Presidência
da República |
DECRETO Nº 219, DE 25 DE FEVEREIRO DE 1890.
Revogado
pelo Decreto de 15.2.1991
(Vide Decreto nº 457, de 1890) |
Eleva a garantia de juros concedida pelo decreto n. 10.161, de 5 de janeiro de 1889, a 750:000$, e marca os respectives prazos. |
O Generalissimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisorio da Republica dos Estados Unidos do Brazil, constituido pelo Exercito e Armada, em nome da Nação, attendendo ao que requereu o Barão de Moniz de Aragão, concessionario de decreto n. 10.161, de 5 de janeiro de 1889, para o estabelecimento de um engenho central, em sua propriedade, com a denominação de Engenho Central Maracangalha, no municipio da villa de S. Francisco da Barra de Sergipe do Conde, no Estado da Bahia, eleva a garantia de juros, na importancia de 400:000$, concedida pelo citado decreto, a 750:000$, de accordo com a disposição do regulamento approvado pelo decreto n. 10.393, de 9 de outubro de 1889, mediante as clausulas, que com este baixam assignadas por Francisco Glicerio, Ministro e Secretario de Estado dos Negocios da Agricultura, Commercio e Obras Publicas, que assim o faça executar.
Sala das sessões do Governo Provisorio, 25 de fevereiro de 1890, 2º da Republica.
Manoel Deodoro da Fonseca.
Francisco Glicerio.
Este texto não substitui o publicado no CLBR, de 1890
Clausulas a que se refere o decreto n. 219 desta data
I
O engenho central Maracangalha poderá ser apparelhado para trabalhar pelo systema da diffusão, tendo capacidade para moer diariamente 300 toneladas metricas da canna, durante a safra, calculada em 100 dias.
II
A garantia de juros de 6 % ao anno sobre o capital de 750:000$, que for effectivamente empregado no referido engenho central destinado ao fabrico de assucar e alcool de canna, será durante o prazo de 25 annos.
III
Ao concessionario ficam marcados os seguintes prazos, contados da data da publicação do presente decreto:
1º De 60 dias para assignatura do contracto;
2º De quatro mezes para organização da companhia;
3º De seis mezes para apresentação das plantas e orçamentos das obras;
4º De 24 mezes para inauguração do engenho central.
IV
O concessionario, ou a companhia que organizar, fica responsavel perante o Governo pela effectividade do fornecimento de materia prima contractada, sendo suspensa a garantia dos juros, si o dito fornecimento não se elevar á metade de sua importancia, isto é, a 15.000 toneladas; salvo o caso de força maior, a juizo do Governo.
Capital Federal, 25 de fevereiro de 1890. - Francisco Glicerio.
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