Presidência
da República |
DECRETO-LEI Nº 1.383, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1974.
Altera a redação do artigo 4º da Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971 e dá outras providências. |
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 55, item I, da Constituição,
DECRETA:
Art. 1º O artigo 4º, e seus parágrafos, da Lei nº 5.655, de 20 de maio de 1971, passam a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 4º Será computada como componente do custo do serviço uma quota de 5% (cinco por cento), calculada sobre o valor do investimento definido no § 1º deste artigo, com as finalidades enumeradas nos §§ 3º, 4º e 5º.
§ 1º O investimento que servirá de base ao cálculo da quota mencionada neste artigo é definido no item I, do artigo 2º, deduzido do valor a que se refere o item IV do parágrafo único do mesmo artigo.
§ 2º Os concessionários depositarão suas quotas anuais em duodécimos, até o último dia útil de cada mês, em agência do Banco do Brasil S.A., de acordo com o seguinte critério:
a) 60% (sessenta por cento) na conta "Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS - Reserva Global de Reversão";
b) 40% (quarenta por cento) na conta "Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS - Reserva Global de Garantia".
§ 3º A ELETROBRÁS movimentará a conta Reserva Global de Reversão para aplicação nos casos de reversão de encampação de serviços públicos de energia elétrica, ou em empréstimos a concessionários, para a expansão dos respectivos serviços.
§ 4º A conta de Reserva Global de Garantia proverá recursos para a garantia do equilíbrio econômico e financeiro das concessões, sendo movimentada pela ELETROBRÁS, sob expressa determinação do Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica - DNAEE.
§ 5º Ouvido o Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica a ELETROBRÁS poderá aplicar até 5% (cinco por cento) da reserva global de reversão na desapropriação de áreas destinadas à construção de reservatórios de regularização de cursos dágua.
§ 6º A ELETROBRÁS deverá proceder anualmente à correção monetária da Reserva Global de Reversão creditando à mesma juros de 3% (três por cento) ao ano, sobre o montante dos cursos utilizados, excluídos os aplicados na forma do § 5º deste artigo.
§ 7º Os recursos do Fundo de Reversão investidos pelos concessionários na expansão de seus sistemas até 31 de dezembro de 1971, vencerão juros de 10% (dez por cento) anuais, em favor da Reserva Global de Reversão, por conta da remuneração do respectivo investimento, exigíveis em duodécimos a serem depositados até o último dia útil de cada mês, na conta referida na alínea "a", do § 2º.
§ 8º Os concessionários de serviços públicos de energia elétrica, mediante aprovação do poder concedente, poderão promover a conversão da Reserva de amortização e do respectivo Fundo, existentes a 31 de dezembro de 1971 em Reserva para Reversão e respectivo Fundo, passando estes a regerem-se, desde logo, pelo disposto no § 7º deste artigo".
Art.
2º Os bens e instalações encampados e desapropriados com recursos da conta de Reserva
Global de Reversão, ficarão integrados à mesma conta, como patrimônio da União em
regime especial de utilização no serviço publico, sob a administração da Centrais
Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRÁS.
Parágrafo
único. Caberá à administradora o registro, a conservação e a operação do acervo
referido neste artigo.
(Revogado pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
Art.
2º Os bens e as instalações encampados e desapropriados com recursos da Reserva
Global de Reversão - RGR ficarão integrados à mesma conta, como patrimônio da
União em regime especial de utilização no serviço público de energia elétrica,
sob a administração da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - Eletrobras, nos
termos do disposto em regulamento, até que sejam:
(Redação dada pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
I - alienados;
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
II - transferidos à administração dos concessionários,
permissionários ou autorizados de geração, transmissão ou distribuição de
energia elétrica; ou
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
III - transferidos à gestão da Secretaria de Coordenação e
Governança do Patrimônio da União da
Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados
do
Ministério da Economia.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º Os custos administrativos, financeiros e tributários
suportados pela Eletrobras a partir de 1º de maio de 2017 com o registro, a
conservação e a gestão dos bens e das instalações de que trata o caput
serão ressarcidos com recursos da RGR, conforme regulamento da Agência Nacional
de Energia Elétrica - Aneel.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 2º Os bens reversíveis utilizados na produção, na
transmissão e na distribuição de energia elétrica serão transferidos sem ônus à
administração dos concessionários, permissionários ou autorizados de geração,
transmissão ou distribuição de energia elétrica que os utilizem, aos quais
incumbirá o seu registro, conservação e gestão.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 3º Os bens móveis reversíveis transferidos na forma
prevista no § 2º serão integrados aos respectivos instrumentos de outorga como
bens vinculados à concessão, permissão ou autorização, conforme regulamento da
Aneel.
(Incluído pela Medida Provisória nº 998, de 2020)
§ 4º Os bens imóveis reversíveis transferidos na forma
prevista no § 2º serão registrados como bens da União.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 5º Os bens e as instalações transferidos na forma
prevista no § 2º não serão passíveis da indenização por reversão de que trata a
Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 6º Os bens imóveis não utilizados na produção, na
transmissão e na distribuição de energia elétrica poderão ser transferidos à
administração direta da União, nos termos do disposto no inciso III do caput,
a ser regulamentado em ato conjunto da Secretaria de Coordenação e Governança do
Patrimônio da União da
Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados
do
Ministério da Economia e da Aneel.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 7º Efetuada a transferência na forma prevista no inciso
III do caput, a União sucederá a Eletrobras nos contratos, nos convênios,
nos direitos, nas obrigações e nas ações judiciais em que a empresa seja parte e
cujo objeto seja direito de propriedade, posse, guarda ou registro dos bens ou
instalações transferidos.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 8º A Aneel regulamentará os procedimentos para a
substituição, a modernização e a baixa dos bens transferidos aos
concessionários, permissionários ou autorizados de geração, transmissão ou
distribuição de energia elétrica.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
Art. 2º Os bens e as instalações encampados e desapropriados com recursos da Reserva Global de Reversão (RGR) ficarão integrados à mesma conta como patrimônio da União em regime especial de utilização no serviço público de energia elétrica, sob a administração da Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras), nos termos de regulamento, até que sejam: (Redação dada pela Lei nº 14.120, de 2021)
I - alienados; (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
II - transferidos à administração dos concessionários, dos permissionários ou dos autorizados de geração, de transmissão ou de distribuição de energia elétrica; ou (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
III - transferidos à gestão da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º Os custos administrativos, financeiros e tributários suportados pela Eletrobras a partir de 1º de maio de 2017 com o registro, a conservação e a gestão dos bens e das instalações de que trata o caput deste artigo serão ressarcidos com recursos da RGR, conforme regulamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 2º Os bens reversíveis utilizados na produção, na transmissão e na distribuição de energia elétrica serão transferidos sem ônus à administração dos concessionários, dos permissionários ou dos autorizados de geração, de transmissão ou de distribuição de energia elétrica que os utilizem, aos quais incumbirá o seu registro, conservação e gestão. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 3º Os bens móveis reversíveis transferidos na forma prevista no § 2º deste artigo serão integrados aos respectivos instrumentos de outorga como bens vinculados à concessão, à permissão ou à autorização, conforme regulamento da Aneel. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 4º Os bens imóveis reversíveis transferidos na forma prevista no § 2º deste artigo serão registrados como bens da União. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 5º Os bens e as instalações transferidos na forma prevista no § 2º deste artigo não serão passíveis da indenização por reversão de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 6º Os bens imóveis não utilizados na produção, na transmissão e na distribuição de energia elétrica poderão ser transferidos à administração direta da União, nos termos do inciso III do caput deste artigo, a ser regulamentado em ato conjunto da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia e da Aneel. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 7º Efetuada a transferência na forma prevista no inciso III do caput deste artigo, a União sucederá a Eletrobras nos contratos, nos convênios, nos direitos, nas obrigações e nas ações judiciais em que a empresa seja parte e cujo objeto seja direito de propriedade, posse, guarda ou registro dos bens ou das instalações transferidos. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 8º A Aneel regulamentará os procedimentos para a substituição, a modernização e a baixa dos bens transferidos aos concessionários, aos permissionários ou aos autorizados de geração, de transmissão ou de distribuição de energia elétrica. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
Art.
3º Poderá a ELETROBRÁS, mediante ajuste previamente aprovado pelo Departamento Nacional
de Águas e Energia Elétrica - DNAEE, alienar o patrimônio referido no artigo anterior
ou transferir a respectiva administração, a empresas suas subsidiária e associadas.
§
1º Será admitida a alienação, em licitação pública, dos bens que forem considerados
como não utilizáveis em serviços de energia elétrica.
§
2º Nos casos de alienação, o produto líquido arrecadado reverterá a conta de Reserva
Global de Reversão.
Art. 3º A Eletrobras poderá alienar os bens não utilizados na produção, na
transmissão e na distribuição de energia elétrica de que trata o art. 2º desde
que autorizada pela Aneel e, no caso de bem imóvel, que:
(Redação dada pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
I -
não tenha sido efetivada a transferência de que trata o § 6º do art. 2º; e
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
II
- a União, consultada pela Eletrobras na forma e no prazo estabelecidos em
regulamento, não manifeste interesse pelos bens.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 1º Os concessionários, os permissionários ou os autorizados de geração,
transmissão ou distribuição de energia elétrica poderão realizar a alienação dos
bens de que trata este artigo que estejam sob a sua administração, mediante
comunicação prévia à Eletrobras e observadas as condições dispostas no caput.
(Redação dada pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 2º Na hipótese de alienação, o produto líquido arrecadado será revertido à
RGR e o concessionário, o permissionário ou o autorizado de geração, transmissão
ou distribuição de energia elétrica ou a Eletrobras poderá reter a
importância equivalente a dez por cento desse valor a título de taxa de
administração.
(Redação dada pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 3º Os bens móveis insuscetíveis de alienação poderão ser objeto de baixa,
conforme regulamento da Aneel.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§ 4º A alienação dos bens imóveis de que trata o caput observará o
disposto da Lei nº 9.636, de 15 de maio de
1998, e dependerá de decisão motivada da Aneel, dispensada a autorização
de que trata o caput do art. 23 da referida Lei.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
§
5º Ato conjunto da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da
União da
Secretaria
Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados
do
Ministério da Economia e da Aneel estabelecerá normas complementares ao disposto
neste artigo.
(Incluído pela Medida
Provisória nº 998, de 2020)
Art. 3º A Eletrobras poderá alienar os bens não utilizados na produção, na transmissão e na distribuição de energia elétrica de que trata o art. 2º deste Decreto-Lei desde que autorizada pela Aneel e, no caso de bem imóvel, que: (Redação dada pela Lei nº 14.120, de 2021)
I - a transferência de que trata o § 6º do art. 2º deste Decreto-Lei não tenha sido efetivada; e (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
II - a União, consultada pela Eletrobras, na forma e no prazo estabelecidos em regulamento, não manifeste interesse pelos bens. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 1º Os concessionários, os permissionários ou os autorizados de geração, de transmissão ou de distribuição de energia elétrica poderão realizar a alienação dos bens de que trata este artigo que estejam sob a sua administração, mediante comunicação prévia à Eletrobras e observadas as condições dispostas no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 2º Na hipótese de alienação, o produto líquido arrecadado será revertido à RGR, e o concessionário, o permissionário ou o autorizado de geração, de transmissão ou de distribuição de energia elétrica ou a Eletrobras poderá reter a importância equivalente a 10% (dez por cento) desse valor a título de taxa de administração. (Redação dada pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 3º Os bens móveis insuscetíveis de alienação poderão ser objeto de baixa, conforme regulamento da Aneel. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 4º A alienação dos bens imóveis de que trata o caput deste artigo observará o disposto na Lei nº 9.636, de 15 de maio de 1998, e dependerá de decisão motivada da Aneel, dispensada a autorização de que trata o caput do art. 23 da referida Lei. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
§ 5º Ato conjunto da Secretaria de Coordenação e Governança do Patrimônio da União da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia e da Aneel estabelecerá normas complementares ao disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.120, de 2021)
Art. 4º A garantia de equilíbrio econômico e financeiro das concessões será considerada sob os seguintes aspectos:
a) viabilidade econômica dos investimentos em relação ao mercado respectivo;
b) aumento da produtividade, pela gradual redução das despesas de exploração em proporção à receita tarifaria;
c) estabilidade financeira dos concessionários;
d)
progressiva equalização tarifária em todo o território nacional. (Revogado pela Lei nº
8.631, de 1993)
Art. 5º A remuneração legal do investimento dos concessionários integrados nos planos de aplicação dos recursos da Reserva Global de Garantia será de até 10% (dez por cento) ao ano, a critério do Ministério das Minas e Energia.
Art. 6º Este Decreto-lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Brasília, 26 de dezembro de 1974; 153º da Independência e 86º da República.
ERNESTO GEISEL
Mário Henrique Simonsen
Shigeaki Ueki
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 27.12.1974.