Presidência
da República |
LEI COMPLEMENTAR Nº 8, DE 3 DE DEZEMBRO DE 1970
(Vide Lei Complementar nº 19, de 1974) |
Institui o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público, e dá outras providências. |
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
Art. 1º - É instituído, na forma prevista nesta Lei Complementar, o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público.
Art. 2º - A União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal e os Territórios contribuirão para o Programa, mediante recolhimento mensal ao Banco do Brasil das seguintes parcelas:
I - União:
1% (um por cento) das receitas correntes efetivamente arrecadadas, deduzidas as transferências feitas a outras entidades da Administração Pública, a partir de 1º de julho de 1971; 1,5% (um e meio por cento) em 1972 e 2% (dois por cento) no ano de 1973 e subseqüentes.
II - Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios:
a) 1% (um por cento) das receitas correntes próprias, deduzidas as transferências feitas a outras entidades da Administração Pública, a partir de 1º de julho de 1971; 1,5% (um e meio por cento) em 1972 e 2% (dois por cento) no ano de 1973 e subseqüentes;
b) 2% (dois por cento) das transferências recebidas do Governo da União e dos Estados através do Fundo de Participações dos Estados, Distrito Federal e Municípios, a partir de 1º de julho de 1971.
Parágrafo único - Não recairá, em nenhuma hipótese, sobre as transferências de que trata este artigo, mais de uma contribuição.
Art. 3º - As autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações, da União, dos Estados, dos Municípios, do Distrito Federal e dos Territórios contribuirão para o Programa com 0,4% (quatro décimos por cento) da receita orçamentária, inclusive transferências e receita operacional, a partir de 1º de julho de 1971; 0,6% (seis décimos por cento) em 1972 e 0,8% (oito décimos por cento) no ano de 1973 e subseqüentes.
Art. 4º - As contribuições recebidas pelo Banco do Brasil serão distribuídas entre todos os servidores em atividade, civis e militares, da União, dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios, bem como das suas entidades da Administração Indireta e fundações, observados os seguintes critérios:
a) 50% proporcionais ao montante da remuneração percebida pelo servidor, no período;
b) 50% em partes proporcionais aos qüinqüênios de serviços prestados pelo servidor.
Parágrafo único - A distribuição de que trata este artigo somente beneficiará os titulares, nas entidades mencionadas nesta Lei Complementar, de cargo ou função de provimento efetivo ou que possam adquirir estabilidade, ou de emprego de natureza não eventual, regido pela legislação trabalhista.
Art. 5º - O Banco do Brasil S.A., ao qual competirá a administração do Programa, manterá contas individualizadas para cada servidor e cobrará uma comissão de serviço, tudo na forma que for estipulada pelo Conselho Monetário Nacional.
§ 1º -
Os depósitos a que se refere este artigo não estão sujeitos a imposto de renda ou
contribuição previdenciária, nem se incorporam, para qualquer fim, à remuneração do
cargo, função ou emprego.
§ 2º - As contas abertas no Banco do Brasil S.A.,
na forma desta Lei Complementar, serão creditadas:
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
a) pela
correção monetária anual do saldo credor, obedecidas os índices aplicáveis às
Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional;
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
b) pelos
juros de 3% (três por cento) calculados, anualmente, sobre o saldo corrigido dos
depósitos;
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
c) pelo
resultado líquido das operações realizadas com recursos do Programa, deduzidas as
despesas administrativas e as provisões e reservas cuja constituição seja
indispensável, quando o rendimento for superior à soma das alíneas a e b.
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
§ 3º -
Ao final de cada ano, contado da data da abertura da conta, será facultado ao servidor o
levantamento dos juros e da correção monetária, bem como dos rendimentos da quota-parte
produzida pela alínea c anterior, se existir.
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
§ 4º -
Por ocasião de casamento, aposentadoria, transferência para a reserva, reforma ou
invalidez do servidor titular da conta, poderá o mesmo receber os valores depositados em
seu nome; ocorrendo a morte, esses valores serão atribuídos aos dependentes e, em sua
falta, aos sucessores.
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
§ 5º -
Na forma das normas aprovadas pelo Conselho Monetário Nacional, o servidor poderá
requerer a liberação do saldo de seus depósitos, para utilização total ou parcial na
compra de casa própria.
(Revogado pela Lei Complementar nº 26, de 1975)
§ 6º -
O Banco do Brasil S.A. organizará o cadastro geral dos beneficiários desta Lei
Complementar.
Art. 6º -
Na administração do Programa de Integração Social e do Programa de
Formação do Patrimônio do Servidor Público, a Caixa Econômica Federal e o Banco
do Brasil S.A., não efetuarão repasses além de 20% (vinte por cento) do valor
total das aplicações diretas.
(Revogado pela Lei Complementar nº 19, de 1974)
Art. 7º - As importâncias creditadas nas contas do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público e do Programa de Integração Social são inalienáveis e impenhoráveis, e serão obrigatoriamente transferidas de um para outro, no caso de passar o servidor, pela alteração da relação de emprego, do setor público para o privado, e vice-versa.
Art. 8º - A aplicação do disposto nesta Lei complementar aos Estados e Municípios, às suas entidades da Administração Indireta e fundações, bem como aos seus servidores, dependerá de norma legislativa estadual ou municipal.
Art. 9º - Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 3 de dezembro de 1970; 149º da Independência e 82º da República.
EMíLIO G. MÉDICIEste texto não substitui o publicado no DOU de 4.12.1970
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