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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO No 15.671, DE 6 DE SETEMBRO DE 1922.

 

Declara official a letra do Hymno Nacional Brasileiro, escripta por Joaquim Osorio Duque Estrada.

O Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brasil, tendo em vista a determinação constante, do art. 2º do decreto Legislativo n. 4.559, de 21 de agosto do corrente anno, resolve declarar official a letra do Hymno Nacional Brasileiro, escripta por Joaquim Osorio Duque Estrada e que a este decreto acompanha.

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1922, 101º da Independencia e 34º da Republica.

EPITACIO PESSÔA.

Joaquim Ferreira Chaves.

LETRA DO HYMNO NACIONAL

Este texto não substitui o publicado na CLBR, de 1922

I

Ouviram do Ypiranga as margens placidas

De um povo heroico e brado retumbante

E o sol da liberdade, em raios fulgidos,

Brilhou no céo da Patria nesse instante.

Si o penhor dessa igualdade

Conseguimos conquistar com braço forte,

Em teu seio, ó liberdade,

Desafia o nosso peito a propria morte!

O’ Patria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vivido

De amor o de esperança á terra desce

Si em teu formoso céo, risonho e limpido,

A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela propria natureza.

E’s bello, és forte, impavido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada

Entre outras mil,

E’s tu, Brasil,

O’ Patria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Patria amada,

Brasil;

II

Deitado eternamente em berço esplendido

Ao som do mar e á luz do céo profundo,

Fulguras, ó Brasil, florão da America,

Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida

Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,

«Nossos bosques têm mais vida»,

„Nossa vida" no teu seio "mais amores".

O’ Patria amada,

Idolatrada,

Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja symbolo

O lábaro que ostentas estrellado,

E diga o verde-louro dessa flammula

– «Paz no futuro e gloria no passado».

Mas, si ergues da justiça a clava forte,

Verás que um filho teu não foge á lucta,

Nem teme, quem te adora, a propria morte.

Terra adorada

Entre outras mil,

E’s tu, Brasil,

O’ Patria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,

Patria amada,

Brasil!

*