|
Presidência
da República |
DECRETO No 60.076, DE 16 DE JANEIRO DE 1967.
|
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o artigo 87, inciso 1, da Constituição,
DECRETA:
CAPITULO I
Das finalidades do Regulamento
Art. 1º Êste Regulamento tem a finalidade de regular a execução do Decreto-Lei nº 18, de 24 de agôsto de 1966, alterado pelo nº 78, de 8 de dezembro de 1966, que dispõe sôbre o exercício da profissão de aeronauta, definir as diversas tripulações, estabelecer as condições para as suas composições, limitar dados de acumulação de funções, fixar multas e regular atribuições da Diretoria de Aeronáutica Civil.
CAPITULO II
Da Definição das Tripulações
Art. 2º Tripulação Mínima é aquela indispensável á execução de qualquer vôo, tendo em vista, exclusivamente as exigências operacionais da aeronave.
Art. 3º Tripulação Simples é a menor tripulação necessária ao vôo de uma aeronave tendo em vista as exigências operacionais do equipamento, as facilidades à navegação na rota a ser voada e a segurança e o serviço de atendimento dos passageiros a bordo.
Art. 4º Tripulação Composta é basicamente uma tripulação simples, reforçada, a critério da Diretoria de Aeronáutica Civil, com um ou mais tripulantes técnicos.
Art. 5º Tripulação de Revezamento, é aquela constituída de tantos tripulantes técnicos quantos os necessários para permitir o revezamento, dos mesmos, nas funções a bordo, determinadas com base exigências do artigo 3º.
CAPITULO III
Da Composição das Tripulações
Art. 6º A composição da tripulação mínima é a constante do certificado, de navegabilidade da aeronave, expedido pela Diretoria de Aeronáutica Civil.
Art. 7º A Diretoria de Aeronáutica Civil aprovará a composição das tripulações, levando em conta as exigências técnicas de equipamento, as condições do vôo (VFR ou IFR), as facilidades da linha, e o número de passageiros a ser transportado, e classificará as tripulações, como simples, composta os de revezamento, para efeito de observância dos limites máximos de trabalho e de vôo, fixados no artigo 11, do Decreto-Lei nº 18, de 24 de agôsto de 1966, alterado pelo de nº 78, de 8 de dezembro de 1966.
§ 1º Na composição das tripulações, o número mínimo de comissários deverá ser estabelecido em função dos assentos ocupados na aeronave, do padrão do atendimento e do serviço de bordo, de segurança dos passageiros e de duração da jornada.
§ 2º É facultada a presença de comissária em aeronave até 10 assentos.
§
1º Na composição das atribuições o número de comissários deverá ser estabelecido
em função dos assuntos oferecidos na aeronave, do padrão de atendimento dos
serviços de bordo, da segurança dos passageiros e da duração da jornada.
(Redação dada pelo Decreto nº 74.332, de 1974)
§ 2º É facultada a presença de comissários em aeronave de até 20 (vinte) assentos. (Redação dada pelo Decreto nº 74.332, de 1974)
Art. 8º Em qualquer tipo de tripulação será facultada a acumulação de funções estabelecida nos §§ 1º e 2º do artigo 6º do Decreto-Lei nº 18, de 1966.
Parágrafo único. Nas tripulações de revezamento apenas um Segundo-Oficial poderá exercer comunicativamente a função de Mecânico de Vôo.
CAPITULO IV
Das Disposições Gerais
Art. 9º As ampliações dos limites de horas de trabalho, de que trata o 1º do artigo 11 do Decreto-lei nº 18, de 24 de agôsto de 1966, não serão computadas ao planejamento das viagens.
Parágrafo único. Tôda vez que se verificar que, numa mesma linha, ocorrerem, com freqüência, ampliações dos limites de horas de trabalho, a Diretoria de Aeronáutica Civil terminará a revisão da mesma ou o emprêgo de outro tipo de tripulação que tenha limites mais amplos de horas de trabalho e de vôo.
Art. 10 Nenhum aeronauta poderá exercer função a bordo, de uma aeronave sem estar com seus certificados de habilitação técnica e de capacidade física válidos.
Art. 11 O empregador e do Comandante da aeronave são os responsáveis pela observância dos limites de horas de trabalho e de vôo da jornada e ainda do descanso da tripulação, sob suas ordens, de acôrdo com a legislação em vigor.
Art. 12 Naquilo que não colidir com o estabelecido pelo Código Brasileiro do Ar
e sua Regulamentação, o desrespeito às disposições do
Decreto-lei nº 18, de 24
de agôsto, alterado pelo de nº 78, de 8 de dezembro de 1966, e a esta
Regulamentação incorrerá nas multas abaixo, segundo a natureza das infrações,
sua extensão e a intenção de quem a praticou:
a) para as Empresas de Transporte Aéreo:
- multa até Cr$ 2.000.000 (dois milhões de cruzeiros);
b) para os Aeronautas:
- multa até 400.000 (quatrocentos mil cruzeiros).
Parágrafo único. As multas serão aplicadas em dobro, no caso de reincidência e de oposição à fiscalização ou de descaso à autoridade competente.
Art. 13 As penalidades serão aplicadas em primeira instância, pelas autoridades competentes dos Ministérios da Aeronáuticas e do Trabalho e da Previdência Social, dentro das sua atribuições especificas de acôrdo com a legislação em vigor.
Art. 14 Os casos omissos serão devolvidos pelos Ministérios da Aeronáutica ou do Trabalho e da Previdência Social, dentro da esfera de suas competências.
Art. 15 Êste Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 16 de janeiro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.
H. CASTELLO BRANCO
Eduardo Gomes
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.1.1967
*