Presidência
da República |
DECRETO Nº 2.198, DE 8 DE ABRIL DE 1997.
Aprova o Regulamento de Serviços Público-Restritos. |
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento de Serviços Público-Restritos, que com este baixa.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revoga-se o Decreto nº 96.618, de 31 de agosto de 1988.
Brasília, 8 de abril de 1997; 176º da Independência e 109º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Sergio Motta
CAPÍTULO I
DAS GENERALIDADES
Art. 1º Este Regulamento dispõe sobre Serviços Público-Restritos, instituído pela Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, como serviços de telecomunicações, destinados ao uso de passageiros dos navios, aeronaves, veículos em movimento ou ao uso do público em localidades ainda não atendidas por Serviço Público de Telecomunicações.
Art. 2º As condições para exploração e uso de Serviços Público-Restritos subordinam-se às Leis nº 4.117/62, nº 8.666, de 21 de junho de 1993, nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, nº 9.074, de 7 de julho de 1995, e nº 9.295, de 19 de julho de 1996, aos tratados, acordos e atos internacionais, a este Regulamento e às normas complementares baixadas pelo Ministério das Comunicações.
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
I - estabelecer as normas complementares dos Serviços;
II - outorgar permissão para a exploração dos Serviços;
III - consignar freqüências para exploração dos Serviços;
IV - fiscalizar a exploração dos Serviços, em todo o território nacional, no que
disser respeito à observância da legislação de telecomunicações, dos regulamentos e
normas e das obrigações contraídas pelas permissionárias, nos termos do contrato de
adesão.
CAPÍTULO III
DO PROCESSO DE OUTORGA
SEÇÃO I
Do Início do Processo
Art. 7º As entidades interessadas em explorar Serviços Público-Restritos deverão apresentar ao Ministério das Comunicações requerimento em formulário denominado "Solicitação de Serviços de Telecomunicações", devidamente preenchido, pelo qual serão fornecidas, entre outras, as seguintes informações:
I - modalidade de serviço pretendido, sua classificação e âmbito;
II - área de prestação de serviço;
III - descrições técnicas necessárias e suficientes para caracterizar, genericamente, o sistema proposto, as radiofreqüências a serem utilizadas, quando for o caso, sua operação e uso previstos.
Art. 8º O Ministério das Comunicações poderá publicar, no Diário Oficial da União, consulta pública sobre sua intenção de outorgar permissão para exploração de Serviços Público Restritos, bem assim seus termos e condições, solicitando comentários relativos às características técnicas do sistema, às condições de exploração ou a qualquer outro ponto considerado pertinente.
Art. 9º
Nos casos em que fique caracterizada situação de dispensa ou de inexigibilidade de
licitação conforme disposto na Lei nº 8.666/93, o Ministério das Comunicações
solicitará da interessada a apresentação da documentação relativa à habilitação
jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira e regularidade
fiscal, previstas nos arts. 14 a 17 deste Regulamento.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
§ 1º Tendo a entidade interessada cumprido o disposto neste artigo, o
Ministério das Comunicações emitirá ato de outorga, que será formalizada mediante
assinatura de contrato de adesão, observado o disposto, no que couber, no capítulo IV
deste Regulamento.
§ 2º Ato do Ministério das Comunicações estabelecerá o valor a ser cobrado e as
condições de pagamento pelo direito de exploração de Serviços Público-Restritos e
uso de radiofreqüências associadas.
Art. 10 Tendo sido
caracterizada exigibilidade de licitação, o Ministério das Comunicações fará a
divulgação do procedimento licitatório através da publicação de aviso de
licitação, no Diário Oficial da União, contendo a indicação do local e horário em
que os interessados poderão examinar e obter o texto integral do edital, bem assim a data
e a hora para apresentação dos documentos de habilitação e da proposta.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
SEÇÃO II
Do Enquadramento do Serviço
Art. 11 O Ministério das
Comunicações enquadrará, em normas complementares ou em edital de licitação, os
Serviços Público-Restritos em diferentes grupos, com base em uma das seguintes
variáveis:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de
23.8.2001)
I - complexidade tecnológica dos sistemas empregados;
II - população da área de prestação do serviço;
III recursos em infra-estrutura e suporte técnico-administrativo relativos à
exploração do serviço.
Parágrafo único. São adotados os seguintes grupos para efeito de enquadramento:
a) GRUPO A - comporta serviços cuja implantação requeira a
utilização de sistemas de baixa complexidade tecnológica ou que são prestados em
áreas de pequena população ou, ainda, cuja exploração requeira poucos recursos em
infra-estrutura e suporte técnico-administrativo;
b) GRUPO B - comporta serviços cuja implantação requeira a
utilização de sistemas que apresentam média complexidade tecnológica ou que são
prestados em áreas medianamente povoadas ou, ainda, cuja exploração requeira um nível
médio de recursos em infra-estrutura e organização técnico-administrativa;
c) GRUPO C - comporta serviços cuja implantação requeira a
utilização de sistemas que apresentam avançada tecnologia ou que são prestados em
áreas muito populosas ou, ainda, cuja exploração exija recursos significativos em
infra-estrutura e organização técnico-administrativa.
SEÇÃO III
Da Elaboração do Edital
Art. 12 O edital de licitação
será elaborado pelo Ministério das Comunicações, observados, dentre outros, os
critérios e as normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e
conterá, especialmente:(Revogado pelo Decreto nº
3.896, de 23.8.2001)
I - objeto e prazo da permissão;
II - características técnicas do serviço;
III - área de prestação de serviço;
IV - referência à regulamentação a ser obedecida pela entidade exploradora do
serviço;
V - descrição das condições necessárias à prestação adequada do serviço;
VI - valor mínimo e condições de pagamento pelo direito de exploração do serviço e
uso de radiofreqüências associadas;
VII - prazos para recebimento das propostas, julgamento da licitação e assinatura do
contrato;
VIII - relação de documentos exigidos para aferição da qualificação técnica, da
qualificação econômico-financeira, da habilitação jurídica e da regularidade fiscal,
previstos nos arts. 14 a 17 e, também, no caso de consórcio, aqueles indicados no art.18
deste Regulamento;
IX - prazos e condições para interposição de recursos;
X - direitos e obrigações do poder concedente e da permissionária em relação a
alterações e expansões a serem realizadas no futuro, para garantir a continuidade da
prestação do serviço;
XI - critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros a serem utilizados no julgamento
técnico e econômico-financeiro da proposta;
XII - condições de liderança da empresa responsável no caso de participação de
empresas em consórcio;
XIII - minuta de contrato de adesão, contendo suas cláusulas essenciais.
Parágrafo único. Qualquer modificação no edital exige a mesma divulgação que foi
dada ao texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando,
inquestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
SEÇÃO IV
Da Habilitação
Art. 13 Para habilitação
nas licitações, exigir-se-á das interessadas, exclusivamente, documentação relativa
à:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
I - habilitação jurídica;
Il - qualificação técnica;
Ill - qualificação econômico-financeira;
IV - regularidade fiscal.
Art. 14 A documentação
relativa à habilitação jurídica, conforme o caso, consistirá em:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
I - ato constitutivo e suas alterações, devidamente registrados ou
arquivados na repartição competente;
Il - no caso de sociedades por ações, a composição acionária do controle secretário
e documentos de eleição de seus administradores, exigência esta também necessária
quando se tratar de sociedade civil que designe sua diretoria nos moldes previstos para as
sociedades por ações;
Art. 15 A documentação
relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:(Revogado
pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)I - registro ou, inscrição na entidade Profissional competente;
II - comprovação de aptidão para o desempenho de atividade pertinente e compatível em
características com o objeto da licitação;
III - indicação do pessoal técnico adequado e disponível para a realização do objeto
da licitação, bem como da qualificação de cada um dos membros da equipe técnica que
se responsabilizará pelos trabalhos;
IV - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os documentos, e,
quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das condições
locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação.
Art. 16 A documentação
relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se-á a:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício
social, já exigíveis e apresentados na forma da lei, que comprovem a boa situação
financeira da empresa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços
provisórios;
II - certidão negativa de falência ou concordata expedida pelo distribuidor da sede da
pessoa jurídica;
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no caput e no
§ 1º do art.
56 da Lei nº 8.666/93, limitada a um por cento do valor estimado para a realização do
empreendimento relativo ao objeto licitado.
§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à demonstração da capacidade financeira
da proponente com vista aos compromissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o
contrato, vedada a exigência de valores mínimos de faturamento anterior, índices de
rentabilidade ou de lucratividade.
§ 2º O Ministério das Comunicações poderá estabelecer, no instrumento convocatório
da licitação, a exigência de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, como
dado objetivo de comprovação da qualificação econômico-financeira das proponentes.
§ 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido a que se refere o parágrafo
anterior não poderá exceder a dez por cento do valor estimado para a realização do
empreendimento, devendo a comprovação ser feita relativamente à data da apresentação
da proposta.
§ 4º Poderá ser exigida, ainda, relação dos compromissos assumidos pela proponente
que importem diminuição da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade
financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido atualizado e sua capacidade
de rotação.
§ 5º A comprovação da boa situação financeira da empresa será feita de forma
objetiva, através do cálculo de índices contábeis previstos no edital e devidamente
justificados os no processo administrativo da licitação que tenha dado início ao
certame licitatório, vedada a exigência de índices e valores não usualmente adotados
para a correta avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimento das
obrigações decorrentes da licitação.
Art. 17 A documentação
relativa à regularidade fiscal consistirá em:(Revogado
pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
I - prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes - CGC;
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes, estadual ou municipal se houver,
relativo à sede da entidade, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o
objeto contratual;
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal da sede da
proponente, ou outra equivalente, na forma da lei;
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço - FGTS, demonstrando situação regular no cumprimento dos encargos sociais
instituídos por lei.
Art. 18 No caso de
consórcio, as empresas consorciadas deverão apresentar:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
I - documento comprobatório, público ou particular, de constituição de
consórcio, subscrito pelas consorciadas;
II - documento indicando aquela que se responsabilizará pelo consórcio;
III - os documentos exigidos nos arts. 14 a 17 deste Regulamento por parte de cada
consorciada, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos
quantitativos de cada consorciada e, para efeito de qualificação econômico-financeira,
o somatório dos valores de cada consorciada, na proporção de sua respectiva
participação;
IV - termo de compromisso pelo qual se obriguem a manter, até o final da licitação, a
composição inicial do consórcio, que deverá, igualmente, ser observada, inclusive no
que se refere aos percentuais de participação societária quando da constituição da
empresa, caso lhe seja adjudicado o objeto licitado;
V - termo de compromisso em que se obriguem, se lhes for adjudicado o objeto da
licitação, a constituir empresa segundo as leis brasileiras e com sede e administração
no País antes da celebração do contrato.
Parágrafo único. As empresas estrangeiras que não funcionem no País, tanto quanto
possível, atenderão às exigências deste artigo mediante documentos equivalentes,
autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por tradutor juramentado, devendo
ter representação legal no Brasil com poderes expressos para receber citação e
responder administrativa ou judicialmente.
Art. 19 Os documentos
necessários à habilitação poderão ser apresentados em original, por qualquer processo
de cópia autenticada por cartório competente ou por servidor da Administração ou
publicação em órgão da imprensa oficial.(Revogado
pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 20 Será considerada
inabilitada a proponente que deixar de apresentar qualquer dos documentos indicados nos
arts. 14 a 17 e, no caso de consórcios, também aqueles indicados no art. 18, ou que, em
os apresentando, não atendam às exigências do edital ou estejam com falhas ou
incorreções.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de
23.8.2001)
Parágrafo único. Será inabilitado o consórcio no qual pelo menos um dos
integrantes não atenda às exigências de habilitação, observado o disposto no inciso
III do art. 18.
Art. 21 Ultrapassada a fase
de habilitação das proponentes e abertas as propostas, não cabe inabilitá-las por
motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos supervenientes ou só
conhecidos após o julgamento.(Revogado pelo Decreto
nº 3.896, de 23.8.2001)
SEÇÃO V
Do Julgamento
Art. 22 No julgamento das
propostas, adotar-se-á um dos critérios arrolados no
art. 15 da Lei nº 8.987/95.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Parágrafo único. No caso de ser utilizado o critério previsto no inciso V
do art. 15 da Lei nº 8.987/95, de melhor proposta em razão da combinação de propostas
técnica e de oferta de pagamento pela outorga, o Ministério das Comunicações aplicará
o previsto nos arts. 23 a 27 deste Regulamento.
Art. 23 No julgamento da
licitação que adote o critério previsto no
inciso V do art. 15 da Lei nº 8.987/95, as
propostas serão examinadas e julgadas em conformidade com os seguintes quesitos e
critérios:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de
23.8.2001)
I - prazo para o início da exploração comercial do serviço - máximo de
cinqüenta pontos;
II - cronograma de disponibilização do serviço, desde o início da exploração
comercial do serviço até o final do segundo ano - máximo de cinqüenta pontos, a serem
discriminados nas normas respectivas a cada um dos Serviços.
Parágrafo único. Considerando características específicas do serviço, poderão ser
previstos no edital outros quesitos para fins de exame das propostas, cuja pontuação
total não deverá ser superior a trinta pontos, situação em que as pontuações
estabelecidas nos incisos deste artigo serão proporcionalmente reduzidas de modo que seja
mantido o total geral de cem pontos.
Art. 24 Para cada quesito
definido no art. 23, o edital de licitação estabelecerá:(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
I - condição mínima necessária a ser atendida;
II - critérios objetivos para a gradação da pontuação, vedada a comparação entre
propostas.
Parágrafo único. Somente serão classificadas as propostas que, além de atenderem a
condição mínima estabelecida neste artigo, obtiverem, pelo menos, a seguinte
pontuação:
a) cinqüenta pontos para os serviços enquadrados no Grupo A;
b) sessenta pontos para os serviços enquadrados no Grupo B;
c) setenta pontos para os serviços enquadrados no Grupo C.
Art. 25 O edital de
licitação, na valoração do preço pela outorga, estabelecerá condição mínima a ser
atendida e critério objetivo para a gradação da pontuação, determinando pontuação
máxima de cem pontos, vedada a comparação entre propostas.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 26 A classificação
das proponentes far-se-á de acordo com a média ponderada da valoração obtida pela
aplicação do disposto nos arts. 24 e 25, de acordo com os pesos preestabelecidos,
observado o que segue:(Revogado pelo Decreto nº
3.896, de 23.8.2001)
I - para os serviços enquadrados no Grupo A, o peso relativo à valoração
obtida pela aplicação do disposto no art. 24 preponderará sobre o peso relativo à
valoração obtida pela aplicação do disposto no art. 25;
II - para os serviços enquadrados no Grupo B, os pesos relativos à valoração obtida
pela aplicação do disposto no art. 24 e à valoração obtida pela aplicação do
disposto no art. 25 serão equivalentes;
III - para os serviços enquadrados no Grupo C, o peso relativo à valoração obtida pela
aplicação do disposto no art. 25 preponderará sobre o peso relativo à valoração
obtida pela aplicação do disposto no art. 24.
Art. 27 Somente será
classificada a proposta que atender a todas as condições mínimas estabelecidas nos
arts. 24 e 25, bem assim às condições técnicas estabelecidas na legislação
pertinente ou no edital.(Revogado pelo Decreto nº
3.896, de 23.8.2001)
Art. 28 No caso de empate,
entre duas ou mais propostas, a seleção far-se-á por sorteio, em ato público.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 29 O valor da outorga
de permissão será o proposto pela entidade vencedora, que deverá observar as
condições mínimas estabelecidas no edital objeto da licitação, concernentes, entre
outras, à carência, prazos de pagamento, multas e encargos de mora.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
CAPÍTULO IV
DA FORMALIZAÇÃO DA OUTORGA
Art. 30 A permissão para exploração de Serviços Público-Restritos será outorgada mediante ato do Ministério das Comunicações, do qual devem constar o nome ou denominação social da entidade, o objeto e o prazo da permissão, o âmbito e a área de prestação, e o prazo para início da exploração do serviço, bem assim outras informações julgadas pertinentes pelo Ministério das Comunicações.
Art. 31
A outorga de permissão para exploração de Serviços Público-Restritos será
formalizada mediante contrato de adesão, assinado pelo Ministro de Estado das
Comunicações.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de
23.8.2001)
Art. 32 O Ministério das
Comunicações convocará a entidade vencedora da licitação para assinar o contrato de
adesão, no prazo e condições estabelecidos, sob pena de decair o direito à
contratação.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de
23.8.2001)Parágrafo único. É facultado ao Ministério das Comunicações, quando a
entidade vencedora não atender ao disposto neste artigo, convocar as proponentes
remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas
condições propostas pela primeira classificada ou revogar, total ou parcialmente, a
licitação.
Art. 33 O Ministério das
Comunicações providenciará a publicação, no Diário Oficial da União, do resumo do
contrato de adesão e de seus aditamentos até o quinto dia útil do mês seguinte ao de
sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data como condição
indispensável para sua eficácia.(Revogado pelo
Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 34 Do contrato de
adesão deverão constar as condições legais, regulamentares e normativas a serem
obedecidas pela permissionária na exploração de Serviços Público-Restritos.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 35 Nos casos em que
ocorrer procedimento Licitatório, deverão constar do contrato de adesão, além do
previsto no art. 34, os compromissos, os termos, os prazos, as condições e os valores da
proposta da entidade vencedora da licitação.(Revogado
pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001) Parágrafo único. O não-cumprimento das cláusulas estabelecidas neste
artigo implicará caducidade da outorga, salvo se este resultar de caso fortuito ou força
maior, devidamente comprovado e aceito pelo Ministério das Comunicações.
Art. 36 Aplicam-se aos
contratos decorrentes do processo de outorga de permissão estabelecido neste Regulamento
as normas gerais pertinentes previstas nas Leis nº 8.987/95 e nº 8.666/93, especialmente
quanto à formulação, alteração, execução e extinção dos respectivos contratos.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
CAPÍTULO V
DA INSTALAÇÃO DE SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES
Art. 37 A permissionária
deverá elaborar projeto técnico relativo ao seu sistema de telecomunicações para
Serviços Público-Restritos, que permanecerá em seu poder, devendo torná-lo
disponível, a qualquer tempo, ao Ministério das Comunicações.(Revogado pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 38 A instalação dos
equipamentos e demais componentes da rede de Serviços Público-Restritos deverá observar
as normas pertinentes, baixadas pelo Ministério das Comunicações, e demais condições
previstas no contrato de adesão.(Revogado pelo
Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 39 A permissionária,
na medida em que tenha instalado parcial ou totalmente o sistema e que pretenda iniciar
sua operação, requererá ao Ministério das Comunicações emissão das respectivas
licenças para funcionamento, devendo, em relação às estações que efetivamente
entrarão em operação, realizar o pagamento da taxa de fiscalização e instruir o
requerimento com:(Revogado pelo Decreto nº 3.896,
de 23.8.2001) I - comprovante de recolhimento da taxa de fiscalização;
Il - termo de responsabilidade, assinado por profissional habilitado, certificando que as
instalações correspondem às características técnicas previstas no contrato de
adesão, no ato de outorga e em normas técnicas, acompanhado da Anotação de
Responsabilidade Técnica - ART relativa à instalação.
Art. 40 Os equipamentos
utilizados nos Serviços Público-Restritos deverão ser certificados pelo Ministério das
Comunicações, de acordo com as normas pertinentes.(Revogado
pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
CAPÍTULO VI
DA EXPLORAÇÃO DO SERVIÇO
Art. 41 Os Serviços Público-Restritos são explorados em conformidade com disposições de leis, regulamentos e normas complementares, bem assim com as obrigações contraídas em razão do edital de licitação e do contrato de adesão.
Art. 42 A outorga para exploração de Serviços Público-Restritos que envolva o uso de radiofreqúências fica condicionada à sua disponibilidade e ao uso racional do espectro radioelétrico, conforme condições e critérios estabelecidos pelo Ministério das Comunicações, não podendo a permissionária dispor, a qualquer título, das radiofreqúências associadas ao Serviço.
§ 1º O Ministério das Comunicações, tendo em vista o uso racional do espectro radioelétrico o interesse público, poderá alterar as radiofreqüências consignadas ao outorgado.
§ 2º As radiofreqüências consignadas e não utilizadas conforme os termo prazos previstos serão retomadas pelo Ministério das Comunicações salvo em caso fortuito ou de força maior, devidamente comprovado e aceito pelo Ministério das Comunicações.
Art. 43 As condições referentes à expansão de Serviço Público-Restrito constarão em normas complementares ou em edital de licitação.
Art. 44 Na exploração de Serviço Público-Restrito, é assegurada à permissionária:
I - empregar equipamentos que não lhe pertençam;
II - contratar com terceiros o desenvolvimento de atividades inerentes, acessórias ou complementares ao Serviço.
§ 1º A permissionária, em qualquer caso, continuará responsável perante o Ministério das Comunicações e os usuários, pela execução e exploração do Serviço.
§ 2º A permissionária manterá os vínculos contratuais junto aos usuários, quanto ao provimento do Serviço.
§ 3º As relações entre permissionária e os terceiros serão regidas pelo direito privado, não se estabelecendo qualquer relação jurídica entre os terceiros e o Ministério das Comunicações.
Art. 45 Quando uma permissionária de Serviço Público-Restrito contratar a utilização de circuitos integrantes da rede pública de telecomunicações, para a constituição da rede de Serviço Público-Restrito, fica caracterizada situação de exploração industrial de serviços de telecomunicações.
Parágrafo único. Os circuitos contratados junto à concessionária de Serviços Públicos de Telecomunicações serão considerados como parte da rede de Serviço Público-Restrito, para fins do disposto no art. 48.
Art. 46 A concessionária de Serviços Públicos de Telecomunicações, quando do provimento de circuitos da rede pública de telecomunicações, deverá tratar igualmente e em bases não discriminatórias todas às permissionárias de Serviços Público-Restritos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se, inclusive, aos casos em que a concessionária de Serviços Públicos de Telecomunicações seja, simultaneamente, permissionária de Serviço Público-Restrito.
Art. 47 As redes de Serviços Público-Restritos poderão interconectar-se entre si e com redes de outros serviços de telecomunicações, desde que observado o disposto neste Regulamento e nas normas baixadas pelo Ministério das Comunicações.
Art. 48 Na interconexão entre rede pública de telecomunicações, em âmbito interior ou internacional, e rede de Serviço Público-Restrito, é permitido:
I - à permissionária de Serviço Público-Restrito solicitar interconexão à rede pública de telecomunicações em quaisquer pontos de sua conveniência, em sua área de prestação de serviço;
II - o tráfego entre a rede pública de telecomunicações e rede de Serviços Público-Restritos, podendo o mesmo ser encaminhado por qualquer ponto de interconexão entre as mesmas, independentemente dos pontos de origem e destino da comunicação.
§ 1º As concessionárias de Serviços Públicos de Telecomunicações, deverão prover as interconexões nos pontos solicitados ou indicar alternativas quando as condições técnicas comprovadamente assim o exigirem.
§ 2º A interconexão entre redes será objeto de contrato entre as partes.
Art. 49 O Ministério das Comunicações baixará normas que estabelecerão termos e condições, dentre outros e quando cabível, sobre os seguintes aspectos:
I - características técnicas relativas aos serviços;
II - direitos e obrigações da permissionária;
III - direitos e obrigações dos usuários;
IV - condições específicas de interconexão de redes;
V - condições referentes à expansão dos serviços;
VI - condições e uso da rede pública;
VII - condições referentes ao uso de radiofreqüências;
VIII - preços e tarifas.
CAPÍTULO VII
DA TRANSFERÊNCIA DA PERMISSÃO
Art. 50 A transferência da permissão ou a aquisição do controle societário da permissionária, sem prévia anuência do poder concedente, implicará caducidade da permissão.
Art. 51 Será assegurada a transferência da permissão, desde que a pretendente:
I - atenda às exigências compatíveis com o serviço a ser prestado, em relação à qualificação técnica, à qualificação econômico-financeira, à habilitação jurídica e à regularidade fiscal;
II - comprometa-se a cumprir todas as cláusulas do contrato de adesão em vigor, sub-rogando-se nos direitos e obrigações da primitiva permissionária,
Art. 52 A transferência da permissão ou a aquisição do controle societário da permissionária somente poderá ser efetuada após o decurso dos prazos estabelecidos em normas complementares.
Parágrafo único. A disposição prevista neste artigo não se aplica, às hipóteses de transferência da permissão, pela empresa permissionária, para empresa controlada ou para sua controladora e de sucessão hereditária ou cisão, casos em que a transferência dar-se-á a qualquer momento, observado o disposto no art. 51.
Art. 53 A permissionária de Serviços Público-Restritos pode, sem a anuência do Ministério das Comunicações, realizar alterações em seus atos constitutivos, bem assim transferências de ações ou cotas, ou, ainda, realizar aumento de capital social, desde que essas operações não impliquem transferência ou aquisição do controle societário da permissionária, devendo esta informar ao Ministério das Comunicações das alterações de seus atos constitutivos, para fins de registro, no prazo de sessenta dias contados de suas efetivações.
CAPITULO VIII
DA RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO
Art. 54
O prazo da permissão para exploração de Serviços Público-Restritos poderá ser
renovado, desde que a permissionária tenha cumprido satisfatoriamente as condições da
permissão e manifeste expresso interesse na renovação, pelo menos, dezoito meses antes
de expirar o prazo da permissão.(Revogado pelo
Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 55 A renovação do
prazo da permissão para exploração de Serviços Público-Restritos poderá implicar
pagamento pela permissionária pelo direito de exploração do Serviço e uso de
radiofreqüências associadas.(Revogado pelo Decreto
nº 3.896, de 23.8.2001) Parágrafo único. O valor do pagamento referido neste artigo deverá ser
compatível com o porte do Serviço a ser prestado,. devendo ser acordado entre o
Ministério das Comunicações e a permissionária, pelo menos, doze meses antes de
expirar o prazo da permissão, levando-se em consideração as condições de prestação
do Serviço à época da renovação.
Art. 56 O Ministério, das
Comunicações, como condição para sua renovação, estabelecerá a forma de adaptação
do serviço às normas supervenientes à outorga.(Revogado
pelo Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
Art. 57 O Ministério das
Comunicações poderá iniciar novo processo de outorga de permissão para exploração de
Serviço Público-Restrito, caso as partes não entrem em acordo em até doze meses antes
de expirar o prazo da permissão.(Revogado pelo
Decreto nº 3.896, de 23.8.2001)
CAPÍTULO IX
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 58 O Ministério das Comunicações, em até 180 dias, emitirá a devida outorga de permissão para exploração de Serviço Público-Restrito à empresa que já o explora, quando será firmado o respectivo contrato de adesão.
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste artigo, observar-se-á, no que couber, as disposições do capítulo IV deste Regulamento.
Art. 59 As permissionárias de Serviços Público-Restritos estão sujeitas ao pagamento das taxas de fiscalização das telecomunicações previstas em lei.
Art. 60 As disposições relativas às infrações aos dispositivos deste Regulamento e suas respectivas penalidades, bem assim às condições de extinção da permissão, estão previstas na legislação de telecomunicações e nas normas complementares do Ministério das Comunicações e nas Leis nº 8.666/93 e nº 8.987/95.