Presidência
da República |
LEI No 4.122, DE 27 DE AGOSTO DE 1962.
Revogada pela Lei nº 6.524, de 1978 Texto para impressão |
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O Presidente da República:
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É o Poder Executivo
autorizado a organizar uma sociedade de economia mista, por ações, que se
denominará Siderúrgica de Santa Catarina S. A. (SIDESC).
Art. 2º A Sociedade terá por
objeto principal a construção e a operação de uma usina siderúrgica, com base no
carvão nacional, a ser localizada no Estudo de Santa Catarina, e bem assim, a
exploração de indústrias que, direta ou indiretamente, se relacionem com êsses
objetivos.
Art. 2º A sociedade terá por objetivo principal a implantação, no Estado de Santa Catarina, de um complexo industrial, baseado no aproveitamento do carvão mineral e das piritas carbonosas de Santa Catarina, bem como a exploração de indústrias que direta ou indiretamente, se relacionem com êsse objetivo. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 631, de 1969)
Art. 3º A Sociedade será
administrada por uma Diretoria composta de um Presidente, livremente escolhido e
nomeado pelo Presidente da República e dois diretores eleitos em
Assembléia-Geral, por quatro anos podendo ser renovado o mandato.
Art. 3º A sociedade será administrada por uma Diretoria, composta de um
Diretor-Presidente, livremente escolhido e nomeado pelo Presidente da República,
e quatro Diretores, eleitos, em Assembléia-Geral, por quatro anos, podendo ser
renovados os mandatos. (Redação dada pela Lei nº 4.509,
de 1963)
Art. 3º A sociedade será administrada por uma Diretoria composta de Presidente, livremente escolhido e nomeado pelo Presidente da República e de 2 a 4 Diretores, eleitos em Assembléia Geral por quatro anos, podendo ser renovados os mandatos. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 631, de 1969)
Art. 4º O representante da
União nos atos constitutivos da sociedade e nas assembléias de acionistas será
designado pelo Ministro do Trabalho.
§ 1º A constituição da sociedade será aprovada por
decreto do Poder Executivo e os atos constitutivos serão arquivados no Registro
do Comércio.
§ 2º A reforma dos estatutos, em pontos que
impliquem modificações desta lei, depende de autorização legislativa.
§ 3º Constituída a sociedade, o Representante da União nas Assembléias-Gerais passará a ser indicado pela Comissão do Plano do Carvão Nacional. (Incluído pela Lei nº 4.509, de 1963)
Art. 5º O capital social da
Sociedade será de Cr$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de
cruzeiros), a ser integralizado durante a construção da Usina ficando a União
desde já autorizada a subscrever a totalidade das ações que o constitui.
§ 1º A União poderá transferir aos Estados,
Municípios, Institutos de Previdência Social, Autarquias e Sociedades de
Economia Mista, nos têrmos desta lei – se a esta interessar – as ações que lhe
couberem, desde que não fiquem reduzidas as ações ordinárias de sua propriedade
a menos de 51% (cinqüenta e um por cento) do capital.
§ 2º A constituição da sociedade se fará por
subscrição pública, nos têrmos do art. 40 do Decreto-lei
nº 2.627, de 26 de setembro de 1940.
Art. 6º Os Institutos e as
Caixas de Aposentadoria e Pensões, de Sociedades de Economia Mista e as Caixas
Econômicas Federais, bem como as demais entidades autárquicas e os brasileiros
natos ou naturalizados há mais de cinco anos residentes no Brasil, se casados
com estrangeiros só quando não estejam sob regime de comunhão de bens ou
qualquer outro que permita a comunicação dos adquirentes na constância do
casamento, poderão ou ficam autorizados a subscrever ações preferenciais.
Art. 6º Além das entidades mencionadas no art. 5º, das pessoas físicas ou jurídicas, de direito privado, nacionais ou estrangeiras, poderão subscrever ações. (Redação dada pela Lei nº 4.509, de 1963)
§ 1º Para efeito dêste artigo, a União poderá vender em bôlsa as ações de sua propriedade. (Incluído pela Lei nº 4.509, de 1963)
§ 2º A venda das ações da União em bôlsa será condicionada à manutenção da maioria do capital social com direito a voto, em poder de acionistas nacionais. (Incluído pela Lei nº 4.509, de 1963)
§ 3º Sempre que houver venda de ações em bôlsa, deverá ela ser precedida de editais publicados nos Diários Oficiais da União e do Estado de Santa Catarina e nos jornais de grande circulação da sede da sociedade, por três vêzes, sendo a primeira com antecedência mínima de vinte dias. (Incluído pela Lei nº 4.509, de 1963)
Art. 7º
O capital da Siderúrgica de Santa Catarina S. A. poderá ser aumentado,
cabendo sempre à União cinqüenta e um por cento (51%), ao mínimo, das ações
ordinárias.
Art. 8º É o Ministério da
Fazenda autorizado a dar a garantia do Tesouro Nacional a operações de
financiamento externo, destinadas à execução do empreendimento a que se refere
esta lei, até o montante de US$ 25.000.000 (vinte e cinco milhões de dólares
mais os respectivos juros e despesas.
Art. 8º Fica o Ministério da Fazenda, através do Tesouro Nacional, autorizado a
dar garantias a operações de financiamento externo destinadas à execução do
empreendimento a que se refere esta Lei, até o montante US$ 30,000.000.00 (trinta
milhões de dólares), ou o equivalente em outra moeda, mais os respectivos juros
e despesas. (Redação dada pela Lei nº 4.509, de 1963)
(Vide pela Lei nº 4.509, de 1963)
§ 1º No exercício desta autorização, poderá o
Ministério da Fazenda obrigar o Tesouro Nacional, como fiador e principal
pagador da quantia mutuada e seus acessórios, a praticar todos os atos julgados
necessários ao referido fim.
§ 2º O Ministério da Fazenda, contratando
diretamente ou por intermédio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico,
poderá aceitar as cláusulas e condições usuais nas operações com organismos
financeiros internacionais, sendo válido o compromisso geral e antecipado de
dirimir, por arbitramento, tôdas as dúvidas e controvérsias.
§ 3º A prestação de garantia do Tesouro Nacional,
através do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, na forma do parágrafo
anterior, observará as condições previstas nas letras
“a" e “e” do art. 21 da lei n.º 1.628, de 20 de
junho de 1952, e do Regimento do referido Banco.
§ 4º Ao serviço de
empréstimo contraído na forma da presente lei, são concedidos os mesmos
privilégios dos serviços externos federais, estaduais e municipais.
§ 5º Atendidas as necessidades diretas da
Siderúrgica de Santa Catarina, considerar-se-ão obras e serviços também
vinculados ao empreendimento a que se refere esta lei e amparáveis com a
garantia do Tesouro Nacional, respeitado o limite de vinte e cinco milhões de
dólares estabelecido, quaisquer iniciativas relativas ao carvão catarinense, sua
mineração, transporte, escoamento e beneficiamento que, por proposta da CEPCAN,
forem aprovadas pelo Presidente da República.
Art. 9º É concedida, pelo
prazo de cinco anos, isenção dos impostos de importação e de consumo para os
maquinismos, seus sobressalentes e acessórios, aparelhos, ferramentas,
instrumentos e materiais, sem similar nacional, importados para a construção,
melhoramento e conservação instalações da usina a que se refere esta lei.
Parágrafo único. Para tornar efetiva a isenção
prevista nesta lei, o poder Executivo, à medida que se processarem as
importações, expedirá decretos nos quais serão especificadas a quantidade e a
natureza dos bens isentos.
Art. 10. À sociedade fica
assegurado o direito de promover desapropriação, nas têrmos da legislação em
vigor.
Art. 11. É autorizada a
abertura de créditos especiais até o limite de Cr$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e
quinhentos milhões de cruzeiros), que o poder Executivo empregará na
integralização das ações subscritas pela União.
§ 1º Os créditos especiais, a que se refere êste
artigo, serão registrados pelo Tribunal de Contas e automàticamente distribuídos
ao Tesouro Nacional.
§ 2º A utilização dêsses recursos será feita à
medida das necessidades, não podendo o seu total exceder de Cr$ 500.000.000,00
(quinhentos milhões de cruzeiros), em cada ano.
§ 3º A vigência da autorização de que trata êste
artigo será de cinco (5) exercícios.
Art. 12. Esta lei entrará,
em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 27 de agôsto de 1962; 141º da
Independência e 74º da República.
JOÃO GOULART
F. Brochado da Rocha
Carlos Siqueira Castro
Hermes Lima
Miguel Calmon
Este texto não substitui o
publicado no DOU de 3.9.1962
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