Presidência
da República |
DECRETO Nº 2.824, DE 27 DE OUTUBRO DE 1998.
Revogado pelo Decreto nº 8.634, de 2016 |
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O PRESIDENTE DA REPÚBLICA,
no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º Fica aprovado o Regimento Interno do
Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada
Aberta e de Capitalização, na forma do Anexo a este Decreto.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de
sua publicação.
Brasília, 27 de outubro de 1998; 177º da
Independência e 110º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Pedro Malan
Este texto não substitui o
publicado no DOU de 28.10.1998
REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DE RECURSOS DO
SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS, DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA E DE CAPITALIZAÇÃO.
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º O Conselho de Recursos do Sistema
Nacional de Seguros Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, órgão
colegiado integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda, tem por finalidade o
julgamento, em última instância administrativa, dos recursos de decisões da
Superintendência de Seguros Privados SUSEP e do IRB Brasil Resseguros S.A.,
nos casos especificados nos Decretos-Leis nº 73, de 21 de novembro de 1966, e 261, de 28
de fevereiro de 1967, e na Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, na parte em que dispõe
esta última sobre entidades abertas de previdência privada.
CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO
Seção I
Da Composição
Art. 2º O Conselho será integrado por seis
Conselheiros, titulares e respectivos suplentes, de reconhecida competência e possuidores
de conhecimentos especializados em assuntos relativos ao mercado securitário, de
capitalização e de previdência privada e de crédito imobiliário e poupança,
representando os seguintes órgãos e entidades:
I
Ministério da Fazenda;
II
Superintendência de Seguros Privados SUSEP;
Art. 2º O Conselho será integrado por seis conselheiros, titulares e respectivos suplentes, de reconhecida competência e possuidores de conhecimentos especializados em mercados securitário, de capitalização, de previdência privada e de crédito imobiliário e poupança, sendo: (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
I - três representantes indicados pelo setor público dos quais, dois do Ministério da Fazenda, e um da SUSEP; e (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
II - três representantes indicados, em lista tríplice, por solicitação do Ministro de Estado da Fazenda, pelas entidades de classe dos mercados de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização, de resseguro e de corretagem de seguro; (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
III
IRB Brasil Resseguros S.A.;
III - Secretaria de Direito Econômico do Ministério da
Justiça; (Redação dada
pelo decreto nº 5.546, de 2005)
IV
Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização
FENASEG;
V
Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Capitalização
FENACOR;
VI
Associação Nacional das Entidades Abertas de Previdência Privada ANAPP.
§
1º Os membros do Conselho serão designados pelo Ministro de Estado da Fazenda, com
mandato de dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez.
§ 1o Os membros do Conselho serão
indicados pelo titular do órgão ou entidade que representam, observado o disposto no §
3o, designados pelo Ministro de Estado da Fazenda, e terão mandato de
dois anos, podendo ser reconduzidos uma única vez. (Redação dada pelo decreto nº
5.546, de 2005)
§
2º O Conselho terá como Presidente o representante do Ministério da Fazenda e como
Vice-Presidente o representante da SUSEP.
§ 2º O Conselho terá como Presidente um dos representantes do Ministério da Fazenda e como Vice-Presidente o representante da SUSEP. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§
3º Os representantes das entidades de classe mencionadas nos incisos IV a VI deste
artigo, serão por estas indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministro de
Estado da Fazenda.
(Revogado dada pelo
Decreto nº 8.051, de 2013)
§
4º Junto ao Conselho funcionará um Procurador da Fazenda Nacional, designado pelo
Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância
das leis, dos decretos, dos regulamentos e dos demais atos normativos.
§ 4º Junto ao Conselho atuarão procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da Fazenda Nacional, com a atribuição de zelar pela fiel observância das leis, dos decretos, dos regulamentos e dos demais atos normativos. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§
5º Os membros do Conselho não farão jus a qualquer remuneração, por dele
participarem.
§
6º A Secretaria-Executiva do Conselho será exercida pela SUSEP.
Art. 2º-A. Ato do Ministro de Estado da Fazenda poderá
criar Câmara Extraordinária, em caráter temporário, para reduzir quantidade de
recursos pendentes de julgamento ou acelerar o seu julgamento no Conselho.
(Incluído pelo Decreto nº
8.051, de 2013)
§ 1º A Câmara Extraordinária será composta pelos conselheiros suplentes , e presidida por representante do Ministério da Fazenda. (Incluído pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§ 2º Os critérios para encaminhamento dos processos para julgamento pela Câmara Extraordinária serão fixados por ato do Presidente do Conselho. (Incluído pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§ 3º Nas hipóteses de impedimento ou suspeição de conselheiro integrante da Câmara Extraordinária para julgar processo, o conselheiro titular da respectiva representação será convocado para participar do julgamento. (Incluído pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§ 4º Caso haja divergência de entendimento entre a Câmara Ordinária, composta pelos conselheiros titulares, e Câmara Extraordinária, o conflito será solucionado por decisão a ser proferida pelos integrantes dos dois órgãos colegiados, observado o procedimento previsto no Capítulo IV deste Regimento Interno. (Incluído pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
Seção II
Do Funcionamento
Art. 3º O Conselho reunir-se-á,
ordinariamente, uma vez por mês e, extraordinariamente, mediante convocação do
Presidente ou de dois terços de seus membros.
Parágrafo único. As reuniões do Conselho
serão públicas e realizadas com a presença de, no mínimo, dois terços de seus
membros.
Art. 4º A ausência injustificada do
Conselheiro titular a três sessões consecutivas ou cinco alternadas implicará a perda
do mandato e simultânea designação de novo Conselheiro.
Art. 5º As decisões do Conselho, observado o
quorum estabelecido no parágrafo único do art. 3º, serão tomadas pela maioria simples
de seus membros, por meio de acórdãos.
Parágrafo único. No caso de empate, caberá
ao Presidente o voto de qualidade.
CAPÍTULO III
DA COMPETÊNCIA E DAS ATRIBUIÇÕES
Seção I
Do Colegiado
Art. 6º Além da competência assinalada no
art. 1º deste Regimento Interno, cabe ainda ao Conselho:
I
representar, por intermédio do seu Presidente, ao Ministro de Estado da Fazenda
sobre irregularidade constatada nos autos, ou ocorrida nos órgãos ou entidades
recorridas, avocando, se for o caso, os respectivos processos;
II
propor modificação do Regimento Interno;
III mandar riscar ou retirar dos autos
expressões injuriosas;
IV
corrigir, de ofício ou mediante provocação do interessado, erro material
cometido no julgamento de recurso de sua competência;
V
deliberar sobre outros assuntos de seu interesse.
Seção II
Do Presidente
Art. 7º Ao Presidente do Conselho incumbe:
I
presidir, supervisionar, coordenar e orientar as atividades do Conselho;
II
praticar atos administrativos, de caráter normativo, nos assuntos de competência
do Conselho;
III autorizar o desentranhamento e a
restituição de documentos, a expedição de certidões, a devolução dos autos à
repartição de origem, quando manifestada desistência do recurso, ou após a
formalização do acórdão;
IV
distribuir, entre os Conselheiros, para estudo e relatório, os assuntos submetidos
ao Conselho;
V
adotar providência, quando esgotados os prazos legais, para andamento imediato dos
processos em poder dos Conselheiros, ou do Procurador da Fazenda Nacional;
VI
designar outro relator, se o acórdão não houver sido apresentado no prazo
estabelecido;
VII convocar os suplentes dos
Conselheiros, nos casos de ausências previamente justificadas ou comunicadas por escrito
à Secretaria-Executiva do Conselho, e nos casos de impedimento, assim reconhecidos pelo
Colegiado, quando o recurso, por esse motivo, não for apreciado;
VIII apreciar os pedidos dos
Conselheiros relativos à justificação de ausência às sessões ou à prorrogação de
prazos para retenção de processos;
IX
dar "vista", em sessão, ao Procurador da Fazenda Nacional, dos
acórdãos assinados;
X
determinar o não-seguimento de pedido ou solicitação feita diretamente ao
Conselho em que se verifique, desde logo, a incompetência do órgão para conhecê-lo;
XI
determinar a devolução ao órgão de origem de recurso manifestamente incabível
ou que não enquadre na competência do Conselho;
XII dirimir as dúvidas e resolver os
casos omissos quanto ao encaminhamento e ao processamento dos recursos de sua
competência;
XIII expedir os demais atos necessários
ao exercício de suas atribuições.
Seção III
Dos Membros do Conselho
Art. 8º Aos membros do Conselho, inclusive ao
seu Presidente e ao seu Vice-Presidente, incumbe:
I
comparecer às Reuniões do Conselho
II
relatar ou revisar os recursos que lhes forem submetidos, conforme o caso;
II - relatar os recursos que lhes forem submetidos;
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.051, de 2013)
III redigir ementas e acórdãos;
IV
participar das deliberações do Conselho.
Seção IV
Do Procurador da Fazenda Nacional
Art. 9º Ao Procurador da Fazenda Nacional
junto ao Conselho incumbe:
I
comparecer às reuniões do Conselho, zelando pela fiel observância das leis, dos
decretos, dos regulamentos e dos demais atos normativos;
II
prestar assessoramento jurídico ao Presidente do Conselho;
III opinar sobre os recursos
apresentados na forma do art. 1º e do inciso II do artigo anterior.
IV
requerer o que for necessário à realização da justiça ou à defesa dos
interesses da Fazenda Nacional.
Seção V
Da Secretaria-Executiva
Art. 10. À Secretaria-Executiva do Conselho
compete:
I
executar os trabalhos administrativos necessários ao funcionamento do Conselho;
II
receber, preparar, numerar, dar tramitação, expedir e arquivar documentação
relativa às matérias de competência do Conselho;
III dar carga dos processos aos
Conselheiros e ao Procurador da Fazenda Nacional;
IV
elaborar, fazer publicar no Diário da União e arquivar as pautas e atas das
sessões do Conselho;
V
manter arquivo atualizado da legislação e jurisprudência de interesse do
Conselho;
VI
anotar e catalogar as decisões do Conselho, para efeito de orientação normativa;
VII promover a elaboração de
relatório das atividades do Conselho;
VIII expedir certidões;
IX
devolver os autos, após o julgamento, aos órgãos de origem;
X
cumprir as demais atribuições que lhe forem fixadas em ato do Presidente do
Conselho.
CAPÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO
Art. 11. Observados os prazos e efeitos
previstos na legislação pertinente, o recurso será interposto pela parte, em petição
dirigida ao Presidente do Conselho e apresentada perante o órgão ou entidade que houver
aplicado a penalidade.
Parágrafo único. Na ausência de dispositivo
legal expresso, o prazo para interposição de recurso, sem efeito suspensivo, será de
quinze dias.
Art. 12. O recurso, juntado ao processo
respectivo, será encaminhado ao Conselho, no prazo de cinco dias, sob penas de
responsabilidade do dirigente do órgão ou da entidade recorridos.
Art. 13. Autuado e numerado o recurso e antes
de sua distribuição, os autos serão encaminhados ao Procurador da Fazenda Nacional, que
terá o prazo de vinte dias para requerer diligências e esclarecimentos necessários à
sua completa instrução, bem assim para oferecer razões.
Art. 14. Os autos serão ordinariamente
distribuídos na ordem cronológica de seu ingresso no Conselho.
Art. 15. Os autos a distribuir serão
sorteados, em sessão, a um relator e a um revisor.
Art. 15. Os autos a distribuir serão
sorteados, em sessão, a um relator.
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.051, de 2013)
§
1º A ausência do Conselheiro não impede que lhe sejam distribuídos autos mediante
sorteio.
§
2º Não poderá ser relator membro do Conselho que houver sido indicado representante do
órgão ou da entidade recorridos.
(Revogado dada pelo
Decreto nº 8.051, de 2013)
§
3º O relator e o revisor terão o prazo de vinte dias para, sucessivamente, elaborar o
relatório e proceder à revisão, podendo, nesse prazo, solicitar a realização de
diligências.
§ 3º O relator terá o prazo de vinte dias, contado da data
do sorteio, para elaborar o relatório e solicitar a realização de diligências.
(Redação dada pelo
Decreto nº 8.051, de 2013)
§
4º Dentro do período estabelecido no parágrafo anterior, o Conselheiro poderá declarar
seu impedimento ou suspeição, sendo que, na primeira hipótese, deverá declinar o
motivo.
§
5º Se o Procurador da Fazenda Nacional houver requerido diligência, esta somente será
cumprida depois de sorteados o relator e o revisor, que poderão solicitar os
esclarecimentos, no prazo, respectivamente, de dez e cinco dias.
§
6º Cumprida a diligência, serão os autos encaminhados ao Procurador da Fazenda
Nacional, ao relator e ao revisor que, no prazo de quinze dias, para cada um, deverão
devolvê-los à Secretaria para serem conclusos ao Presidente.
§ 5º A diligência requerida pelo Procurador da Fazenda Nacional somente será cumprida depois de sorteado o relator, que poderá solicitar outros esclarecimentos no prazo de dez dias. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§ 6º Cumprida a diligência, os autos serão encaminhados ao Procurador da Fazenda Nacional e ao relator que, no prazo de quinze dias, para cada um, deverão devolvê-los à Secretaria para serem conclusos ao Presidente. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§
7º Os prazos fixados neste artigo poderão ser prorrogados pelo Presidente, mediante
requerimento formal nesse sentido.
Art. 16. Devolvidos, os autos relatados e
revisados serão conclusos ao Presidente, que determinará a sua inclusão em pauta.
Art. 16. Devolvidos, os autos relatados serão conclusos ao Presidente, que determinará a sua inclusão em pauta. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
Art. 17. Os Conselheiros e o procurador da
Fazenda Nacional estarão impedidos de participar do julgamento dos recursos quando
tiverem:
I
- aplicado a penalidade;
II
- interesse econômico ou financeiro, direto ou indireto;
III - cônjuge e parentes, consangüíneos ou
afins, até o terceiro grau, interessados no litígio;
IV
- percebido, nos dois anos anteriores à interposição do recurso, remuneração paga
pelo recorrente ou por firma ou escritório que preste assistência técnica ou jurídica,
em caráter eventual ou permanente, qualquer que seja a razão ou título da percepção.
§
1º É suspeito o Conselheiro que tenha interposto recurso análogo ou objeto do
julgamento quer em nome próprio, quer em favor de pessoa jurídica a que seja ou tenha
sido vinculado ou a sua entidade controladora, controlada ou coligada, independentemente
de o recurso já ter sido julgado.
§
2º Os Conselheiros e o Procurador da Fazenda Nacional poderão se declarar suspeitos
também por motivo de foro íntimo.
§
3º O impedimento ou suspeição deverão ser declarados pelo Conselheiro ou pelo
Procurador da Fazenda Nacional, ou poderão ser alegados por qualquer interessado,
cabendo, neste caso, ao argüido, pronunciar-se oralmente sobre a alegação que, se não
reconhecida a sua procedência, será submetida a votação.
§
4º A argüição será examinada após a leitura do relatório e da revisão, devendo
sempre ser ouvido o argüido e o Procurador da Fazenda Nacional. Da votação para exame
do impedimento ou suspeição não participará o argüido.
§
5º No caso de impedimento ou suspeição do relator ou do revisor, o processo será
redistribuído a outro membro do Conselho.
§ 4º A arguição será examinada após a leitura do relatório e serão ouvidos o arguído, que não participará da votação para exame do impedimento ou suspeição, e o Procurador da Fazenda Nacional. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§ 5º No caso de impedimento ou suspeição do relator, o processo será redistribuído a outro membro do Conselho. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§
6º No caso de impedimento ou suspeição do Procurador da Fazenda Nacional, será
solicitado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional a indicação de substituto para
atuar no feito.
(Revogado dada pelo
Decreto nº 8.051, de 2013)
§
7º O Presidente será substituído, nas suas ausências ou em casos de impedimento ou
suspeição, pelo Vice-Presidente do Conselho.
Art. 18. A pauta, indicando dia, hora e local
da sessão e do julgamento, será afixada em lugar visível e acessível ao público, na
sede do Conselho, e publicada no diário Oficial da União, com oito dias de
antecedência, no mínimo.
§
1º O Presidente poderá ex officio ou por solicitação de Conselheiro, do
Procurador da Fazenda Nacional ou do recorrente, por motivo justificado, determinar o
adiamento do julgamento com a retirada dos autos de pauta.
§
2º Os processos cujo julgamento for adiado serão incluídos na próxima sessão
independentemente de nova publicação.
§
3º Nos casos em que se tornar impossível julgar todos os processos da pauta, fica
facultado ao Presidente suspender a sessão e reiniciá-la no dia útil, subseqüente,
independentemente de nova convocação e publicação.
§
4º A sessão que não se realizar, por motivo de força maior, ficará automaticamente
transferida para o primeiro dia útil seguinte, na hora anteriormente marcada,
independentemente de nova convocação e publicação.
Art. 19. Será observada a seguinte ordem nos
trabalhos:
I
- verificação de quorum regimental;
II
- leitura, discussão e aprovação de ata da sessão anterior;
III - expediente;
IV
- distribuição dos recursos aos Conselheiros relatores e revisores;
IV - distribuição dos processos aos conselheiros relatores; (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
V
- análise de questões submetidas ao Conselho, pelo Presidente, por qualquer dos
Conselheiros ou pelo Procurador da Fazenda Nacional;
VI
- relatório, discussão e votação dos recursos constantes da pauta.
VI - relatório, discussão e votação dos processos constantes da pauta. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
Art. 20. Anunciado o julgamento, o Presidente
dará a palavra ao relator para leitura do relatório, finda a qual, se o recorrente ou o
seu representante legal e o Procurador da Fazenda Nacional não quiserem fazer uso da
palavra, far-se-á a leitura do voto.
§
1º A leitura do relatório poderá ser dispensada se tiver sido anteriormente
distribuída cópia aos Conselheiros e desde que não haja oposição de qualquer
Conselheiro, do Procurador da Fazenda Nacional, do recorrente ou o seu representa legal.
§2º Se o recorrente ou o seu representante
legal desejar fazer sustentação oral, o Presidente, terminado o relatório,
franquear-lhe-á a palavra, por quinze minutos, prorrogável por igual período.
§
3º O Procurador da Fazenda Nacional intervirá oralmente, por quinze minutos,
prorrogável por igual período, após a sustentação oral do recorrente, ou da leitura
do relatório, conforme o caso.
§
4º Após a manifestação do Procurador da Fazenda Nacional, o Presidente tomará o voto
do relator, do revisor e dos demais, a partir do primeiro Conselheiro sentado à sua
esquerda, e votará por último, anunciando, em seguida, o resultado do julgamento.
§ 4º Após manifestação do Procurador da Fazenda Nacional, o Presidente tomará o voto do relator e dos demais conselheiros, a partir do primeiro conselheiro sentado à esquerda do relator, e votará por último, anunciando, em seguida, o resultado do julgamento. (Redação dada pelo Decreto nº 8.051, de 2013)
§
5º A qualquer Conselheiro é facultado, após o voto do relator, pedir vista dos autos
para apresentá-los na próxima sessão de julgamento com o seu voto.
§
6º Os Conselheiros que se julgarem habilitados a proferir voto, antes da vista concedida,
poderão fazê-lo.
§
7º Concluída a votação, se algum dos Conselheiros desejar fundamentar seu voto,
poderá fazê-lo no prazo de cinco dias, com vista dos autos na Secretaria-Executiva,
passando esse voto a integrar o acórdão.
§
8º Na votação de proposta de conversão do julgamento em diligência, aplicar-se-á, no
que couber, o disposto no § 1º do art. 18.
§
9º A sessão de julgamento será pública.
§
10. O Presidente poderá advertir ou determinar que se retira do recinto quem, de qualquer
modo, perturbar a ordem, bem como advertir o orador ou cassar-lhe a palavra, quando usada
de forma inconveniente.
§
11. O voto escrito do relator será apresentado na sessão de julgamento, facultado ao
Presidente permitir que seja entregue à Secretaria-Executiva no prazo de dez dias após o
julgamento.
§
12. Se vencido o relator, o Conselheiro que proferir o primeiro voto vencedor redigirá o
acórdão, no prazo de dez dias da data da sessão.
Art. 21. A decisão, em forma de acórdão,
será assinada pelo relator, pelo Presidente e pelo Procurador da Fazenda Nacional,
mencionados os Conselheiros presentes e, quando for o caso especificando os vencidos,
impedidos e suspeitos.
Art. 22. O resumo da ata de cada sessão será
publicado no Diário Oficial da União, destacando o nome dos interessados, o número dos
autos sorteado e dos submetidos a julgamento, a decisão e outros fatos relevantes.
Parágrafo único. A ata será assinada pelo
representante da Secretaria-Executiva e pelos membros do Conselho presentes à sessão.
Art. 23. O recorrente pode desistir do recurso
em andamento no Conselho, contanto que se manifeste neste sentido, por escrito, em
petição que deverá ser entregue ao Presidente do Conselho ou à Secretaria-Executiva
antes de iniciado o julgamento do recurso.
Parágrafo único. A desistência será
manifestada em petição ou termo no processo ou reconhecida tacitamente, se a parte
ingressar em juízo ou pagar o débito.
Art. 24. Existindo contradição entre a
decisão e os fundamentos, ou omissão no acórdão qualquer Conselheiro, o Procurador da
Fazenda Nacional, a parte ou a autoridade encarregada da execução poderá requerer ao
Presidente que a elimine ou a esclareça.
Parágrafo único. O despacho do Presidente
será definitiva se declarar que inexiste contradição ou omissão, sendo submetido à
deliberação do Conselho em caso contrário.
Art. 25. Os erros e inexatidões materiais
existentes na decisão serão corrigidos mediante requerimento da autoridade incumbida da
execução do acórdão, do Procurador da Fazenda Nacional, de Conselheiro ou do
recorrente.
Parágrafo único. Será rejeitado, de plano
por despacho do Presidente, o requerimento que não demonstrar, com precisão, a
inexatidão ou erro.
Art. 26. Findo o julgamento, os autos serão
remetidos ao órgão de origem, para implementação da decisão proferida pelo Conselho.
CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 27. Ressalvada a faculdade conferida ao
Poder Judiciário, somente o Ministro de Estado da Fazenda e o Procurador-Geral da Fazenda
Nacional, conforme o disposto no Decreto-Lei nº 147, de 3 de fevereiro de 1967, poderão
fazer requisição dos autos ao Conselho.
Art. 28. Instalado o Conselho, os recursos
pendente de julgamento no conselho nacional de Seguros Privados ser-lhe-ão remetidos para
o devido processo e julgamento.
Art. 29. Os casos omissos e as dúvidas
suscitadas na aplicação deste Regimento serão dirimidos pelo Presidente, ouvido o
Colegiado.
Art. 30. O presente Regimento Interno poderá
ser alterado mediante proposta do Ministério da Fazenda.
*