros que se relacionem
com as necessidades do bombeiro-militar, quando for julgado de conveniência para seus
integrantes.
TíTULO III
Da Remuneração do Bombeiro-Militar na
Inatividade
CAPíTULO I
Da Remuneração e outros Direitos
Art
92. A remuneração do bombeiro-militar na inatividade compreende:
I -
Proventos:
II
- Auxílio-Invalidez;
III
- Adicional de Inatividade.
Parágrafo único. A remuneração dos bombeiros-militares na inatividade será revista
sempre que, por motivo de alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificar a
remuneração dos bombeiros-militares da ativa.
Art.
92 - A remuneração do Bombeiro-Militar da Inatividade compreende:
(Redação dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
I - Proventos;
(Redação dada
pela Lei nº 7.435, de 1985)
II - Auxílio-Invalidez;
(Redação
dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
III - Indenização de
Habilitação Bombeiro-Militar;
(Redação dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
IV - Indenização Adicional
de Inatividade;
(Incluído pela Lei nº 7.435, de 1985)
V - Indenização de
Compensação Orgânica.
(Incluído pela Lei nº 7.435, de 1985)
§ 1º - A remuneração do
Bombeiro-Militar na inatividade será revista sempre que, por motivo de alteração
do poder aquisitivo da moeda, se modificar a remuneração do Bombeiro-Militar da
ativa.
(Incluído pela Lei nº 7.435, de 1985)
§ 2º - O Bombeiro-Militar
ao ser transferido para a inatividade faz jus a uma ajuda de custo
correspondente ao valor de 1 (um) soldo do último posto ou graduação que possuía
na ativa.
(Incluído pela Lei nº 7.435, de 1985)
§ 3º - O Bombeiro-Militar
ao ser transferido para a inatividade faz jus ao transporte para a localidade
fixar residência no Território Nacional, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias,
a partir da data do ato do seu desligamento do serviço ativo.
(Incluído pela
Lei nº 7.435, de 1985)
Art
93. O bombeiro-militar na inatividade faz jus, ainda, no que lhe for aplicável, aos
direitos constantes das Seções I, II, III e VI, do Capítulo V, do Titulo II, desta Lei.
Parágrafo único. Para fins de cálculo do valor do auxílio-funeral será considerado
como posto ou graduação do bombeiro-militar na inatividade, o correspondente ao soldo
que serviu de base para o cálculo de seus proventos.
CAPíTULO II
Dos Proventos
SEÇÃO I
Disposições Preliminares
Art
94. Proventos são o quantitativo em dinheiro que o bombeiro-militar percebe na
inatividade, constituídos pelas seguintes parcelas:
I -
Soldo ou Quotas do Soldo;
II
- Gratificações e Indenização incorporáveis.
Art. 94 - Proventos são o
quantitativo em dinheiro que o Bombeiro-Militar percebe na inatividade
remunerada, constituído pelas seguintes parcelas:
(Redação dada
pela Lei nº 7.435, de 1985)
I - Soldo ou Quotas de
Soldo;
(Redação dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
II - Gratificação
Incorporável.
(Redação dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
95. Os proventos são devidos ao bombeiro-militar, quando for desligado da ativa em
virtude de:
I -
Transferência para a reserva remunerada;
II
- Reforma;
III
- Retorno à inatividade após designação para o serviço ativo, quando já se
encontrava na reserva remunerada.
§
1º O bombeiro-militar de que trata este artigo continuará a perceber sua remuneração,
até a publicação de seu desligamento no boletim da Corporação, o que não poderá
exceder de 45 (quarenta e cinco) dias à data da primeira publicação oficial do
respectivo ato.
§
2º Suspende-se, temporariamente, o direito do bombeiro-militar à percepção dos
proventos na data da sua apresentação na Corporação, quando, na forma da legislação
em vigor, for designado para o serviço ativo.
Art
96. Cessa o direito à percepção dos proventos, na data:
I -
Do falecimento;
Il
- Para o oficial, do ato que o prive do posto e da patente; e, para a praça, do ato de
sua exclusão a bem da disciplina do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
Art
97. Na apostila de proventos será observado o disposto nos artigos 98 a 103, e 2º, do
artigo 108, desta Lei.
SEÇãO II
Do Soldo e das Quotas de Soldo
Art
98. O soldo constitui a parcela básica dos proventos a que faz jus o bombeiro-militar na
inatividade, sendo o seu valor igual ao estabelecido para o soldo do bombeiro-militar da
ativa do mesmo posto ou graduação.
Parágrafo único. Para efeito de cálculos, o soldo dividir-se-á em quotas de soldo,
correspondente cada uma a 1/30 (um trigésimo) do seu valor.
Art
99. Por ocasião de sua passagem para a inatividade, o bombeiro-militar tem direito a
tantas quotas de soldo quantos forem os anos de serviço, computáveis para a inatividade,
até o máximo de 30 (trinta) anos.
Parágrafo único. Para efeito de contagem destas quotas, a fração do tempo igual ou
superior a 180 (cento e oitenta) dias será considerada como 1 (um) ano.
Art
100. O oficial que contar mais de 35 (trinta e cinco) anos de serviço, quando transferido
para a inatividade, terá o cálculo de seus proventos referidos ao soldo do posto
imediatamente superior, de acordo com os artigos 99 e 103, desta Lei, se em seu Quadro
existir posto superior ao seu.
Parágrafo único. O oficial nas condições deste artigo, se ocupante do último posto da
hierarquia militar de seu Quadro, terá o cálculo dos proventos tomando-se por base o
soldo do seu próprio posto acrescido de 20% (vinte por cento).
Art.
100 - O Oficial BM que contar no mínimo 30 (trinta) anos de serviço, quando
transferido para a inatividade, terá o cálculo de seus Proventos referido ao
soldo do posto imediatamente superior, de acordo com os artigos 99 e 103 desta
Lei. (Redação
dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
§ 1º - O Oficial BM nas
condições deste artigo, se ocupante do último Posto da hierarquia militar do seu
Quadro, terá o cálculo dos Proventos tomando-se por base o soldo do seu próprio
posto, acrescido de 10 (dez por cento).
(Incluído pela Lei nº 7.435, de 1985)
§ 2º O disposto neste
artigo não se aplica aos Bombeiros-Militares que já se encontre na inatividade
os quais terão seus proventos mantidos de acordo com os direitos que já lhes
foram atribuídos.
(Incluído pela Lei nº 7.435, de 1985)
Art
101. O Subtenente, quando transferido para a inatividade, terá o cálculo de seus
proventos referido ao soldo de Segundo-Tenente, desde que conte mais de 30 (trinta) anos
de serviço.
Art
102. As demais praças que contem mais de 30 (trinta) anos de serviço, ao serem
transferidos para a inatividade, terão o cálculo de seus proventos referido ao soldo da
graduação imediatamente superior à que possuíam no serviço ativo.
SEÇÃO III
Das Gratificações e Indenizações
Incorporáveis
Art
103. São consideradas Gratificações e Indenizações lncorporáveis:
I -
Gratificação de Tempo de Serviço;
II
- Gratificação de Habilitação de Bombeiro-Militar;
III
- Indenização de Compensação Orgânica, na forma estabelecida nos artigos 61 e 104, §
1º, desta Lei.
Parágrafo único. A "base de cálculo" para o pagamento das gratificações
previstas neste artigo, dos auxílios e de outros direitos dos bombeiros-militares na
inatividade será o valor do soldo ou quotas de soldo a que o bombeiro-militar fizer jus
na inatividade.
Art. 103 - A Gratificação de Tempo de Serviço considerada
gratificação incorporável.
(Redação dada pela Lei nº 7.435, de 1985)
Parágrafo único - A base
de cálculo para o pagamento da gratificação prevista neste artigo, dos auxílios
e de outros direitos do Bombeiro-Militar na inatividade será valor do soldo a
que o Bombeiro-Militar fizer jus na inatividade.
(Redação dada
pela Lei nº 7.435, de 1985)
SEÇÃO IV
Dos Incapacitados
Art
104. O bombeiro-militar incapacitado terá seus proventos referidos ao soldo integral do
posto ou graduação em que foi reformado, de acordo com a legislação em vigor, e as
gratificações e indenização incorporáveis a que fizer jus, quando reformado pelos
seguintes motivos:
I -
Ferimento recebido no exercício de missão profissional de bombeiro ou na manutenção da
ordem pública ou por enfermidade contraída nessas situações ou que nelas tenham sua
causa eficiente;
II
- Acidente em serviço;
III
- Doença, moléstia ou enfermidade adquirida em tempo de paz tendo relação de causa e
efeito com o serviço;
IV
- Acidente, doença, moléstia ou enfermidade, embora sem relação de causa e efeito com
o serviço, deste que seja considerado inválido, imposibilitado total e permanentemente
para qualquer trabalho.
§
1º A Indenização de Compensação Orgânica de que trata o artigo 103 é calculada em
seu valor máximo para os fins deste artigo.
§
2º Não se aplicam as disposições do presente artigo ao bombeiro-militar que, já na
situação de inatividade, passe a se encontrar na situação referida no item IV, a não
ser que fique comprovada, por junta de Saúde, relação de causa e efeito com o
exercício de suas funções enquanto esteve na ativa.
Art
105. O oficial ou a praça com estabilidade assegurada reformado por incapacidade
definitiva, decorrente de acidente, doença, moléstia ou enfermidade sem relação de
causa e efeito com o serviço, ressalvados os casos do item IV, do artigo anterior,
perceberá os proventos nos limites impostos pelo tempo de serviço computável para a
inatividade, observadas as condições estabelecidas nos artigos 99 e 103, desta Lei.
Parágrafo único. O oficial com mais de 5 (cinco) anos de serviço ou a praça com
estabilidade assegurada, que se encontrar nas condições deste artigo, não pode receber,
como proventos, quantia inferior ao soldo do posto ou graduação atingido na inatividade
para fins de remuneração.
CAPíTULO III
Do Auxílio-Invalidez
Art
106. O bombeiro-militar, da ativa que foi ou venha a ser reformado por incapacidade
definitiva e considerado inválido, impossibilitado total e permanentemente para qualquer
trabalho, não podendo prover os meios de sua subsistência, fará jus a um
Auxílio-Invalidez no valor de 25% (vinte e cinco por cento) da soma da "base de
cálculo" com a Gratificação de Tempo de Serviço, ambas previstas no artigo 103,
desde que satisfaça a uma das condições abaixo especificadas, devidamente declaradas
por Junta de Saúde:
I -
Necessitar internação em instituição apropriada do Corpo de Bombeiros do Distrito
Federal, ou não;
II
- Necessitar de assistência ou de cuidado permanente de enfermagem.
§
1º Quando, por deficiência hospitalar ou prescrição médica comprovada por Junta de
Saúde da Corporação, o bombeiro-militar nas condições acima receber tratamento na
própria residência, também fará jus ao Auxílio-Invalidez.
§
2º Para continuidade do direito ao recebimento do Auxílio-Invalidez, o bombeiro-militar
ficará sujeito a apresentar, anualmente, declaração de que não exerce nenhuma
atividade remunerada, pública ou privada, e, a critério da administração a
submeter-se, periodicamente, à inspeção de saúde de controle, sendo que no caso de
oficial mentalmente enfermo ou de praça, aquela declaração
deverá ser firmada por dois oficiais da ativa do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
§
3º O auxílio-Invalidez será suspenso, automaticamente, pelo Comandante-Geral da
Corporação, se for verificado que o bombeiro-militar beneficiado exerce ou tenha
exercido, após o recebimento do auxílio, qualquer atividade remunerada, sem prejuízo de
outras sanções cabíveis, bem como se em inspeção de saúde, for constatado não se
encontrar nas condições previstas neste artigo.
§
4º O Auxílio-Invalidez não poderá ser inferior ao valor do soldo de Cabo BM.
CAPíTULO IV
Do Adicional de Inatividade
Art
107. O Adicional de Inatividade mencionado no artigo 92 e calculado, mensalmente, sobre os
respectivos proventos e em função da soma do tempo de efetivo serviço com os
acréscimos assegurados, na legislação em vigor, para esse fim, nas seguintes
condições:
I -
20% (vinte por cento), quando o tempo computado for de 40 (quarenta) anos;
Il
- 15% (quinze por cento), quando o tempo computado for de 35 (trinta e cinco) anos;
III
- 10% (dez por cento), quando o tempo computado for de 30 (trinta) anos.
Art. 107 - O
adicional de inatividade mencionado no artigo 92 é calculado mensalmente, sobre os
proventos e em função da soma do tempo de efetivo serviço com os acréscimos
assegurados na legislação em vigor, para esse fim, nas seguintes condições:
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº
1.618, de 1979)
'
I - 20% (vinte por cento)
quando o tempo computado for de 35 (trinta e cinco) anos;
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº
1.618, de 1979)
II - 15% (quinze por cento),
quando o tempo computado for de 30 (trinta) anos.
(Redação dada pelo Decreto-Lei nº
1.618, de 1979)
Art. 107 - O adicional de inatividade mencionado no artigo 92, é calculado mensalmente sobre os respectivos proventos e em função do tempo de serviço efetivamente prestado, com os acréscimos assegurados na legislação em vigor, para esse fim, nas seguintes condições: (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.716, de 1979)
I - 30% (trinta por cento) quando o tempo computado for de 35 (trinta e cinco) anos; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.716, de 1979)
II - 25% (vinte e cinco por cento) quando o tempo computado for de 30 (trinta) anos; (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 1.716, de 1979)
III - 05% (cinco por cento) quando o tempo computado for inferior a 30 (trinta) anos. (Incluído pelo Decreto-Lei nº 1.716, de 1979)
CAPÍTULO V
Das Situações Especiais
Art
108. O bombeiro-militar, na inatividade que, na forma da legislação em vigor, for
designado para o serviço ativo, perceberá a remuneração da ativa do seu posto ou
graduação a contar da data da apresentação na Corporação, podendo, a partir dessa
data, o direito à remuneração da inatividade.
§
1º Por ocasião de sua apresentação, o bombeiro-militar de que trata este artigo terá
direito a um auxílio para a aquisição de uniformes, correspondente ao valor do soldo de
seu posto ou graduação.
§
2º O bombeiro-militar de que trata este artigo, ao retornar à inatividade, terá sua
remuneração recalculada em função do novo cômputo de tempo de serviço e das novas
situações alcançadas pelas atividades que exerceu, de acordo com a legislação em
vigor.
Art
109. Não estão compreendidas nas disposições do artigo 100 os bombeiros-militares
amparados por legislação especial que lhes assegura, por ocasião da passagem para a
inatividade, soldo, gratificações ou vencimentos integrais do posto ou graduação a que
eles fazem jus, efetivamente, na inatividade.
Art
110. O bombeiro-militar, que retornar à ativa ou for reincluído, faz jus à
remuneração, na forma estipulada nesta Lei para as situações equivalentes, na
conformidade do que for estabelecido no ato de retorno ou reinclusão.
Parágrafo único. Se o bombeiro-militar fizer jus a pagamentos relativos a períodos
anteriores à data do retorno ou reinclusão, receberá a diferença entre a importância
apurada no ato de ajuste de contas e a recebida dos cofres públicos a título de
remuneração, pensão, ou vantagem, nos mesmos períodos.
Art
111. No caso de retorno ou reinclusão com ressarcimento pecuniário, o bombeiro-militar
indenizará os cofres públicos, mediante encontro de contas, das quantias que tenham sido
pagas à sua família, a qualquer título.
Art
112. Aplicam-se as disposições deste Título, no que couber, ao bombeiro-militar na
inatividade, designado para o serviço ativo, que for retomado por incapacidade
definitiva, de acordo com a legislação em vigor.
TíTULO IV
Dos Descontos em Folha de Pagamento
CAPÍTULO I
Dos Descontos
Art
113. Desconto em folha é o abatimento que, na forma deste Título, pode o
bombeiro-militar sofrer em uma fração de vencimentos ou proventos para cumprimento de
obrigações assumidas ou impostas em virtude de disposições de lei ou regulamento.
Art
114. Para os efeitos de descontos do bombeiro-militar, em folha de pagamento, são
consideradas as seguintes importâncias mensais, denominadas "bases para
desconto":
I -
O soldo do posto ou da graduação efetivos, acrescido das gratificações de Tempo de
Serviço e de Habilitação de Bombeiro-Militar, para bombeiro-militar da ativa;
II
- Os proventos, para o bombeiro-militar na inatividade.
Art
115. Os descontos em folha são classificados em:
I -
Contribuições para:
a)
a Pensão de Bombeiro-Militar;
b)
à Fazenda Nacional e à do Distrito Federal, quando fixada em lei.
II
- Indenizações:
a)
à Fazenda Nacional e à do Distrito Federal, em decorrência de dívida;
b)
pela ocupação de próprio nacional ou do Distrito Federal.
III
- Consignações para:
a)
pagamento de mensalidade social, a favor das Entidades consideradas consignatárias,
estabelecidas na forma do artigo 124;
b)
cumprimento de sentença judicial para pensão alimentícia;
c)
o Serviço de Assistência Social da Corporação;
d)
pagamento da indenização prevista nos artigos 54 e 55;
e)
pagamento de aluguel de casa para residência do consignante;
f)
outros fins do interesse da Corporação, e determinados por ato do Comandante Geral.
Art
116. Os descontos em folha descritos no artigo anterior são ainda:
I -
Obrigatórios:
-
os constantes dos itens I e II; letras " b " e " d ", do
item III, artigo anterior.
II
- Autorizados:
-
os demais descontos mencionados no item III, do artigo anterior.
Parágrafo único. O Comandante Geral da Corporação regulamentará os descontos
previstos no item II, deste artigo.
CAPíTULO II
Dos Limites
Art
117. Para os descontos em folha, a que se refere o Capítulo I, deste Título, são
estabelecidos os seguintes limites, relativos às "bases para desconto"
definidas no artigo 115:
I -
Quando determinados por lei, regulamento e cumprimento de sentença judicial para pensão
alimentícia: quantia estipulada nesses atos;
II
- 70% (setenta por cento): para os descontos previstos nas letras " c " e
" e ", do item III, do artigo 115;
IlI
- Até 30% (trinta por cento): para os demais, não enquadrados nos itens anteriores.
Art
118. Em nenhuma hipótese, o consignante poderá receber em folha de pagamento a quantia
líquida inferior a 30% (trinta por cento) das bases estabelecidas no artigo 114, mesmo
nos casos de suspensão do pagamento das gratificações.
Art
119. Os descontos obrigatórios têm prioridade sobre os autorizados.
§
1º A importância devida à Fazenda Nacional, à Fazenda do Distrito Federal ou à
pensão judicial, superveniente à averbação já existente, será obrigatoriamente
descontada dentro dos limites estabelecidos nos artigos 118 e 119.
§
2º Nas reduções dos descontos autorizados que se fizerem necessárias para garantir a
dedução integral dos descontos referidos neste artigo, serão assegurados aos
consignatários os juros de mora, as taxas legais vigentes, decorrentes da dilatação dos
prazos estipulados nos respectivos contratos.
§
3º Verificada a hipótese do parágrafo anterior, só será permitido novo desconto
autorizado, quando este estiver dentro dos limites fixados neste Capítulo.
Art
120. O desconto originário de crime previsto no Código Penal Militar não impede que,
por decisão judicial a autoridade competente proceda a buscas, apreensões legais,
confisco de bens e seqüestros no sentido de abreviar o prazo de indenização à Fazenda
Nacional ou à Fazenda do Distrito Federal.
Art
121. A dívida para com a Fazenda do Distrito Federal, no caso do bombeiro-militar que é
desligado da ativa, será obrigatoriamente cobrada, de preferência por meios amigáveis,
e, na impossibilidade desses, pelo recurso ao processo de cobrança executiva na forma da
legislação fiscal referente à Dívida Ativa do Distrito Federal.
CAPíTULO III
Dos Consignantes e Consignatários
Art
122. Podem ser consignantes todos os bombeiros-militares da ativa ou na inatividade.
Art
123. O Governo do Distrito Federal especificará as Entidades que devem ser consideradas
consignatárias, para efeito desta Lei.
TíTULO V
Disposições Diversas
CAPíTULO I
Disposições Gerais
Art
124. O valor do soldo será fixado, para cada posto ou graduação, com base no soldo do
posto de Coronel BM, observados os índices estabelecidos na Tabela de Escalonamento
Vertical, anexa a esta Lei.
(Vide Decreto Lei nº 1.463, de 1976) (Vide Decreto-lei nº 1.361, de 1974)
(Vide Decreto-lei nº 1.777, de 1980)
(Vide Decreto-lei nº 1.860, de 1981)
(Vide Decreto-lei nº
2086, de 1983)
(Vide
Decreto-lei nº 2.138, de 1984)
(Vide Lei nº 7.435, de 1985)
Parágrafo único. A Tabela de Soldo, resultante da aplicação do Escalonamento Vertical,
deverá ser constituída por valores arredondados de múltiplos de 30 (trinta).
Art
125. Qualquer que seja o mês considerado, o cálculo parcelado de vencimentos e
indenizações terá o divisor igual a 30 (trinta).
Parágrafo único. O Salário-Família é sempre pago integralmente.
Art
126. A remuneração a que faria jus o bombeiro-militar falecido é calculada até o dia
do falecimento, inclusive, e paga àqueles constantes da declaração de beneficiários
habilitados.
Art
127. Observar-se-á o disposto no
artigo 5º e seu parágrafo único do Decreto-lei nº
1.258, de 13 de fevereiro de 1973, quanto ao limite máximo de retribuição mensal.
Art. 128. São considerados dependentes do
bombeiro-militar, para todos os efeitos desta Lei:
(Redação dada pela Lei nº 5.932, de 1973)
I - esposa;
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
II - filhos menores de 21
(vinte e um) anos ou inválidos ou interditos;
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
III - filha solteira, desde
que não receba remuneração;
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
IV - filho estudante, menor de
24 (vinte e quatro) anos, desde que não receba remuneração;
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
V - mãe viúva, desde que
não receba remuneração;
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
VI - enteados, adotivos e
tutelados, nas mesmas condições dos itens II, III e IV, deste artigo.
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
Parágrafo único. Continuarão compreendidos nas disposições deste artigo a
viúva do bombeiro-militar, enquanto permanecer neste estado, e os demais
dependentes mencionados neste artigo, desde que vivam sob a responsabilidade
da viúva
(Incluído pela Lei nº 5.932, de 1973)
Art
129. São ainda considerados dependentes do bombeiro-militar, para os fins do artigo
anterior, desde que vivam sob a sua dependência econômica, sob o mesmo teto e quando
expressamente declarados na Corporação:
I -
Filha, enteada e tutelada, viúvas, desquitadas ou separadas, desde que não recebam
remuneração;
II
- Mãe solteira; madrasta viúva; sogra, viúva ou solteira; bem como separadas ou
desquitadas, desde que, em qualquer dessas situações, não recebam remuneração;
III
- Avós e pais, quando inválidos ou interditos;
IV
- Pai maior de 60 anos, desde que não receba remuneração;
V -
Irmãos, cunhados e sobrinhos, quando menores ou inválidos ou interditos, sem outro
arrimo;
VI
- Irmã, cunhada e sobrinha, solteiras, viúvas, separadas ou desquitadas, desde que não
recebam remuneração;
VII
- Netos, órfãos, menores ou inválidos ou interditos;
VIII - Pessoa que viva sob a sua exclusiva dependência econômica no mínimo há cinco
anos, comprovados mediante justificação judicial.
CAPíTULO II
Disposições Transitórias
Art
130. O Auxílio-Invalidez e as gratificações previstas nesta Lei são devidas aos
bombeiros-militares, incluídos os que já se encontram na inatividade, a partir da data
da vigência desta Lei, sem direito a percepção de atrasados.
Art
131. A Tabela de Soldo para o cálculo de vencimentos, indenizações e outros direitos
estipulados nesta Lei, é a resultante de aplicação dos
artigos 1º,
2º e
7º, do Decreto-Iei nº 1.258, de 13 de fevereiro de 1973.
Art
132. O bombeiro-militar beneficiado por uma ou mais das
Leis números 288, de 8 de junho
de 1948;
616, de 2 de fevereiro de 1949,
1.156, de 12 de julho de 1950; e
1.267, de 9 de
dezembro de 1950, e que, em virtude de dispositivos legais, não mais faz jus às
promoções previstas nas mencionadas leis, terá considerado como base para o cálculo
dos proventos o soldo do posto ou graduação a que seria promovido.
§
1º O direito assegurado neste artigo não poderá exceder, em nenhum caso, ao que caberia
ao bombeiro-militar, se fosse ele promovido até 2 (dois) graus hierárquicos acima
daquele que tinha por ocasião do processamento de sua transferência para a inatividade,
incluíndo-se nesta limitação os demais direitos previstos em lei que assegurem
proventos de grau hierárquico superior.
§
2º O Oficial BM, se ocupante do último posto da hierarquia militar de seu Quadro, na
ativa, beneficiado por uma ou mais das leis a que se refere este artigo, terá, ressalvado
o disposto no parágrafo único, do artigo 100, o cálculo dos proventos referido ao soldo
do seu próprio posto aumentado de 20% (vinte por cento).
Art
133. Fica assegurado o pagamento das diárias previstas na
Lei nº 4.019, de 20 de
dezembro de 1961, observada a legislação própria.
Art
134. Em qualquer hipótese o bombeiro-militar que, em virtude da aplicação desta Lei,
venha a fazer jus, mensalmente, a uma remuneração inferior a que vinha recebendo, terá
direito a um complemento igual ao valor da diferença encontrada.
Parágrafo único. O complemento de que trata este artigo decrescerá, progressivamente,
até a sua completa extinção, em fase dos futuros reajustes de soldo, promoções ou
novas condições alcançadas.
Art
135. A despesa com a execução desta Lei será atendida com os recursos orçamentários
do Governo do Distrito Federal.
Art
136. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art
137. Revogam-se as disposições em contrário.
Brasília, 23 de julho de 1973; 152º da
Independência e 85º da República.
Este texto não substitui o
publicado no DOU de 24.7.1973 e
retificado em 15.8.1973
*