Presidência
da República |
LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998.
Texto compilado | Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde. |
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Submetem-se às disposições desta Lei
as pessoas jurídicas de direito privado que operam planos ou seguros privados de
assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da legislação específica que rege
a sua atividade.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 1o Para os fins do disposto no caput
deste artigo, consideram-se:
I
- operadoras de planos privados de assistência à saúde: toda e qualquer pessoa
jurídica de direito privado, independente da forma jurídica de sua constituição, que
ofereça tais planos mediante contraprestações pecuniárias, com atendimento em
serviços próprios ou de terceiros;
II
- operadoras de seguros privados de assistência à saúde: as pessoas jurídicas
constituídas e reguladas em conformidade com a legislação específica para a atividade
de comercialização de seguros e que garantam a cobertura de riscos de assistência à
saúde, mediante livre escolha pelo segurado do prestador do respectivo serviço e
reembolso de despesas, exclusivamente.
§ 2o Incluem-se na abrangência desta Lei as
entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência à saúde pela modalidade de
autogestão.
(Vide Medida Provisória nº 1.801-11, de
1999)
§ 3o A assistência a que alude o caput
deste artigo compreende todas as ações necessárias à prevenção da doença e à
recuperação, à manutenção e à reabilitação da saúde, observados os termos desta
Lei e do contrato firmado entre as partes.
§ 4o As pessoas físicas ou jurídicas
residentes ou domiciliadas no exterior podem constituir ou participar do capital, ou do
aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis
brasileiras para operar planos e seguros privados de assistência à saúde.
Art. 1o Submetem-se
às disposições desta Lei as pessoas jurídicas de direito privado que operam planos de
assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da legislação específica que rege
a sua atividade, adotando-se, para fins de aplicação das normas aqui estabelecidas, as
seguintes definições:
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 1º Submetem-se às disposições desta Lei as pessoas jurídicas de direito privado que operam planos de assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da legislação específica que rege a sua atividade e, simultaneamente, das disposições da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), adotando-se, para fins de aplicação das normas aqui estabelecidas, as seguintes definições: (Redação dada pela Lei nº 14.454, de 2022)
I - Plano Privado de Assistência à Saúde: prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - Operadora de Plano de Assistência à Saúde: pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, que opere produto, serviço ou contrato de que trata o inciso I deste artigo; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - Carteira: o conjunto de contratos de cobertura de custos assistenciais ou de serviços de assistência à saúde em qualquer das modalidades de que tratam o inciso I e o § 1o deste artigo, com todos os direitos e obrigações nele contidos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o Está
subordinada às normas e à fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar -
ANS qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia
de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica,
outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira, tais
como: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
a) custeio de despesas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
b) oferecimento de rede credenciada ou referenciada; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
c) reembolso de despesas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
d) mecanismos de regulação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
e) qualquer restrição contratual, técnica ou operacional para a cobertura de procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
f) vinculação de cobertura financeira à aplicação de conceitos ou critérios médico-assistenciais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o Incluem-se na abrangência desta Lei as cooperativas que operem os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o deste artigo, bem assim as entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência à saúde, pela modalidade de autogestão ou de administração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior podem constituir ou participar do capital, ou do aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis brasileiras para operar planos privados de assistência à saúde. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4o É vedada às pessoas físicas a operação dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o deste artigo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 5o É vedada às pessoas físicas a operação de plano ou seguro privado de assistência à saúde.
Art. 2o Para o cumprimento das obrigações
constantes do contrato, as pessoas jurídicas de que trata esta Lei poderão:
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999) (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - nos planos privados de assistência à saúde,
manter serviços próprios, contratar ou credenciar pessoas físicas ou jurídicas
legalmente habilitadas e reembolsar o beneficiário das despesas decorrentes de
eventos cobertos pelo plano;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - nos seguros privados de assistência à
saúde, reembolsar o segurado ou, ainda, pagar por ordem e conta deste,
diretamente aos prestadores, livremente escolhidos pelo segurado, as despesas
advindas de eventos cobertos, nos limites da apólice.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. Nos seguros privados de assistência à saúde, e sem que isso implique
o desvirtuamento do princípio da livre escolha dos segurados, as sociedades seguradoras
podem apresentar relação de prestadores de serviços de assistência à saúde.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 3o Sem prejuízo das atribuições
previstas na legislação vigente e observadas, no que couber, as disposições expressas
nas Leis nos 8.078, de 11 de setembro de 1990, e
8.080, de 19 de setembro de 1990, compete ao Conselho Nacional de
Seguros Privados - CNSP, ouvido, obrigatoriamente, o órgão instituído nos termos do
art. 6o desta Lei, ressalvado o disposto no inciso VIII, regulamentar os
planos privados de assistência à saúde, e em particular dispor sobre: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998) (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) (Vigência)
I
- a constituição, organização, funcionamento e fiscalização das operadoras de planos
privados de assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II
- as condições técnicas aplicáveis às operadoras de planos privados de assistência
à saúde, de acordo com as suas peculiaridades;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - as características gerais dos instrumentos contratuais utilizados na atividade das
operadoras de planos privados de assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV
- as normas de contabilidade, atuariais e estatísticas, a serem observadas pelas
operadoras de planos privados de assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V
- o capital e o patrimônio líquido das operadoras de planos privados de assistência à
saúde, assim como a forma de sua subscrição e realização quando se tratar de
sociedade anônima de capital;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI
- os limites técnicos das operações relacionadas com planos privados de assistência à
saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VII - os critérios de constituição de garantias de manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro, consistentes em bens, móveis ou imóveis, ou fundos especiais ou
seguros garantidores, a serem observados pelas operadoras de planos privados de
assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VIII - a direção fiscal, a liquidação extrajudicial e os procedimentos de
recuperação financeira.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. A regulamentação prevista neste artigo obedecerá às
características específicas da operadora, mormente no que concerne à natureza jurídica
de seus atos constitutivos.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 4o O art. 33 do
Decreto-Lei n° 73, de 21 de novembro de
1966, alterado pela Lei n° 8.127, de 20 de dezembro de 1990, passa a vigorar
com a seguinte redação:
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
"Art. 33. O Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP será integrado pelos seguintes membros:(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante legal;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - Ministro de Estado da Saúde, ou seu representante legal;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - Ministro de Estado da Justiça, ou seu representante legal;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social, ou seu representante legal;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - Presidente do Banco Central do Brasil, ou seu representante legal;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI - Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, ou seu representante legal;(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VII - Presidente do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB, ou seu representante legal.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O Conselho será presidido pelo Ministro de Estado da Fazenda e, na sua ausência, pelo Superintendente da SUSEP.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o O CNSP terá seu funcionamento regulado em regimento interno."(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 5o Compete à Superintendência de Seguros
Privados - SUSEP, de acordo com as diretrizes e resoluções do CNSP, sem prejuízo das
atribuições previstas na legislação em vigor: (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) (Vigência)
I
- autorizar os pedidos de constituição, funcionamento, cisão, fusão, incorporação,
alteração ou transferência do controle societário das operadoras de planos privados de
assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II
- fiscalizar as atividades das operadoras de planos privados de assistência à saúde e
zelar pelo cumprimento das normas atinentes ao funcionamento dos planos privados de
saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - aplicar as penalidades cabíveis às operadoras de planos privados de assistência
à saúde previstas nesta Lei; (Vide Medida Provisória nº
1.801-14, de 1999)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV
- estabelecer critérios gerais para o exercício de cargos diretivos das operadoras de
planos privados de assistência à saúde, segundo normas definidas pelo CNSP;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V
- proceder à liquidação das operadoras que tiverem cassada a autorização para
funcionar no País;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI
- promover a alienação da carteira de planos ou seguros das operadoras.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
1o A SUSEP contará, em sua estrutura organizacional, com setor
específico para o tratamento das questões concernentes às operadoras referidas no art.
1o. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
2o A SUSEP ouvirá o Ministério da Saúde para a apreciação de
questões concernentes às coberturas, aos aspectos sanitários e epidemiológicos
relativos à prestação de serviços médicos e hospitalares.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 6o É criada a Câmara de Saúde Suplementar como órgão do
Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, com competência privativa para se
pronunciar acerca das matérias de sua audiência obrigatória, previstas no art. 3o,
bem como propor a expedição de normas sobre: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I
- regulamentação das atividades das operadoras de planos e seguros privados de
assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II
- fixação de condições mínimas dos contratos relativos a planos e seguros privados de
assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - critérios normativos em relação aos procedimentos de credenciamento e
destituição de prestadores de serviço do sistema, visando assegurar o equilíbrio das
relações entre os consumidores e os operadores de planos e seguros privados de
assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV
- estabelecimento de mecanismos de garantia, visando preservar a prestação de serviços
aos consumidores;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V
- o regimento interno da própria Câmara.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 7o A Câmara de Saúde Suplementar é composta dos seguintes
membros: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I
- Ministro de Estado da Saúde, ou seu representante legal, na qualidade de presidente;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II
- Ministro de Estado da Fazenda, ou seu representante legal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - Ministro de Estado da Previdência e Assistência Social, ou seu representante
legal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV
- Ministro de Estado do Trabalho, ou seu representante legal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V
- Secretário Executivo do Ministério da Saúde, ou seu representante legal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI
- Superintendente da Superintendência de Seguros Privados - SUSEP, ou seu representante
legal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VII - Secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, ou seu representante
legal;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VIII - um representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde - CNS, dentre seus
membros;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IX
- um representante de entidades de defesa do consumidor;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
X
- um representante de entidades de consumidores de planos e seguros privados de
assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XI
- um representante indicado pelos órgãos superiores de classe que representem os
estabelecimentos de seguro;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XII - um representante indicado pelos órgãos superiores de classe que representem o
segmento de autogestão de assistência à saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XIII - um representante indicado pelos órgãos superiores de classe que representem a
medicina de grupo;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XIV - um representante indicado pelas entidades que representem as cooperativas de
serviços médicos;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XV
- um representante das entidades filantrópicas da área de saúde;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XVI - um representante indicado pelas entidades nacionais de representação da categoria
dos médicos;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XVII - um representante indicado pelas entidades nacionais de representação da categoria
dos odontólogos;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XVIII - um representante indicado pelos órgãos superiores de classe que representem as
empresas de odontologia de grupo;
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XIX - um representante do Ministério Público Federal.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
1o As deliberações da Câmara dar-se-ão por maioria de votos,
presente a maioria absoluta de seus membros, e as proposições aprovadas por dois terços
de seus integrantes exigirão igual quorum para serem reformadas, no todo ou em
parte, pelo CNSP.(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
2o Em suas faltas e impedimentos, o presidente da Câmara será
substituído pelo Secretário Executivo do Ministério da Saúde.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
3o A Câmara, mediante deliberação de seus membros, pode constituir
subcomissões consultivas, formadas por representantes dos profissionais e dos
estabelecimentos de serviços de saúde, das entidades vinculadas à assistência à
saúde ou dos consumidores, conforme dispuser seu regimento interno.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
4o Os representantes de que tratam os incisos VIII a XVII serão
indicados pelas respectivas entidades e designados pelo Ministro de Estado da Saúde.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§
5o As matérias definidas no art. 3o e em seus
incisos, bem como as de competência da Câmara, têm prazo de trinta dias para discussão
e votação, após o que poderão ser avocadas pelo CNSP para deliberação final.
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 8o Para obter a autorização de
funcionamento a que alude o inciso I do art. 5o, as operadoras de planos
privados de assistência à saúde devem satisfazer as seguintes exigências: (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 8o Para obter a autorização de funcionamento, as operadoras de planos privados de assistência à saúde devem satisfazer os seguintes requisitos, independentemente de outros que venham a ser determinados pela ANS: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - registro nos Conselhos Regionais de Medicina e Odontologia, conforme o caso, em cumprimento ao disposto no art. 1° da Lei no 6.839, de 30 de outubro de 1980;
II - descrição pormenorizada dos serviços de saúde próprios oferecidos e daqueles a serem prestados por terceiros;
III - descrição de suas instalações e equipamentos destinados a prestação de serviços;
IV - especificação dos recursos humanos qualificados e habilitados, com responsabilidade técnica de acordo com as leis que regem a matéria;
V - demonstração da capacidade de atendimento em razão dos serviços a serem prestados;
VI - demonstração da viabilidade econômico-financeira dos planos privados de assistência à saúde oferecidos, respeitadas as peculiaridades operacionais de cada uma das respectivas operadoras;
VII - especificação da área geográfica coberta pelo plano privado de assistência à saúde.
Parágrafo único. São dispensadas do cumprimento das condições
estabelecidas: (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
I
- nos incisos I a V do caput, as operadoras de seguros privados a que alude o
inciso II do § 1o do art. 1o;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
II
- nos incisos VI e VII do caput, as entidades ou empresas que mantêm sistemas de
assistência privada à saúde na modalidade de autogestão, definidas no § 2o
do art. 1o.
§ 1o São dispensadas do cumprimento das condições estabelecidas nos incisos VI e VII deste artigo as entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência privada à saúde na modalidade de autogestão, citadas no § 2o do art. 1o. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o A autorização de funcionamento será cancelada caso a operadora não comercialize os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, no prazo máximo de cento e oitenta dias a contar do seu registro na ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o As operadoras privadas de assistência à saúde poderão voluntariamente requerer autorização para encerramento de suas atividades, observando os seguintes requisitos, independentemente de outros que venham a ser determinados pela ANS: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
a) comprovação da transferência da carteira sem prejuízo para o consumidor, ou a inexistência de beneficiários sob sua responsabilidade; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
b) garantia da continuidade da prestação de serviços dos beneficiários internados ou em tratamento; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
c) comprovação da quitação de suas obrigações com os prestadores de serviço no âmbito da operação de planos privados de assistência à saúde; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
d) informação prévia à ANS, aos beneficiários e aos prestadores de serviço contratados, credenciados ou referenciados, na forma e nos prazos a serem definidos pela ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 9o As operadoras de planos privados de
assistência à saúde só podem comercializar ou operar planos que tenham sido
previamente protocolados na SUSEP, de acordo com as normas técnicas e gerais definidas
pelo CNSP.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
§ 1o O protocolamento previsto no caput não
exclui a responsabilidade da operadora pelo descumprimento das disposições desta Lei e
dos respectivos regulamentos.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
§ 2o O número do certificado de registro da
operadora, expedido pela SUSEP, deve constar dos instrumentos contratuais referentes aos
planos ou seguros privados de assistência à saúde.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Art. 9o Após decorridos cento e vinte dias de vigência desta Lei, para as operadoras, e duzentos e quarenta dias, para as administradoras de planos de assistência à saúde, e até que sejam definidas pela ANS, as normas gerais de registro, as pessoas jurídicas que operam os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, e observado o que dispõe o art. 19, só poderão comercializar estes produtos se: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - as operadoras e administradoras
estiverem provisoriamente cadastradas na ANS; e (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
II - os produtos a serem
comercializados estiverem registrados na ANS. (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 1o O descumprimento das formalidades previstas neste artigo, além de configurar infração, constitui agravante na aplicação de penalidades por infração das demais normas previstas nesta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o A ANS poderá solicitar informações, determinar alterações e promover a suspensão do todo ou de parte das condições dos planos apresentados. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o A autorização de comercialização será cancelada caso a operadora não comercialize os planos ou os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, no prazo máximo de cento e oitenta dias a contar do seu registro na ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4o A ANS poderá determinar a suspensão temporária da comercialização de plano ou produto caso identifique qualquer irregularidade contratual, econômico-financeira ou assistencial. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 10. É instituído o plano ou
seguro-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial
compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil, com
padrão de enfermaria ou centro de terapia intensiva, ou similar, quando
necessária a internação hospitalar, das doenças relacionadas na Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da
Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no
art. 12 desta Lei, exceto:
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
I - tratamento clínico ou cirúrgico experimental, assim
definido pela autoridade competente;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
Art. 10. É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar, quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei, exceto: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - tratamento clínico ou cirúrgico experimental; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - procedimentos clínicos ou cirúrgicos para fins estéticos, bem como órteses e próteses para o mesmo fim;
IV - tratamento de rejuvenescimento ou de emagrecimento com finalidade estética;
V - fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados;
VI
- fornecimento de medicamentos para tratamento domiciliar;
VI - fornecimento de medicamentos para tratamento domiciliar, ressalvado o disposto nas alíneas ‘c’ do inciso I e ‘g’ do inciso II do art. 12; (Redação dada pela Lei nº 12.880, de 2013) (Vigência)
VII - fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios
não ligados ao ato cirúrgico, observado o disposto no § 1o deste
artigo;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
VII - fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios não ligados ao ato cirúrgico; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VIII - procedimentos odontológicos, salvo o conjunto de
serviços voltados à prevenção e manutenção básica da saúde dentária, assim
compreendidos a pesquisa, o tratamento e a remoção de focos de infecção dentária,
profilaxia de cárie dentária, cirurgia e traumatologia bucomaxilar; (Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IX - tratamentos ilícitos ou antiéticos, assim definidos sob o aspecto médico, ou não reconhecidos pelas autoridades competentes;
X - casos de cataclismos, guerras e comoções internas, quando declarados pela autoridade competente.
§ 1o As exceções constantes do inciso VII
podem ser a qualquer tempo revistas e atualizadas pelo CNSP, permanentemente, mediante a
devida análise técnico-atuarial.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
§ 1o As exceções constantes dos incisos deste artigo serão objeto de regulamentação pela ANS. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o As operadoras definidas nos incisos I e
II do § 1o do art. 1o oferecerão, obrigatoriamente,
o plano ou seguro-referência de que trata este artigo a todos os seus atuais e futuros
consumidores.
(Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
§ 2o As
pessoas jurídicas que comercializam produtos de que tratam o inciso I e o § 1o
do art. 1o desta Lei oferecerão, obrigatoriamente, a partir de 3 de
dezembro de 1999, o plano-referência de que trata este artigo a todos os
seus atuais e futuros consumidores. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
§ 3o Excluem-se da obrigatoriedade a que se
refere o § 2o deste artigo as entidades ou empresas que mantêm
sistemas de assistência à saúde pela modalidade de autogestão.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
§ 3o Excluem-se da obrigatoriedade a que se refere o § 2o deste artigo as pessoas jurídicas que mantêm sistemas de assistência à saúde pela modalidade de autogestão e as pessoas jurídicas que operem exclusivamente planos odontológicos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4o A amplitude
das coberturas, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será
definida por normas editadas pela ANS. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998) (Incluído
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§
4º A amplitude das coberturas no âmbito da saúde suplementar, inclusive de
transplantes, de procedimentos de alta complexidade e das dispostas nas
alíneas “c” do inciso I e “g” do inciso II do caput do art. 12, será
estabelecida em norma editada pela ANS.
(Redação dada pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§
4º A amplitude das coberturas no âmbito da saúde suplementar, inclusive
de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será
estabelecida em norma editada pela ANS.
(Redação dada pela
Lei nº 14.307, de 2022)
§ 4º A amplitude das coberturas no âmbito da saúde suplementar, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será estabelecida em norma editada pela ANS, que publicará rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar, atualizado a cada incorporação. (Redação dada pela Lei nº 14.454, de 2022)
§
5º As metodologias utilizadas na avaliação de que trata o § 3º do art.
10-D, incluídos os indicadores e os parâmetros de custo-efetividade
utilizados em combinação com outros critérios, serão estabelecidas em norma
editada pela ANS, assessorada pela Comissão de Atualização do Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§ 5º As metodologias utilizadas na avaliação de que trata o § 3º do art. 10-D desta Lei, incluídos os indicadores e os parâmetros de avaliação econômica de tecnologias em saúde utilizados em combinação com outros critérios, serão estabelecidas em norma editada pela ANS, assessorada pela Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar, e terão ampla divulgação. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§
6º A atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar
pela ANS será realizada por meio da instauração de processo administrativo,
a ser concluído no prazo de cento e vinte dias, que poderá ser prorrogado
por sessenta dias corridos quando as circunstâncias exigirem.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§ 6º As coberturas a que se referem as alíneas c do inciso I e g do inciso II do caput do art. 12 desta Lei são obrigatórias, em conformidade com a prescrição médica, desde que os medicamentos utilizados estejam registrados no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, com uso terapêutico aprovado para essas finalidades, observado o disposto no § 7º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 7º
Finalizado o prazo previsto no § 6º sem manifestação conclusiva da ANS no
processo administrativo, será realizada a inclusão automática do
medicamento, do produto de interesse para a saúde ou do procedimento no rol
de procedimentos e eventos em saúde suplementar até que haja decisão da ANS,
garantida a continuidade da assistência iniciada mesmo se a decisão for
desfavorável à inclusão.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§ 7º A atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar pela ANS será realizada por meio da instauração de processo administrativo, a ser concluído no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, prorrogável por 90 (noventa) dias corridos quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 8º
As tecnologias avaliadas e recomendadas positivamente pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde - Conitec,
instituída pela Lei nº 12.401, de 28 de abril de 2011, cuja decisão de
incorporação ao SUS já tenha sido publicada, serão incluídas no Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar no prazo de até trinta dias.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§ 8º Os processos administrativos de atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar referente aos tratamentos listados nas alíneas c do inciso I e g do inciso II do caput do art. 12 desta Lei deverão ser analisados de forma prioritária e concluídos no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da data em que foi protocolado o pedido, prorrogável por 60 (sessenta) dias corridos quando as circunstâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§
9º O processo administrativo de que trata o § 6º observará o disposto na
Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, no que couber, e as seguintes
determinações:
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
I -
apresentação, pelo interessado, dos documentos com as informações
necessárias ao atendimento do disposto no § 3º do art. 10-D, na forma
prevista em regulamento;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
II -
apresentação do preço estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de
Medicamentos, no caso de medicamentos;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
III
- realização de consulta pública com a divulgação de relatório preliminar
emitido pela Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em
Saúde Suplementar;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
IV -
realização de audiência pública, na hipótese de matéria relevante; e
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
V - divulgação do relatório final de que trata o § 3º do art. 10-D da
Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde
Suplementar.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§ 9º Finalizado o prazo previsto no § 7º deste artigo sem manifestação conclusiva da ANS no processo administrativo, será realizada a inclusão automática do medicamento, do produto de interesse para a saúde ou do procedimento no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar até que haja decisão da ANS, garantida a continuidade da assistência iniciada mesmo se a decisão for desfavorável à inclusão. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 10. As tecnologias avaliadas e recomendadas positivamente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), instituída pela Lei nº 12.401, de 28 de abril de 2011, cuja decisão de incorporação ao SUS já tenha sido publicada, serão incluídas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar no prazo de até 60 (sessenta) dias. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 11. O processo administrativo de que trata o § 7º deste artigo observará o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, no que couber, e as seguintes determinações: (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
I - apresentação, pelo interessado, dos documentos com as informações necessárias ao atendimento do disposto no § 3º do art. 10-D desta Lei, na forma prevista em regulamento; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
II - apresentação do preço estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, no caso de medicamentos; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
III - realização de consulta pública pelo prazo de 20 (vinte) dias com a divulgação de relatório preliminar emitido pela Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
IV - realização de audiência pública, na hipótese de matéria relevante, ou quando tiver recomendação preliminar de não incorporação, ou quando solicitada por no mínimo 1/3 (um terço) dos membros da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
V - divulgação do relatório final de que trata o § 3º do art. 10-D desta Lei da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar; e (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
VI - possibilidade de recurso, no prazo de até 15 (quinze) dias após a divulgação do relatório final. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 12. O rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar, atualizado pela ANS a cada nova incorporação, constitui a referência básica para os planos privados de assistência à saúde contratados a partir de 1º de janeiro de 1999 e para os contratos adaptados a esta Lei e fixa as diretrizes de atenção à saúde. (Incluído dada pela Lei nº 14.454, de 2022)
§ 13. Em caso de tratamento ou procedimento prescrito por médico ou odontólogo assistente que não estejam previstos no rol referido no § 12 deste artigo, a cobertura deverá ser autorizada pela operadora de planos de assistência à saúde, desde que: (Incluído dada pela Lei nº 14.454, de 2022)
I - exista comprovação da eficácia, à luz das ciências da saúde, baseada em evidências científicas e plano terapêutico; ou (Incluído dada pela Lei nº 14.454, de 2022)
II - existam recomendações pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), ou exista recomendação de, no mínimo, 1 (um) órgão de avaliação de tecnologias em saúde que tenha renome internacional, desde que sejam aprovadas também para seus nacionais. (Incluído dada pela Lei nº 14.454, de 2022)
Art. 10-A. Cabe às operadoras definidas nos incisos I e II do §
1o do art. 1o desta Lei, por meio de sua rede de
unidades conveniadas, prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva de mama,
utilizando-se de todos os meios e técnicas necessárias, para o tratamento de mutilação
decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer. (Incluído pela Lei nº 10.223, de 2001)
(Vide Lei nº 13.770, de
2018)
Art. 10-A. Cabe à operadora definida no inciso II do caput do art. 1º desta Lei, por meio de sua rede de unidades conveniadas, prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva de mama, utilizando-se de todos os meios e técnicas necessárias, para o tratamento de mutilação decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer. (Redação dada pela Lei nº 14.538, de 2023) Vigência
§ 1º Quando existirem condições técnicas, a reconstrução da mama será efetuada no tempo cirúrgico da mutilação referida no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.770, de 2018)
§ 2º No caso de impossibilidade de reconstrução imediata, a paciente será encaminhada para acompanhamento e terá garantida a realização da cirurgia imediatamente após alcançar as condições clínicas requeridas. (Incluído pela Lei nº 13.770, de 2018)
§ 3º Os procedimentos de simetrização da mama contralateral e de reconstrução do complexo aréolo-mamilar integram a cirurgia plástica reconstrutiva prevista no caput e no § 1º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.770, de 2018)
§ 4º Quando a reconstrução mamária ou a simetrização da mama contralateral for realizada com a utilização de implante mamário, é assegurada a substituição do dispositivo sempre que ocorrerem complicações ou efeitos adversos a ele relacionados. (Incluído pela Lei nº 14.538, de 2023) Vigência
§ 5º É assegurado, desde o diagnóstico, o acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado das pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer. (Incluído pela Lei nº 14.538, de 2023) Vigência
Art. 10-B. Cabe às operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, por meio de rede própria, credenciada, contratada ou referenciada, ou mediante reembolso, fornecer bolsas de colostomia, ileostomia e urostomia, sonda vesical de demora e coletor de urina com conector, para uso hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, vedada a limitação de prazo, valor máximo e quantidade. (Incluído pela Lei nº 12.738, de 2012) (Vigência)
Art. 10-C. Os produtos de que tratam o inciso I do caput e o § 1º do art. 1º desta Lei deverão incluir cobertura de atendimento à violência autoprovocada e às tentativas de suicídio. (Incluído pela Lei nº 13.819, de 2019) (Vigência)
Art. 10-D. Fica instituída a Comissão de
Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar à
qual compete assessorar a ANS
nas atribuições de que trata o § 4º do art. 10.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§
1º O funcionamento e a composição da Comissão de Atualização do Rol de
Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar serão estabelecidos em
regulamento.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§
2º A Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde
Suplementar será composta, no mínimo, por representantes das seguintes
entidades:
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
I -
um do Conselho Federal de Medicina;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
II -
um do Conselho Federal de Odontologia; e
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
III
- um do Conselho Federal de Enfermagem.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
§
3º A Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde
Suplementar deverá apresentar relatório que considerará:
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
I -
as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade e a
segurança do medicamento, do produto ou do procedimento analisado,
reconhecidas pelo órgão competente para o registro ou a para a autorização
de uso;
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
II -
a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às
coberturas já previstas no rol de procedimentos e eventos em saúde
suplementar, quando couber; e
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
III - a análise de impacto financeiro da ampliação da cobertura no
âmbito da saúde suplementar.
(Incluído pela
Medida Provisória nº 1.067, de 2021)
Art. 10-D. Fica instituída a Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar à qual compete assessorar a ANS nas atribuições de que trata o § 4º do art. 10 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 1º O funcionamento e a composição da Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar serão estabelecidos em regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 2º A Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar terá composição e regimento definidos em regulamento, com a participação nos processos de: (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
I - 1 (um) representante indicado pelo Conselho Federal de Medicina; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
II - 1 (um) representante da sociedade de especialidade médica, conforme a área terapêutica ou o uso da tecnologia a ser analisada, indicado pela Associação Médica Brasileira; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
III - 1 (um) representante de entidade representativa de consumidores de planos de saúde; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
IV - 1 (um) representante de entidade representativa dos prestadores de serviços na saúde suplementar; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
V - 1 (um) representante de entidade representativa das operadoras de planos privados de assistência à saúde; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
VI - representantes de áreas de atuação profissional da saúde relacionadas ao evento ou procedimento sob análise. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 3º A Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar deverá apresentar relatório que considerará: (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
I - as melhores evidências científicas disponíveis e possíveis sobre a eficácia, a acurácia, a efetividade, a eficiência, a usabilidade e a segurança do medicamento, do produto ou do procedimento analisado, reconhecidas pelo órgão competente para o registro ou para a autorização de uso; (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos em relação às coberturas já previstas no rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar, quando couber; e (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
III - a análise de impacto financeiro da ampliação da cobertura no âmbito da saúde suplementar. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
§ 4º Os membros indicados para compor a Comissão de Atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde Suplementar, bem como os representantes designados para participarem dos processos, deverão ter formação técnica suficiente para compreensão adequada das evidências científicas e dos critérios utilizados na avaliação. (Incluído pela Lei nº 14.307, de 2022)
Art. 11. É vedada a exclusão de cobertura às doenças e lesões
preexistentes à data de contratação dos planos ou seguros de que trata esta Lei após
vinte e quatro meses de vigência do aludido instrumento contratual, cabendo à respectiva
operadora o ônus da prova e da demonstração do conhecimento prévio do consumidor.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 11. É vedada a exclusão de cobertura às doenças e lesões preexistentes à data de contratação dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei após vinte e quatro meses de vigência do aludido instrumento contratual, cabendo à respectiva operadora o ônus da prova e da demonstração do conhecimento prévio do consumidor ou beneficiário. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. É vedada a
suspensão da assistência à saúde do consumidor ou beneficiário, titular ou
dependente, até a prova de que trata o caput, na forma da regulamentação a ser
editada pela ANS. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência
de planos ou seguros privados de assistência à saúde que contenham redução ou
extensão da cobertura assistencial e do padrão de conforto de internação hospitalar,
em relação ao plano referência definido no art. 10, desde que observadas as seguintes
exigências mínimas:
Art. 12. São facultadas a oferta, a contratação e a vigência dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações previstas nos incisos I a IV deste artigo, respeitadas as respectivas amplitudes de cobertura definidas no plano-referência de que trata o art. 10, segundo as seguintes exigências mínimas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - quando incluir atendimento ambulatorial:
a) cobertura de consultas médicas, em número ilimitado, em clínicas básicas e especializadas, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina;
b) cobertura de serviços de apoio diagnóstico e tratamento e
demais procedimentos ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente;
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
b) cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, solicitados pelo médico assistente; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
c) cobertura de tratamentos antineoplásicos domiciliares de uso oral, incluindo medicamentos para o controle de efeitos adversos relacionados ao tratamento e adjuvantes; (Incluído pela Lei nº 12.880, de 2013) (Vigência)
II - quando incluir internação hospitalar:
a) cobertura de internações hospitalares, vedada a
limitação de prazo, em clínicas básicas e especializadas, reconhecidas pelo Conselho
Federal de Medicina, admitindo-se a exclusão dos procedimentos obstétricos;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
a) cobertura de internações hospitalares, vedada a limitação de prazo, valor máximo e quantidade, em clínicas básicas e especializadas, reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, admitindo-se a exclusão dos procedimentos obstétricos; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
b) cobertura de internações hospitalares em centro de
terapia intensiva, ou similar, vedada a limitação de prazo, a critério do médico
assistente;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
b) cobertura de internações hospitalares em centro de terapia intensiva, ou similar, vedada a limitação de prazo, valor máximo e quantidade, a critério do médico assistente; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
c) cobertura de despesas referentes a honorários médicos, serviços gerais de enfermagem e alimentação;
d) cobertura de exames complementares indispensáveis para o
controle da evolução da doença e elucidação diagnóstica, fornecimento de
medicamentos, anestésicos, oxigênio, transfusões e sessões de quimioterapia e
radioterapia, conforme prescrição do médico assistente, realizados ou ministrados
durante o período de internação hospitalar;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
d) cobertura de exames complementares indispensáveis para o controle da evolução da doença e elucidação diagnóstica, fornecimento de medicamentos, anestésicos, gases medicinais, transfusões e sessões de quimioterapia e radioterapia, conforme prescrição do médico assistente, realizados ou ministrados durante o período de internação hospitalar; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
e) cobertura de taxa de sala de cirurgia, incluindo
materiais utilizados, assim como da remoção do paciente, comprovadamente necessária,
para outro estabelecimento hospitalar, em território brasileiro, dentro dos limites de
abrangência geográfica previstos no contrato;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
e) cobertura de toda e qualquer taxa, incluindo materiais utilizados, assim como da remoção do paciente, comprovadamente necessária, para outro estabelecimento hospitalar, dentro dos limites de abrangência geográfica previstos no contrato, em território brasileiro; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
f) cobertura de despesas de acompanhante, no caso de pacientes menores de dezoito anos;
g)cobertura para tratamentos antineoplásicos ambulatoriais e domiciliares de uso oral, procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia, na qualidade de procedimentos cuja necessidade esteja relacionada à continuidade da assistência prestada em âmbito de internação hospitalar; (Incluído pela Lei nº 12.880, de 2013) (Vigência)
III - quando incluir atendimento obstétrico:
a) cobertura assistencial ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do consumidor, ou de seu dependente, durante os primeiros trinta dias após o parto;
b) inscrição assegurada ao recém-nascido, filho natural ou
adotivo do consumidor, no plano ou seguro como dependente, isento do cumprimento dos
períodos de carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de trinta dias do
nascimento;
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
b) inscrição assegurada ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do consumidor, como dependente, isento do cumprimento dos períodos de carência, desde que a inscrição ocorra no prazo máximo de trinta dias do nascimento ou da adoção; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - quando incluir atendimento odontológico:
a) cobertura de consultas e exames auxiliares ou complementares, solicitados pelo odontólogo assistente;
b) cobertura de procedimentos preventivos, de dentística e endodontia;
c) cobertura de cirurgias orais menores, assim consideradas as realizadas em ambiente ambulatorial e sem anestesia geral;
V - quando fixar períodos de carência:
a) prazo máximo de trezentos dias para partos a termo;
b) prazo máximo de cento e oitenta dias para os demais casos;
c) prazo máximo de vinte e quatro horas para a
cobertura dos casos de urgência e emergência; (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
VI - reembolso, nos limites das obrigações contratuais, das
despesas efetuadas pelo beneficiário, titular ou dependente, com assistência à saúde,
em casos de urgência ou emergência, quando não for possível a utilização de
serviços próprios, contratados ou credenciados pelas operadoras definidas no art. 1o,
de acordo com a relação de preços de serviços médicos e hospitalares praticados pelo
respectivo plano, pagáveis no prazo máximo de trinta dias após a entrega à operadora
da documentação adequada;
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
VI - reembolso, em todos os tipos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nos limites das obrigações contratuais, das despesas efetuadas pelo beneficiário com assistência à saúde, em casos de urgência ou emergência, quando não for possível a utilização dos serviços próprios, contratados, credenciados ou referenciados pelas operadoras, de acordo com a relação de preços de serviços médicos e hospitalares praticados pelo respectivo produto, pagáveis no prazo máximo de trinta dias após a entrega da documentação adequada; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VII - inscrição de filho adotivo, menor de doze anos de idade, aproveitando os períodos de carência já cumpridos pelo consumidor adotante.
§ 1o Dos contratos de planos e seguros de
assistência à saúde com redução da cobertura prevista no plano ou seguro-referência,
mencionado no art. 10, deve constar:
(Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
I - declaração em
separado do consumidor contratante de que tem conhecimento da existência e
disponibilidade do aludido plano ou seguro e de que este lhe foi oferecido;
II - a cobertura às
doenças constantes na Classificação Estatística Internacional de Doenças e
Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial da Saúde.
§ 1o Após cento e vinte dias da vigência desta Lei, fica proibido o oferecimento de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei fora das segmentações de que trata este artigo, observadas suas respectivas condições de abrangência e contratação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o É obrigatória cobertura do
atendimento nos casos:
(Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
I - de emergência,
como tal definidos os que implicarem risco imediato de vida ou de lesões
irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico assistente;
II - de urgência,
assim entendidos os resultantes de acidentes pessoais ou de complicações no
processo gestacional.
§ 2o A partir de 3 de dezembro de 1999, da documentação relativa à contratação de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, nas segmentações de que trata este artigo, deverá constar declaração em separado do consumidor, de que tem conhecimento da existência e disponibilidade do plano referência, e de que este lhe foi oferecido. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o Nas hipóteses previstas no parágrafo
anterior, é vedado o estabelecimento de carências superiores a três dias úteis. (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4º As coberturas a que se referem as alíneas ‘c’ do inciso I e ‘g’ do inciso II deste artigo serão objeto de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, revisados periodicamente, ouvidas as sociedades médicas de especialistas da área, publicados pela ANS. (Incluído pela Lei nº 12.880, de 2013) (Vigência)
§ 5º
O fornecimento previsto nas alíneas ‘c’ do inciso I e ‘g’ do inciso II
deste artigo dar-se-á, por meio de rede própria, credenciada, contratada ou
referenciada, diretamente ao paciente ou ao seu representante legal, podendo ser
realizado de maneira fracionada por ciclo, observadas as normas estabelecidas
pelos órgãos reguladores e de acordo com prescrição médica.
(Incluído pela Lei nº 12.880, de
2013)
(Vigência)
§ 5º
O fornecimento previsto nas alíneas c do inciso I e g do inciso
II do caput deste artigo dar-se-á em até 10 (dez) dias após a prescrição
médica, por meio de rede própria, credenciada, contratada ou referenciada,
diretamente ao paciente ou ao seu representante legal, podendo ser realizado de
maneira fracionada por ciclo, sendo obrigatória a comprovação de que o paciente
ou seu representante legal recebeu as devidas orientações sobre o uso, a
conservação e o eventual descarte do medicamento.
(Redação dada pela Lei nº
14.307, de 2022)
Art. 13. Os contratos de planos e seguros privados de
assistência à saúde têm renovação automática a partir do vencimento do prazo
inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da
renovação.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Parágrafo único. Aos planos ou seguros individuais ou
familiares, aplicam-se as seguintes disposições:
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
I - o prazo mínimo de vigência contratual de um ano;
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
II - são vedadas:
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
a) a recontagem de carências;
b) a suspensão do
contrato e a denúncia unilateral, salvo por fraude ou não pagamento da
mensalidade por período superior a sessenta dias, a cada ano de vigência do
contrato;
c)
a denúncia unilateral durante a ocorrência de internação do titular.
Art. 13. Os contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei têm renovação automática a partir do vencimento do prazo inicial de vigência, não cabendo a cobrança de taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. Os produtos de que trata o caput, contratados individualmente, terão vigência mínima de um ano, sendo vedadas: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - a recontagem de carências; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - a suspensão ou a rescisão unilateral do contrato, salvo por fraude ou não-pagamento da mensalidade por período superior a sessenta dias, consecutivos ou não, nos últimos doze meses de vigência do contrato, desde que o consumidor seja comprovadamente notificado até o qüinquagésimo dia de inadimplência; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - a suspensão ou a rescisão
unilateral do contrato, em qualquer hipótese, durante a ocorrência de internação do
titular. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 14. Em razão da idade do consumidor, ou da condição de
pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos ou
seguros privados de assistência à saúde.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 14. Em razão da idade do consumidor, ou da condição de pessoa portadora de deficiência, ninguém pode ser impedido de participar de planos privados de assistência à saúde. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) (Vide Lei nº 12.764, de 2012)
Art. 15. É facultada a variação das contraprestações
pecuniárias estabelecidas nos contratos de planos e seguros de que trata esta Lei em
razão da idade do consumidor, desde que sejam previstas no contrato inicial as faixas
etárias e os percentuais de reajuste incidentes em cada uma delas, conforme critérios e
parâmetros gerais fixados pelo CNSP.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Parágrafo único. É vedada a variação a que alude o caput
para consumidores com mais de sessenta anos de idade, se já participarem do mesmo plano
ou seguro, ou sucessor, há mais de dez anos.
Art. 15. A variação das contraprestações pecuniárias estabelecidas nos contratos de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em razão da idade do consumidor, somente poderá ocorrer caso estejam previstas no contrato inicial as faixas etárias e os percentuais de reajustes incidentes em cada uma delas, conforme normas expedidas pela ANS, ressalvado o disposto no art. 35-E. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. É vedada a variação a que alude o caput para consumidores com mais de sessenta anos de idade, que participarem dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, ou sucessores, há mais de dez anos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 16. Dos contratos, regulamentos ou condições gerais dos
planos e seguros tratados nesta Lei devem constar dispositivos que indiquem com clareza:
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 16. Dos contratos, regulamentos ou condições gerais dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei devem constar dispositivos que indiquem com clareza: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - os períodos de carência para consultas, internações, procedimentos e exames;
IV - as faixas etárias e os percentuais a que alude o caput do art. 15;
V - as condições de perda da qualidade de
beneficiário ou segurado;
V - as condições de perda da qualidade de beneficiário; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI - os eventos cobertos e excluídos;
VII - as modalidades do plano ou seguro:
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
a) individual;
b) familiar; ou
c) coletivo;
VII - o regime, ou tipo de contratação: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
a) individual ou familiar; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
b) coletivo empresarial; ou (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
c) coletivo por adesão; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VIII - a franquia, os limites financeiros
ou o percentual de co-participação do consumidor, contratualmente previstos nas despesas
com assistência médica, hospitalar e odontológica;
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
VIII - a franquia, os limites financeiros ou o percentual de co-participação do consumidor ou beneficiário, contratualmente previstos nas despesas com assistência médica, hospitalar e odontológica; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IX - os bônus, os descontos ou os agravamentos da contraprestação pecuniária;
X - a área geográfica de abrangência do
plano ou seguro;
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
X - a área geográfica de abrangência; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
XI - os critérios de reajuste e revisão das contraprestações pecuniárias.
XII - número de registro na ANS. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 1o A todo consumidor titular de plano
individual ou familiar será obrigatoriamente entregue, quando de sua inscrição, cópia
do contrato, do regulamento ou das condições gerais do plano ou seguro privado de
assistência à saúde, além de material explicativo que descreva, em linguagem simples e
precisa, todas as suas características, direitos e obrigações.
§
2o A validade dos documentos a que alude o caput condiciona-se à
aposição da rubrica do consumidor ao lado de cada um dos dispositivos indicados nos
incisos I a XI deste artigo.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
Parágrafo único. A todo consumidor titular de plano individual ou familiar será obrigatoriamente entregue, quando de sua inscrição, cópia do contrato, do regulamento ou das condições gerais dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, além de material explicativo que descreva, em linguagem simples e precisa, todas as suas características, direitos e obrigações. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 17. A inclusão como contratados ou
credenciados dos planos privados de assistência à saúde, de qualquer hospital,
casa de saúde, clínica, laboratório ou entidade correlata ou assemelhada de
assistência à saúde implica compromisso para com os consumidores quanto à sua
manutenção ao longo da vigência dos contratos.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
Art. 17. A
inclusão como contratados, referenciados ou credenciados dos produtos de que tratam o
inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, de qualquer
entidade hospitalar, implica compromisso para com os consumidores quanto à sua
manutenção ao longo da vigência dos contratos.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 17. A inclusão de qualquer prestador de serviço de saúde como contratado, referenciado ou credenciado dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei implica compromisso com os consumidores quanto à sua manutenção ao longo da vigência dos contratos, permitindo-se sua substituição, desde que seja por outro prestador equivalente e mediante comunicação aos consumidores com 30 (trinta) dias de antecedência. (Redação dada pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 1o É facultada a substituição do
contratado ou credenciado a que se refere o caput, desde que por outro
equivalente e mediante comunicação aos consumidores com trinta dias de
antecedência
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998).
§ 1o É facultada
a substituição de entidade hospitalar, a que se refere o caput deste artigo,
desde que por outro equivalente e mediante comunicação aos consumidores e à ANS com
trinta dias de antecedência, ressalvados desse prazo mínimo os casos decorrentes de
rescisão por fraude ou infração das normas sanitárias e fiscais em vigor.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Na hipótese de a substituição a que
se refere o parágrafo anterior ocorrer durante internação do consumidor, o
estabelecimento obriga-se a mantê-lo internado e a operadora obriga-se ao pagamento das
despesas até a alta hospitalar, a critério médico, na forma do contrato. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
§ 2o Na hipótese de a substituição do estabelecimento hospitalar a que se refere o § 1o ocorrer por vontade da operadora durante período de internação do consumidor, o estabelecimento obriga-se a manter a internação e a operadora, a pagar as despesas até a alta hospitalar, a critério médico, na forma do contrato. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o Excetuam-se
do previsto no § 2o os casos de substituição do estabelecimento
hospitalar por infração às normas sanitárias em vigor, durante período de
internação, quando a operadora arcará com a responsabilidade pela transferência
imediata para outro estabelecimento equivalente, garantindo a continuação da
assistência, sem ônus adicional para o consumidor. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 4o Em caso de
redimensionamento da rede hospitalar por redução, as empresas deverão solicitar à ANS
autorização expressa para tanto, informando: (Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - nome da entidade a ser
excluída; (Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
II - capacidade operacional a ser
reduzida com a exclusão;
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
III - impacto sobre a massa
assistida, a partir de parâmetros definidos pela ANS, correlacionando a necessidade de
leitos e a capacidade operacional restante; e
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
IV - justificativa para a decisão,
observando a obrigatoriedade de manter cobertura com padrões de qualidade equivalente e
sem ônus adicional para o consumidor.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 17-A. As condições de prestação de serviços de atenção à saúde no âmbito dos planos privados de assistência à saúde por pessoas físicas ou jurídicas, independentemente de sua qualificação como contratadas, referenciadas ou credenciadas, serão reguladas por contrato escrito, estipulado entre a operadora do plano e o prestador de serviço. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 1o São alcançados pelas disposições do caput os profissionais de saúde em prática liberal privada, na qualidade de pessoa física, e os estabelecimentos de saúde, na qualidade de pessoa jurídica, que prestem ou venham a prestar os serviços de assistência à saúde a que aludem os arts. 1o e 35-F desta Lei, no âmbito de planos privados de assistência à saúde. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 2o O contrato de que trata o caput deve estabelecer com clareza as condições para a sua execução, expressas em cláusulas que definam direitos, obrigações e responsabilidades das partes, incluídas, obrigatoriamente, as que determinem: (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
I - o objeto e a natureza do contrato, com descrição de todos os serviços contratados; (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
II - a definição dos valores dos serviços contratados, dos critérios, da forma e da periodicidade do seu reajuste e dos prazos e procedimentos para faturamento e pagamento dos serviços prestados; (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
III - a identificação dos atos, eventos e procedimentos médico-assistenciais que necessitem de autorização administrativa da operadora; (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
IV - a vigência do contrato e os critérios e procedimentos para prorrogação, renovação e rescisão; (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
V - as penalidades pelo não cumprimento das obrigações estabelecidas. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 3o A periodicidade do reajuste de que trata o inciso II do § 2o deste artigo será anual e realizada no prazo improrrogável de 90 (noventa) dias, contado do início de cada ano-calendário. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 4o Na hipótese de vencido o prazo previsto no § 3o deste artigo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, quando for o caso, definirá o índice de reajuste. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 5o A ANS poderá constituir, na forma da legislação vigente, câmara técnica com representação proporcional das partes envolvidas para o adequado cumprimento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
§ 6o A ANS publicará normas regulamentares sobre o disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.003, de 2014)
Art. 18. A aceitação, por parte de qualquer prestador de
serviço ou profissional de saúde, da condição de contratado ou credenciado de uma
operadora de planos ou seguros privados de assistência à saúde, impõe-lhe as seguintes
obrigações e direitos:
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 18. A aceitação, por parte
de qualquer prestador de serviço ou profissional de saúde, da condição de contratado,
credenciado ou cooperado de uma operadora de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o
do art. 1o desta Lei, implicará as seguintes obrigações e direitos:
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 18. A aceitação, por parte de qualquer prestador de serviço ou profissional de saúde, da condição de contratado, referenciado, credenciado ou cooperado de uma operadora de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei implica as seguintes obrigações e direitos: (Redação dada pela Lei nº 13.003, de 2014)
I - o consumidor de determinada operadora, em nenhuma hipótese e sob nenhum pretexto ou alegação, pode ser discriminado ou atendido de forma distinta daquela dispensada aos clientes vinculados a outra operadora ou plano;
II - a marcação de consultas, exames e quaisquer outros procedimentos deve ser feita de forma a atender às necessidades dos consumidores, privilegiando os casos de emergência ou urgência, assim como as pessoas com mais de sessenta e cinco anos de idade, as gestantes, lactantes, lactentes e crianças até cinco anos;
III - a manutenção de relacionamento de contratação ou
credenciamento com quantas operadoras de planos ou seguros privados de assistência à
saúde desejar, sendo expressamente vedado impor contratos de exclusividade ou de
restrição à atividade profissional.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
III - a manutenção de relacionamento de contratação, credenciamento ou referenciamento com número ilimitado de operadoras, sendo expressamente vedado às operadoras, independente de sua natureza jurídica constitutiva, impor contratos de exclusividade ou de restrição à atividade profissional. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. A partir de 3 de
dezembro de 1999, os prestadores de serviço ou profissionais de saúde não poderão
manter contrato, credenciamento ou referenciamento com operadoras que não tiverem
registros para funcionamento e comercialização conforme previsto nesta Lei, sob pena de
responsabilidade por atividade irregular. (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 19. As pessoas jurídicas que, na data de vigência desta
Lei, já atuavam como operadoras de planos ou seguros privados de assistência à saúde
terão o prazo de cento e oitenta dias, contado da expedição das normas pelo CNSP, para
requererem a sua autorização de funcionamento.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Parágrafo único. O não cumprimento do disposto no caput
deste artigo implica o pagamento de multa diária fixada pelo CNSP e aplicada pela SUSEP
às operadoras de planos e seguros de que trata esta Lei.
Art. 19. Para requerer a autorização definitiva de funcionamento, as pessoas jurídicas que já atuavam como operadoras ou administradoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, terão prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação da regulamentação específica pela ANS. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o Até que sejam
expedidas as normas de registro, serão mantidos registros provisórios das pessoas
jurídicas e dos produtos na ANS, com a finalidade de autorizar a comercialização ou
operação dos produtos a que alude o caput, a partir de 2 de janeiro de 1999. (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Para o
registro provisório, as operadoras ou administradoras dos produtos a que alude o caput
deverão apresentar à ANS as informações requeridas e os seguintes documentos,
independentemente de outros que venham a ser exigidos: (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - registro do instrumento de constituição da pessoa jurídica; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - nome fantasia; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - CNPJ; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - endereço; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - telefone, fax e e-mail; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI - principais dirigentes da pessoa jurídica e nome dos cargos que ocupam. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o Para
registro provisório dos produtos a serem comercializados, deverão ser apresentados à
ANS os seguintes dados: (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - razão social da operadora ou da administradora; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - CNPJ da operadora ou da administradora; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - nome do produto; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - segmentação da assistência (ambulatorial, hospitalar com obstetrícia, hospitalar sem obtetrícia, odontológica e referência); (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - tipo de contratação (individual/familiar, coletivo empresarial e coletivo por adesão); (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VI - âmbito geográfico de cobertura; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VII - faixas etárias e respectivos preços; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
VIII - rede hospitalar própria por Município (para segmentações hospitalar e referência); (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IX - rede hospitalar contratada ou referenciada por Município (para segmentações hospitalar e referência); (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
X - outros documentos e informações que venham a ser solicitados pela ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4o Os
procedimentos administrativos para registro provisório dos produtos serão tratados em
norma específica da ANS. (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 5o Independentemente
do cumprimento, por parte da operadora, das formalidades do registro provisório, ou da
conformidade dos textos das condições gerais ou dos instrumentos contratuais, ficam
garantidos, a todos os usuários de produtos a que alude o caput, contratados a
partir de 2 de janeiro de 1999, todos os benefícios de acesso e cobertura previstos nesta
Lei e em seus regulamentos, para cada segmentação definida no art. 12.
(Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o O
não-cumprimento do disposto neste artigo implica o pagamento de multa diária no valor de
R$ 10.000,00 (dez mil reais) aplicada às operadoras dos produtos de que tratam o
inciso I e o § 1o do art. 1o. (Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 7o As pessoas
jurídicas que forem iniciar operação de comercialização de planos privados de
assistência à saúde, a partir de 8 de dezembro de 1998, estão sujeitas aos registros
de que trata o § 1o deste artigo.
(Vide Medida Provisória nº
1.730-7, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 20. As operadoras de planos ou seguros de que trata esta Lei
são obrigadas a fornecer periodicamente ao Ministério da Saúde e à SUSEP informações
e estatísticas, incluídas as de natureza cadastral, que permitam a identificação de
seus consumidores, e de seus dependentes, consistentes de seus nomes, inscrições no
Cadastro de Pessoas Físicas dos titulares e Municípios onde residem, para fins do
disposto no art. 32.
(Vide Medida Provisória nº
1.908-17, de 1999)
Parágrafo único. Os servidores da SUSEP, no
exercício de suas atividades, têm livre acesso às operadoras de planos privados de
assistência à saúde, podendo requisitar e apreender livros, notas técnicas, processos
e documentos, caracterizando-se como embaraço à fiscalização, sujeito às penas
previstas na lei, qualquer dificuldade oposta à consecução desse objetivo. (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 20. As operadoras de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei são obrigadas a fornecer, periodicamente, à ANS todas as informações e estatísticas relativas as suas atividades, incluídas as de natureza cadastral, especialmente aquelas que permitam a identificação dos consumidores e de seus dependentes, incluindo seus nomes, inscrições no Cadastro de Pessoas Físicas dos titulares e Municípios onde residem, para fins do disposto no art. 32. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o Os agentes,
especialmente designados pela ANS, para o exercício das atividades de fiscalização e
nos limites por ela estabelecidos, têm livre acesso às operadoras, podendo requisitar e
apreender processos, contratos, manuais de rotina operacional e demais documentos,
relativos aos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o
desta Lei. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Renumerado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Caracteriza-se
como embaraço à fiscalização, sujeito às penas previstas na lei, a imposição de
qualquer dificuldade à consecução dos objetivos da fiscalização, de que trata o § 1o
deste artigo. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 21. É vedado às operadoras de planos privados de assistência à saúde realizar quaisquer operações financeiras:
I - com seus diretores e membros dos conselhos administrativos, consultivos, fiscais ou assemelhados, bem como com os respectivos cônjuges e parentes até o segundo grau, inclusive;
II - com empresa de que participem as pessoas a que se refere o
inciso anterior, desde que estas sejam, em conjunto ou isoladamente, consideradas como
controladora da empresa.
(Vide Medida Provisória nº
1.801-14, de 1999)
II - com empresa de que participem as pessoas a que se refere o inciso I, desde que estas sejam, em conjunto ou isoladamente, consideradas como controladoras da empresa. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 22. As operadoras de planos privados de assistência à saúde submeterão suas contas a auditores independentes, registrados no respectivo Conselho Regional de Contabilidade e na Comissão de Valores Mobiliários - CVM, publicando, anualmente, o parecer respectivo, juntamente com as demonstrações financeiras determinadas pela Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.
Parágrafo único. A auditoria independente também poderá ser
exigida quanto aos cálculos atuariais, elaborados segundo normas definidas pelo CNSP.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 1o A auditoria independente também poderá ser exigida quanto aos cálculos atuariais, elaborados segundo diretrizes gerais definidas pelo CONSU. (Renumerado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o As operadoras com número de beneficiários inferior a vinte mil usuários ficam dispensadas da publicação do parecer do auditor e das demonstrações financeiras, devendo, a ANS, dar-lhes publicidade. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 23. As operadoras de planos privados de
assistência à saúde não podem requerer concordata e não estão sujeitas a falência,
mas tão-somente ao regime de liquidação extrajudicial, previsto no Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro
de 1966. (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 23. As operadoras de planos privados de assistência à saúde não podem requerer concordata e não estão sujeitas a falência ou insolvência civil, mas tão-somente ao regime de liquidação extrajudicial. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o As operadoras sujeitar-se-ão ao regime de falência ou insolvência civil quando, no curso da liquidação extrajudicial, forem verificadas uma das seguintes hipóteses: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - o ativo da massa liquidanda não for suficiente para o pagamento de pelo menos a metade dos créditos quirografários; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - o ativo realizável da massa liquidanda não for suficiente, sequer, para o pagamento das despesas administrativas e operacionais inerentes ao regular processamento da liquidação extrajudicial; ou (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - nas hipóteses de fundados indícios de condutas previstas nos arts. 186 a 189 do Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o Para efeito desta Lei, define-se ativo realizável como sendo todo ativo que possa ser convertido em moeda corrente em prazo compatível para o pagamento das despesas administrativas e operacionais da massa liquidanda. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o À vista do relatório do liquidante extrajudicial, e em se verificando qualquer uma das hipóteses previstas nos incisos I, II ou III do § 1o deste artigo, a ANS poderá autorizá-lo a requerer a falência ou insolvência civil da operadora. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4o A distribuição do requerimento produzirá imediatamente os seguintes efeitos: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
I - a manutenção da suspensão dos prazos judiciais em relação à massa liquidanda; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - a suspensão dos procedimentos administrativos de liquidação extrajudicial, salvo os relativos à guarda e à proteção dos bens e imóveis da massa; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - a manutenção da indisponibilidade dos bens dos administradores, gerentes, conselheiros e assemelhados, até posterior determinação judicial; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - prevenção do juízo que emitir o primeiro despacho em relação ao pedido de conversão do regime. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 5o A ANS, no caso previsto no inciso II do § 1o deste artigo, poderá, no período compreendido entre a distribuição do requerimento e a decretação da falência ou insolvência civil, apoiar a proteção dos bens móveis e imóveis da massa liquidanda. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 6o O liquidante enviará ao juízo prevento o rol das ações judiciais em curso cujo andamento ficará suspenso até que o juiz competente nomeie o síndico da massa falida ou o liquidante da massa insolvente. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 24. Sempre que ocorrer insuficiência nas garantias a que
alude o inciso VII do art. 3o, ou anormalidades econômico-financeiras
ou administrativas graves, em qualquer operadora de planos privados de assistência à
saúde, a SUSEP poderá nomear, por prazo não superior a cento e oitenta dias, um
diretor-fiscal com as atribuições que serão fixadas de acordo com as normas baixadas
pelo CNSP.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 1o O descumprimento das determinações do
diretor-fiscal por administradores, conselheiros ou empregados da operadora de planos
privados de assistência à saúde acarretará o imediato afastamento do infrator, sem
prejuízo das sanções penais cabíveis, assegurado o direito ao contraditório, sem
efeito suspensivo, para o CNSP.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 2o Os administradores da operadora que se
encontrar em regime de direção fiscal serão suspensos do exercício de suas funções a
partir do momento em que for instaurado processo-crime por atos ou fatos relativos à
respectiva gestão, perdendo imediatamente o cargo na hipótese de condenação judicial
transitada em julgado.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 3o No prazo que lhe for designado, o
diretor-fiscal procederá à análise da organização administrativa e da situação
econômico-financeira da operadora e proporá à SUSEP as medidas cabíveis conforme
previsto nesta Lei.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 4o O diretor-fiscal poderá propor a
transformação do regime de direção em liquidação extrajudicial.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
§ 5o No caso de não surtirem efeitos as
medidas especiais para recuperação econômico-financeira, a SUSEP promoverá, no prazo
máximo de noventa dias, a alienação por leilão da carteira das operadoras de planos e
seguros privados de assistência à saúde.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 24. Sempre que detectadas nas operadoras sujeitas à disciplina desta Lei insuficiência das garantias do equilíbrio financeiro, anormalidades econômico-financeiras ou administrativas graves que coloquem em risco a continuidade ou a qualidade do atendimento à saúde, a ANS poderá determinar a alienação da carteira, o regime de direção fiscal ou técnica, por prazo não superior a trezentos e sessenta e cinco dias, ou a liquidação extrajudicial, conforme a gravidade do caso. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O
descumprimento das determinações do diretor-fiscal ou técnico, e do liquidante, por
dirigentes, administradores, conselheiros ou empregados da operadora de planos privados de
assistência à saúde acarretará o imediato afastamento do infrator, por decisão da
ANS, sem prejuízo das sanções penais cabíveis, assegurado o direito ao contraditório,
sem que isto implique efeito suspensivo da decisão administrativa que determinou o
afastamento. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o A ANS, ex
officio ou por recomendação do diretor técnico ou fiscal ou do liquidante, poderá,
em ato administrativo devidamente motivado, determinar o afastamento dos diretores,
administradores, gerentes e membros do conselho fiscal da operadora sob regime de
direção ou em liquidação. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o No prazo que
lhe for designado, o diretor-fiscal ou técnico procederá à análise da organização
administrativa e da situação econômico-financeira da operadora, bem assim da qualidade
do atendimento aos consumidores, e proporá à ANS as medidas cabíveis.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 4o O
diretor-fiscal ou técnico poderá propor a transformação do regime de direção em
liquidação extrajudicial. (Redação dada
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 5o A ANS
promoverá, no prazo máximo de noventa dias, a alienação da carteira das operadoras de
planos privados de assistência à saúde, no caso de não surtirem efeito as medidas por
ela determinadas para sanar as irregularidades ou nas situações que impliquem risco para
os consumidores participantes da carteira.
(Redação
dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 24-A. Os administradores das operadoras de planos privados de assistência à saúde em regime de direção fiscal ou liquidação extrajudicial, independentemente da natureza jurídica da operadora, ficarão com todos os seus bens indisponíveis, não podendo, por qualquer forma, direta ou indireta, aliená-los ou onerá-los, até apuração e liquidação final de suas responsabilidades. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o A
indisponibilidade prevista neste artigo decorre do ato que decretar a direção fiscal ou
a liquidação extrajudicial e atinge a todos aqueles que tenham estado no exercício das
funções nos doze meses anteriores ao mesmo ato.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Na
hipótese de regime de direção fiscal, a indisponibilidade de bens a que se refere o caput
deste artigo poderá não alcançar os bens dos administradores, por deliberação
expressa da Diretoria Colegiada da ANS.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o A
ANS, ex officio ou por recomendação do diretor fiscal ou do liquidante, poderá
estender a indisponibilidade prevista neste artigo:
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - aos bens de gerentes, conselheiros e aos de todos aqueles que tenham concorrido, no período previsto no § 1o, para a decretação da direção fiscal ou da liquidação extrajudicial; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - aos bens adquiridos, a qualquer título, por terceiros, no período previsto no § 1o, das pessoas referidas no inciso I, desde que configurada fraude na transferência. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 4o Não
se incluem nas disposições deste artigo os bens considerados inalienáveis ou
impenhoráveis pela legislação em vigor.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 5o A
indisponibilidade também não alcança os bens objeto de contrato de alienação, de
promessa de compra e venda, de cessão ou promessa de cessão de direitos, desde que os
respectivos instrumentos tenham sido levados ao competente registro público,
anteriormente à data da decretação da direção fiscal ou da liquidação
extrajudicial.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o Os administradores
das operadoras de planos privados de assistência à saúde respondem solidariamente pelas
obrigações por eles assumidas durante sua gestão até o montante dos prejuízos
causados, independentemente do nexo de causalidade.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 24-B. A Diretoria Colegiada definirá as atribuições e competências do diretor técnico, diretor fiscal e do responsável pela alienação de carteira, podendo ampliá-las, se necessário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 24-C. Os créditos decorrentes da prestação de serviços de assistência privada à saúde preferem a todos os demais, exceto os de natureza trabalhista e tributários. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 24-D. Aplica-se à liquidação extrajudicial das operadoras de planos privados de assistência à saúde e ao disposto nos arts. 24-A e 35-I, no que couber com os preceitos desta Lei, o disposto na Lei no 6.024, de 13 de março de 1974, no Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945, no Decreto-Lei no 41, de 18 de novembro de 1966, e no Decreto-Lei no 73, de 21 de novembro de 1966, conforme o que dispuser a ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 25. As infrações dos dispositivos desta Lei sujeitam a
operadora de planos ou seguros privados de assistência à saúde, seus administradores,
membros de conselhos administrativos, deliberativos, consultivos, fiscais e assemelhados
às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabelecidas na legislação vigente:
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 25. As infrações dos dispositivos desta Lei e de seus regulamentos, bem como aos dispositivos dos contratos firmados, a qualquer tempo, entre operadoras e usuários de planos privados de assistência à saúde, sujeitam a operadora dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, seus administradores, membros de conselhos administrativos, deliberativos, consultivos, fiscais e assemelhados às seguintes penalidades, sem prejuízo de outras estabelecidas na legislação vigente: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001) (Vigência)
III - suspensão do exercício do cargo;
IV - inabilitação temporária para exercício de cargos em
operadoras de planos ou seguros de assistência à saúde;
IV - inabilitação temporária para exercício de cargos em operadoras de planos de assistência à saúde; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - inabilitação permanente para exercício de cargos de direção ou em conselhos das operadoras a que se refere esta Lei, bem como em entidades de previdência privada, sociedades seguradoras, corretoras de seguros e instituições financeiras.
VI - cancelamento da autorização de
funcionamento e alienação da carteira da operadora. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 26. Os administradores e membros dos conselhos
administrativos, deliberativos, consultivos, fiscais e assemelhados das operadoras de que
trata esta Lei respondem solidariamente pelos prejuízos causados a terceiros, inclusive
aos acionistas, cotistas, cooperados e consumidores, conforme o caso, em conseqüência do
descumprimento de leis, normas e instruções referentes às operações previstas na
legislação e, em especial, pela falta de constituição e cobertura das garantias
obrigatórias referidas no inciso VII do art. 3o.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 26. Os administradores e membros dos conselhos administrativos, deliberativos, consultivos, fiscais e assemelhados das operadoras de que trata esta Lei respondem solidariamente pelos prejuízos causados a terceiros, inclusive aos acionistas, cotistas, cooperados e consumidores de planos privados de assistência à saúde, conforme o caso, em conseqüência do descumprimento de leis, normas e instruções referentes às operações previstas na legislação e, em especial, pela falta de constituição e cobertura das garantias obrigatórias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 27. As multas serão fixadas pelo CNSP e
aplicadas pela SUSEP, em função da gravidade da infração, até o limite de R$
50.000,00 (cinqüenta mil reais), ressalvado o disposto no parágrafo único do
art. 19 desta Lei.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Parágrafo único. As multas constituir-se-ão em receitas da
SUSEP.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998) (Vide Medida Provisória nº 1.908-20, de
1999) (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 27. A multa de que trata o art. 25 será fixada e aplicada pela ANS no âmbito de suas atribuições, com valor não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de acordo com o porte econômico da operadora ou prestadora de serviço e a gravidade da infração, ressalvado o disposto no § 6o do art. 19. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 28. Das decisões da SUSEP caberá recurso ao CNSP, no prazo
de quinze dias, contado a partir do recebimento da intimação. (Vide Medida Provisória nº 1.908-20, de
1999)
(Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 29. As infrações serão apuradas
mediante processo administrativo que tenha por base o auto de infração, a
representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, cabendo ao CNSP dispor
sobre normas para instauração, recursos e seus efeitos, instâncias, prazos, perempção
e outros atos processuais, assegurando-se à parte contrária amplo direito de defesa e ao
contraditório.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
Art. 29. As infrações serão apuradas mediante processo administrativo que tenha por base o auto de infração, a representação ou a denúncia positiva dos fatos irregulares, cabendo à ANS dispor sobre normas para instauração, recursos e seus efeitos, instâncias e prazos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O processo
administrativo, antes de aplicada a penalidade, poderá, a título excepcional, ser
suspenso, pela ANS, se a operadora ou prestadora de serviço assinar termo de compromisso
de ajuste de conduta, perante a diretoria colegiada, que terá eficácia de título
executivo extrajudicial, obrigando-se a:
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - cessar a prática de atividades ou atos objetos da apuração; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - corrigir as irregularidades, inclusive indenizando os prejuízos delas decorrentes. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 2o O termo de
compromisso de ajuste de conduta conterá, necessariamente, as seguintes cláusulas:
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - obrigações do compromissário de fazer cessar a prática objeto da apuração, no prazo estabelecido; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - valor da multa a ser imposta no caso de descumprimento, não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) de acordo com o porte econômico da operadora ou da prestadora de serviço. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 3o A assinatura
do termo de compromisso de ajuste de conduta não importa confissão do compromissário
quanto à matéria de fato, nem reconhecimento de ilicitude da conduta em apuração.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 4o O
descumprimento do termo de compromisso de ajuste de conduta, sem prejuízo da aplicação
da multa a que se refere o inciso II do § 2o, acarreta a revogação da
suspensão do processo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 5o Cumpridas as
obrigações assumidas no termo de compromisso de ajuste de conduta, será extinto o
processo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o Suspende-se
a prescrição durante a vigência do termo de compromisso de ajuste de conduta.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 7o Não poderá
ser firmado termo de compromisso de ajuste de conduta quando tiver havido descumprimento
de outro termo de compromisso de ajuste de conduta nos termos desta Lei, dentro do prazo
de dois anos.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 8o O termo de
compromisso de ajuste de conduta deverá ser publicado no Diário Oficial da União.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 9o A ANS
regulamentará a aplicação do disposto nos §§ 1o a 7o
deste artigo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 29-A. A ANS poderá celebrar com as operadoras termo de compromisso, quando houver interesse na implementação de práticas que consistam em vantagens para os consumidores, com vistas a assegurar a manutenção da qualidade dos serviços de assistência à saúde. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O
termo de compromisso referido no caput não poderá implicar restrição de
direitos do usuário. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Na
definição do termo de que trata este artigo serão considerados os critérios de
aferição e controle da qualidade dos serviços a serem oferecidos pelas operadoras.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o O
descumprimento injustificado do termo de compromisso poderá importar na aplicação da
penalidade de multa a que se refere o inciso II, § 2o, do art. 29
desta Lei.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 30. Ao consumidor que contribuir para
plano ou seguro privado coletivo de assistência à saúde, decorrente de vínculo
empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do contrato de trabalho sem justa
causa, é assegurado o direito de manter sua condição de beneficiário, nas mesmas
condições de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma
também o pagamento da parcela anteriormente de responsabilidade patronal.
Art. 30. Ao consumidor que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do contrato de trabalho sem justa causa, é assegurado o direito de manter sua condição de beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O período de
manutenção da condição de beneficiário a que se refere o caput será de um
terço do tempo de permanência no plano ou seguro, ou sucessor, com um mínimo assegurado
de seis meses e um máximo de vinte e quatro meses.
(Vide Medida Provisória nº
1.801-11, de 1999)
§ 1o O período
de manutenção da condição de beneficiário a que se refere o caput será de um
terço do tempo de permanência nos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o
do art. 1o, ou sucessores, com um mínimo assegurado de seis meses e um
máximo de vinte e quatro meses.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§
2o A manutenção de que trata este artigo é extensiva,
obrigatoriamente, a todo o grupo familiar inscrito quando da vigência do contrato de
trabalho.
§
3o Em caso de morte do titular, o direito de permanência é assegurado
aos dependentes cobertos pelo plano ou seguro privado coletivo de assistência à saúde,
nos termos do disposto neste artigo.
§
4o O direito assegurado neste artigo não exclui vantagens obtidas pelos
empregados decorrentes de negociações coletivas de trabalho.
§ 5o A
condição prevista no caput deste artigo deixará de existir quando da admissão
do consumidor titular em novo emprego. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o Nos planos
coletivos custeados integralmente pela empresa, não é considerada contribuição a
co-participação do consumidor, única e exclusivamente, em procedimentos, como fator de
moderação, na utilização dos serviços de assistência médica ou hospitalar. (Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 31. Ao aposentado que contribuir para
plano ou seguro coletivo de assistência à saúde, decorrente de vínculo empregatício,
pelo prazo mínimo de dez anos, é assegurado o direito de manutenção como
beneficiário, nas mesmas condições de que gozava quando da vigência do contrato de
trabalho, desde que assuma o pagamento integral do mesmo.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Art. 31. Ao aposentado que contribuir para produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, pelo prazo mínimo de dez anos, é assegurado o direito de manutenção como beneficiário, nas mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento integral. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o Ao aposentado que
contribuir para plano ou seguro coletivos de assistência à saúde por período inferior
ao estabelecido no caput é assegurado o direito de manutenção como
beneficiário, à razão de um ano para cada ano de contribuição, desde que assuma o
pagamento integral do mesmo.
§ 1o Ao
aposentado que contribuir para planos coletivos de assistência à saúde por período
inferior ao estabelecido no caput é assegurado o direito de manutenção como
beneficiário, à razão de um ano para cada ano de contribuição, desde que assuma o
pagamento integral do mesmo. (Vide Medida Provisória nº 1.908-20, de
1999)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Cálculos
periódicos para ajustes técnicos atuariais das mensalidades dos planos ou seguros
coletivos considerarão todos os beneficiários neles incluídos, sejam eles ativos ou
aposentados.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
§ 2o Para gozo do
direito assegurado neste artigo, observar-se-ão as mesmas condições estabelecidas nos
§§ 2o, 3o, 4o, 5o
e 6o do art. 30.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-20, de
1999)
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§
3o Para gozo do direito assegurado neste artigo, observar-se-ão as
mesmas condições estabelecidas nos §§ 2o e 4o do
art. 30.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras a
que alude o art. 1o os serviços de atendimento à saúde previstos nos
respectivos contratos, prestados a seus consumidores e respectivos dependentes, em
instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema
Único de Saúde - SUS.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
§ 1o O ressarcimento a
que se refere o caput será efetuado pelas operadoras diretamente à entidade
prestadora de serviços, quando esta possuir personalidade jurídica própria, ou ao SUS,
nos demais casos, mediante tabela a ser aprovada pelo CNSP, cujos valores não serão
inferiores aos praticados pelo SUS e não superiores aos praticados pelos planos e
seguros.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
§ 2o Para a efetivação
do ressarcimento, a entidade prestadora ou o SUS, por intermédio do Ministério da
Saúde, conforme o caso, enviará à operadora a discriminação dos procedimentos
realizados para cada consumidor.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
§ 3o A operadora
efetuará o ressarcimento até o trigésimo dia após a apresentação da fatura,
creditando os valores correspondentes à entidade prestadora ou ao Fundo Nacional de
Saúde, conforme o caso.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
§ 4o O CNSP, ouvida a
Câmara de Saúde Suplementar, fixará normas aplicáveis aos processos de glosa dos
procedimentos encaminhados conforme previsto no § 2o deste artigo.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, de acordo com normas a serem definidas pela ANS, os serviços de atendimento à saúde previstos nos respectivos contratos, prestados a seus consumidores e respectivos dependentes, em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema Único de Saúde - SUS. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O
ressarcimento a que se refere o caput será efetuado pelas operadoras à entidade
prestadora de serviços, quando esta possuir personalidade jurídica própria, e ao SUS,
mediante tabela de procedimentos a ser aprovada pela ANS.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 1o O ressarcimento será efetuado pelas operadoras ao SUS com base em regra de valoração aprovada e divulgada pela ANS, mediante crédito ao Fundo Nacional de Saúde - FNS. (Redação dada pela Lei nº 12.469, de 2011)
§ 2o Para a
efetivação do ressarcimento, a ANS disponibilizará às operadoras a discriminação dos
procedimentos realizados para cada consumidor.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o A operadora
efetuará o ressarcimento até o décimo quinto dia após a apresentação da cobrança
pela ANS, creditando os valores correspondentes à entidade prestadora ou ao respectivo
fundo de saúde, conforme o caso.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o A operadora efetuará o ressarcimento até o 15o (décimo quinto) dia da data de recebimento da notificação de cobrança feita pela ANS. (Redação dada pela Lei nº 12.469, de 2011)
§ 4o O
ressarcimento não efetuado no prazo previsto no § 3o será cobrado com
os seguintes acréscimos:
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - juros de mora contados do mês seguinte ao do vencimento, à razão de um por cento ao mês ou fração; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - multa de mora de dez por cento (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 5o Os valores
não recolhidos no prazo previsto no § 3o serão inscritos em dívida
ativa da ANS, a qual compete a cobrança judicial dos respectivos créditos. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o O produto da
arrecadação dos juros e da multa de mora serão revertidos ao Fundo Nacional de Saúde.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 7o A ANS
fixará normas aplicáveis ao processo de glosa ou impugnação dos procedimentos
encaminhados, conforme previsto no § 2o deste artigo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 7o
A ANS disciplinará o processo de glosa ou impugnação dos procedimentos
encaminhados, conforme previsto no § 2o deste artigo,
cabendo-lhe, inclusive, estabelecer procedimentos para cobrança dos
valores a serem ressarcidos.
(Redação dada pela Lei nº
12.469, de 2011)
§ 8o Os valores a
serem ressarcidos não serão inferiores aos praticados pelo SUS e nem superiores aos
praticados pelas operadoras de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o
do art. 1o desta Lei.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 9o
Os valores a que se referem os §§ 3o e 6o
deste artigo não serão computados para fins de aplicação dos recursos
mínimos nas ações e serviços públicos de saúde nos termos da Constituição
Federal.
(Incluído pela Lei nº
12.469, de 2011)
Art. 33. Havendo indisponibilidade de leito hospitalar nos estabelecimentos próprios ou credenciados pelo plano, é garantido ao consumidor o acesso à acomodação, em nível superior, sem ônus adicional.
Art. 34. As entidades que executam outras
atividades além das abrangidas por esta Lei podem constituir pessoas jurídicas
independentes, com ou sem fins lucrativos, especificamente para operar planos de
assistência à saúde, na forma da legislação em vigor e em especial desta Lei e de
seus regulamentos.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
Art. 34. As pessoas jurídicas que executam outras atividades além das abrangidas por esta Lei deverão, na forma e no prazo definidos pela ANS, constituir pessoas jurídicas independentes, com ou sem fins lucrativos, especificamente para operar planos privados de assistência à saúde, na forma da legislação em vigor e em especial desta Lei e de seus regulamentos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o O disposto no caput não se aplica às entidades de autogestão constituídas sob a forma de fundação, de sindicato ou de associação que, na data da publicação desta Lei, já exerciam outras atividades em conjunto com as relacionadas à assistência à saúde, nos termos dos pertinentes estatutos sociais. (Incluído pela Lei nº 13.127, de 2015)
§ 2o As entidades de que trata o § 1o poderão, desde que a hipótese de segregação da finalidade estatutária esteja prevista ou seja assegurada pelo órgão interno competente, constituir filial ou departamento com número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica sequencial ao da pessoa jurídica principal. (Incluído pela Lei nº 13.127, de 2015)
§ 3o As entidades de que trata o § 1o que optarem por proceder de acordo com o previsto no § 2o assegurarão condições para sua adequada segregação patrimonial, administrativa, financeira e contábil. (Incluído pela Lei nº 13.127, de 2015)
Art. 35. Aplicam-se as disposições desta Lei
a todos os contratos celebrados a partir de sua vigência, assegurada ao consumidor com
contrato já em curso a possibilidade de optar pelo sistema previsto nesta Lei.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
Art. 35. Aplicam-se as disposições desta Lei a todos os contratos celebrados a partir de sua vigência, assegurada aos consumidores com contratos anteriores, bem como àqueles com contratos celebrados entre 2 de setembro de 1998 e 1o de janeiro de 1999, a possibilidade de optar pela adaptação ao sistema previsto nesta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
§ 1o No prazo de até
noventa dias a partir da obtenção da autorização de funcionamento prevista no art. 19,
as operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde adaptarão aos termos
desta legislação todos os contratos celebrados com seus consumidores.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
§ 1o Sem
prejuízo do disposto no art. 35-E, a adaptação dos contratos de que trata este artigo
deverá ser formalizada em termo próprio, assinado pelos contratantes, de acordo com as
normas a serem definidas pela ANS.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o A adaptação dos
contratos a que se refere o parágrafo anterior não implica prejuízo ao consumidor no
que concerne à contagem dos períodos de carência, dos prazos para atendimento de
doenças preexistentes e dos prazos de aquisição dos benefícios previstos nos arts. 30
e 31 desta Lei, observados os limites de cobertura previstos no contrato original.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de
1998)
§ 2o Quando a
adaptação dos contratos incluir aumento de contraprestação pecuniária, a composição
da base de cálculo deverá ficar restrita aos itens correspondentes ao aumento de
cobertura, e ficará disponível para verificação pela ANS, que poderá determinar sua
alteração quando o novo valor não estiver devidamente justificado.
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o A
adaptação dos contratos não implica nova contagem dos períodos de carência e dos
prazos de aquisição dos benefícios previstos nos arts. 30 e 31 desta Lei, observados,
quanto aos últimos, os limites de cobertura previstos no contrato original.
(Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 4o Nenhum
contrato poderá ser adaptado por decisão unilateral da empresa operadora. (Vide Medida Provisória nº
1.908-17, de 1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 5o A
manutenção dos contratos originais pelos consumidores não-optantes tem caráter
personalíssimo, devendo ser garantida somente ao titular e a seus dependentes já
inscritos, permitida inclusão apenas de novo cônjuge e filhos, e vedada a transferência
da sua titularidade, sob qualquer pretexto, a terceiros. (Vide Medida Provisória nº
1.908-17, de 1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o Os
produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o
desta Lei, contratados até 1o de janeiro de 1999, deverão permanecer
em operação, por tempo indeterminado, apenas para os consumidores que não optarem pela
adaptação às novas regras, sendo considerados extintos para fim de comercialização. (Vide Medida Provisória nº
1.908-17, de 1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 7o Às pessoas
jurídicas contratantes de planos coletivos, não-optantes pela adaptação prevista neste
artigo, fica assegurada a manutenção dos contratos originais, nas coberturas
assistenciais neles pactuadas.
(Vide Medida Provisória nº
1.908-17, de 1999) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 8o A ANS
definirá em norma própria os procedimentos formais que deverão ser adotados pelas
empresas para a adatação dos contratos de que trata este artigo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-A. Fica criado o
Conselho de Saúde Suplementar - CONSU, órgão colegiado integrante da
estrutura regimental do Ministério da Saúde, com competência para: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001) (Vigência)
I - estabelecer e supervisionar a execução de políticas e diretrizes gerais do setor de saúde suplementar; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - aprovar o contrato de gestão da ANS; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - supervisionar e acompanhar as ações e o funcionamento da ANS; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - fixar diretrizes gerais para implementação no setor de saúde suplementar sobre: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
a) aspectos econômico-financeiros; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
b) normas de contabilidade, atuariais e estatísticas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
c) parâmetros quanto ao capital e ao patrimônio líquido mínimos, bem assim quanto às formas de sua subscrição e realização quando se tratar de sociedade anônima; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
d) critérios de constituição de garantias de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, consistentes em bens, móveis ou imóveis, ou fundos especiais ou seguros garantidores; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
e) criação de fundo, contratação de seguro garantidor ou outros instrumentos que julgar adequados, com o objetivo de proteger o consumidor de planos privados de assistência à saúde em caso de insolvência de empresas operadoras; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - deliberar sobre a criação de câmaras técnicas, de caráter consultivo, de forma a subsidiar suas decisões. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Parágrafo único. A ANS fixará as normas sobre as matérias previstas no inciso IV deste artigo, devendo adequá-las, se necessário, quando houver diretrizes gerais estabelecidas pelo CONSU. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 35-B. O CONSU será
integrado pelos seguintes Ministros de Estado: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998) (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001) (Vigência)
(composição: vide Dec.4.044, de
2001)
I - Chefe da Casa Civil da Presidência da República, na qualidade de Presidente; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
II - da Saúde; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
III - da Fazenda; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
IV - da Justiça; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
V - do Planejamento, Orçamento e
Gestão. (Vide Medida Provisória nº 1.685-5, de
1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 1o O
Conselho deliberará mediante resoluções, por maioria de votos, cabendo ao Presidente a
prerrogativa de deliberar nos casos de urgência e relevante interesse, ad referendum
dos demais membros.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 2o Quando
deliberar ad referendum do Conselho, o Presidente submeterá a decisão ao
Colegiado na primeira reunião que se seguir àquela deliberação.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 3o O
Presidente do Conselho poderá convidar Ministros de Estado, bem assim outros
representantes de órgãos públicos, para participar das reuniões, não lhes sendo
permitido o direito de voto.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 4o O
Conselho reunir-se-á sempre que for convocado por seu Presidente.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 5o O
regimento interno do CONSU será aprovado por decreto do Presidente da República.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 6o As
atividades de apoio administrativo ao CONSU serão prestadas pela ANS.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
§ 7o O
Presidente da ANS participará, na qualidade de Secretário, das reuniões do CONSU.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-C. É obrigatória a
cobertura do atendimento nos casos: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do atendimento nos casos: (Redação dada pela Lei nº 11.935, de 2009)
I - de emergência, como tal definidos os que
implicarem risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente,
caracterizada em declaração do médico assistente; e
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
I - de emergência, como tal definidos os que implicarem risco imediato de vida ou de lesões irreparáveis para o paciente, caracterizado em declaração do médico assistente; (Redação dada pela Lei nº 11.935, de 2009)
II - de urgência, assim entendidos
os resultantes de acidentes pessoais ou de complicações no processo gestacional.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
II - de urgência, assim entendidos os resultantes de acidentes pessoais ou de complicações no processo gestacional; (Redação dada pela Lei nº 11.935, de 2009)
III - de planejamento familiar. (Incluído pela Lei nº 11.935, de 2009)
Parágrafo único. A ANS fará publicar normas regulamentares para o disposto neste artigo, observados os termos de adaptação previstos no art. 35. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 35-D. As
multas a serem aplicadas pela ANS em decorrência da competência fiscalizadora e
normativa estabelecida nesta Lei e em seus regulamentos serão recolhidas à conta daquela
Agência, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por infração,
ressalvado o disposto no § 6o do art. 19 desta Lei. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001) (Vigência)
Art. 35-E. A partir de 5 de
junho de 1998, fica estabelecido para os contratos celebrados anteriormente à data de
vigência desta Lei que: (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001) (Vigência)
(Vide ADI nº 1.931)
I - qualquer variação na
contraprestação pecuniária para consumidores com mais de sessenta anos de idade estará
sujeita à autorização prévia da ANS;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
II - a alegação de doença ou
lesão preexistente estará sujeita à prévia regulamentação da matéria pela ANS;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
III - é vedada a suspensão ou a
rescisão unilateral do contrato individual ou familiar de produtos de que tratam o inciso
I e o § 1o do art. 1o desta Lei por parte da
operadora, salvo o disposto no inciso II do parágrafo único do art. 13 desta Lei;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
IV - é vedada a interrupção de
internação hospitalar em leito clínico, cirúrgico ou em centro de terapia intensiva ou
similar, salvo a critério do médico assistente.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
§ 1o Os
contratos anteriores à vigência desta Lei, que estabeleçam reajuste por mudança de
faixa etária com idade inicial em sessenta anos ou mais, deverão ser adaptados, até 31
de outubro de 1999, para repactuação da cláusula de reajuste, observadas as seguintes
disposições:
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
I - a repactuação será garantida
aos consumidores de que trata o parágrafo único do art. 15, para as mudanças de faixa
etária ocorridas após a vigência desta Lei, e limitar-se-á à diluição da
aplicação do reajuste anteriormente previsto, em reajustes parciais anuais, com adoção
de percentual fixo que, aplicado a cada ano, permita atingir o reajuste integral no
início do último ano da faixa etária considerada;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
II - para aplicação da fórmula
de diluição, consideram-se de dez anos as faixas etárias que tenham sido estipuladas
sem limite superior;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
III - a nova cláusula, contendo a
fórmula de aplicação do reajuste, deverá ser encaminhada aos consumidores, juntamente
com o boleto ou título de cobrança, com a demonstração do valor originalmente
contratado, do valor repactuado e do percentual de reajuste anual fixo, esclarecendo,
ainda, que o seu pagamento formalizará esta repactuação;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
IV - a cláusula original de
reajuste deverá ter sido previamente submetida à ANS;
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
V - na falta de aprovação
prévia, a operadora, para que possa aplicar reajuste por faixa etária a consumidores com
sessenta anos ou mais de idade e dez anos ou mais de contrato, deverá submeter à ANS as
condições contratuais acompanhadas de nota técnica, para, uma vez aprovada a cláusula
e o percentual de reajuste, adotar a diluição prevista neste parágrafo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
§ 2o Nos
contratos individuais de produtos de que tratam o inciso I e o § 1o
do art. 1o desta Lei, independentemente da data de sua celebração, a
aplicação de cláusula de reajuste das contraprestações pecuniárias dependerá de
prévia aprovação da ANS.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
§ 3o O
disposto no art. 35 desta Lei aplica-se sem prejuízo do estabelecido neste artigo.
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
(Vide ADI nº 1.931)
Art. 35-F. A assistência a que
alude o art. 1o desta Lei compreende todas as ações necessárias à
prevenção da doença e à recuperação, manutenção e reabilitação da saúde,
observados os termos desta Lei e do contrato firmado entre as partes. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-G. Aplicam-se
subsidiariamente aos contratos entre usuários e operadoras de produtos de que tratam o
inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei as
disposições da Lei no 8.078, de 1990.
(Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-H. Os expedientes que
até esta data foram protocolizados na SUSEP pelas operadoras de produtos de que tratam o
inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei e que
forem encaminhados à ANS em conseqüência desta Lei, deverão estar acompanhados de
parecer conclusivo daquela Autarquia. (Vide Medida Provisória nº
1.665, de 1998)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-I. Responderão
subsidiariamente pelos direitos contratuais e legais dos consumidores, prestadores de
serviço e fornecedores, além dos débitos fiscais e trabalhistas, os bens pessoais dos
diretores, administradores, gerentes e membros de conselhos da operadora de plano privado
de assistência à saúde, independentemente da sua natureza jurídica. (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-J. O
diretor técnico ou fiscal ou o liquidante são obrigados a manter sigilo relativo às
informações da operadora às quais tiverem acesso em razão do exercício do encargo,
sob pena de incorrer em improbidade administrativa, sem prejuízo das responsabilidades
civis e penais. (Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 35-L. Os bens garantidores
das provisões técnicas, fundos e provisões deverão ser registrados na ANS e não
poderão ser alienados, prometidos a alienar ou, de qualquer forma, gravados sem prévia e
expressa autorização, sendo nulas, de pleno direito, as alienações realizadas ou os
gravames constituídos com violação deste artigo.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-18, de
1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Parágrafo único. Quando a garantia recair em bem imóvel, será obrigatoriamente inscrita no competente Cartório do Registro Geral de Imóveis, mediante requerimento firmado pela operadora de plano de assistência à saúde e pela ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
Art. 35-M. As operadoras de
produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o
desta Lei poderão celebrar contratos de resseguro junto às empresas devidamente
autorizadas a operar em tal atividade, conforme estabelecido na
Lei no
9.932, de 20 de dezembro de 1999, e regulamentações posteriores.
(Vide Medida Provisória nº 1.908-20, de
1999)
(Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
2001)
Art. 36. Esta Lei entra em vigor noventa dias após a data de sua publicação.
Brasília, 3 de junho de 1998; 177o da Independência e 110o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Renan Calheiros
Pedro Malan
Waldeck Ornélas
José Serra
Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.6.1998
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